Ahmés
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Ahmés, Ahmose ou Amósis ("a Lua nasceu") foi o primeiro rei da XVIII dinastia egípcia, que inaugura um dos períodos mais famosos da história do Antigo Egipto conhecido como o Novo Império, onde se inserem personalidades como Hatchepsut, Amen-hotep III ou Akhenaton. Governou cerca de vinte e cinco anos, entre 1580 e 1558 a.C. ou entre 1550 e 1525 a.C. para outros historiadores.
Neto da rainha Teticheri, era filho de Taá II e da rainha Ah-hotep I. Sucedeu ao seu irmão mais velho Kamés (ou Kamósis) como rei de Tebas. Deveria ter cerca de dez anos quando se tornou rei, razão pela qual a sua mãe foi co-regente até Ahmés atingir os quinze ou dezasseis anos.
A região do Delta do Egipto tinha sido dominada desde 1640 a.C. pelos Hicsos, um povo de origem asiática, que chegaria a fundar uma dinastia. No sul do Egipto, em Tebas, uma dinastia nacional governaria a par da dinastia estrangeira. Os últimos soberanos desta dinastia (a XVII) decidiram combater os Hicsos com o objectivo de expulsá-los do território nacional. Ahmés continuou o trabalho que tinha sido começado pelo seu pai e irmão na expulsão daquele povo.
No ano 6 do seu reinado Ahmés tomou a cidade de Aváris, capital dos Hicsos. O seu exército não se contentou com este acto, tendo optado por penetrar na Palestina, onde durante três anos cercou a cidade de Charuhen, que acabaria por ser tomada pelos egípcios.
Depois de afastados os Hicsos, Ahmés teve que lidar com problemas a sul, na região da Núbia. Três campanhas militares levaram à submissão do reino de Kush, que tinha apoiado os Hicsos.
Ahmés foi casado com a sua irmã ou meia-irmã, a rainha Ahmés-Nefertari, umas das figuras femininas mais importantes da XVIII dinastia.
A actividade construtora do monarca centrou-se na região do Alto Egipto, em particular em Tebas. Em Abido ordenou a construção de um cenotáfio dedicado à sua avó. A actividade mineira no Sinai foi restabelecida (minas de turquesa), assim como os contactos comerciais com Biblos.
Desconhecem-se muitos pormenores do seu reinado devido à falta de documentos. Uma das fontes que melhor permite conhecer a actuação militar do rei é a biografia de Ahmés filho de Abana, um dos oficiais do seu exército.
Até hoje não foi identificado o seu túmulo, embora se saiba que a sua múmia foi colocada no chamado "esconderijo" de Deir el-Bahari, com o objectivo de evitar os assaltos dos saqueadores.
[editar] Bibliografia
- JACQ, Christian - O Egipto dos Grandes Faraós. Porto: ASA, 1999. ISBN 9724120465.
- VERNUS, Pascal; YOYOTTE, Jean - The Book of the Pharaohs. Cornell University Press, 2003. ISBN 0801440505
Precedido por: Kamés |
Faraó XVIII Dinastia |
Sucedido por: Amen-hotep I |