Teseu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O herói grego Teseu venceu o Minotauro, que habitava o labirinto do palácio de Minos, na ilha de Creta.
[editar] Mito
Teseu era filho de Egeu, rei de Atenas, e de Etra, filha do sábio Piteu, rei de Trezena, onde nasceu. Egeu, descendente de Erictônio, reinava em Atenas e não tinha descendentes, apesar das tentativas de praxe. Tinha no entanto numerosos sobrinhos, os palântidas (filhos de um irmão chamado Palas), que esperavam pacientemente sua morte para dividir a Ática entre si.
O rei decidiu fazer uma consulta a um oráculo, que o aconselhou "a não abrir o odre de vinho antes de chegar a Atenas". Na volta dessa viagem parou em Trezena, onde reinava Piteu, filho de Pélops e Hipodâmia, dotado de poderes divinatórios. Egeu confessou ao amigo que não entendera nada, mas Piteu entendeu tudo. Ele tinha uma bela filha, Etra e, depois de embebedar Egeu com vinho, fez a moça se unir a ele. Em algumas versões da lenda o deus Posídon, apaixonado por Etra, também se unira a ela antes, nessa mesma noite.
Etra engravidou. Antes de conhecer o filho, porém, Egeu teve de voltar a Atenas, pois a situação estava um pouco instável devido à ambição dos sobrinhos. Por esse motivo, inclusive, o rei pediu a Etra que, se ela desse à luz um menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra. Depois disso devia ir em segredo até Atenas, pois os ambiciosos palântidas eram capazes de matá-lo.
Nasceu um menino, que cresceu vigoroso e forte como um herói. Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele. Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai, e dirigiu-se para Atenas. Egeu reconheceu seu filho ao ver a espada e as sandálias e anunciou a todos que Teseu era seu filho e herdeiro.
[editar] Teseu e o Minotauro
Decidido a livrar Atenas do pesado tributo devido a Creta, de sete moças e sete rapazes que eram devorados pelo Minotauro todos os anos, o herói seguiu para essa cidade como se fosse um dos jovens sacrificados. Porém, antes de deixar Atenas, combinou com seu pai, Egeu, um sinal: se tudo ocorresse bem, o navio retornaria com velas brancas; caso contrário, com velas negras.
Antes de penetrar no labirinto do Minotauro, Ariadne, filha de Minos, apaixonou-se por ele e lhe deu um novelo de lã para marcar o caminho de volta. Assim, conseguiu matar o monstro e se salvar com os companheiros. Por descuido, o barco de Teseu retornou a Atenas com as velas pretas que indicavam luto. Desesperado, Egeu se jogou ao mar do alto da acrópole. E segundo a lenda, em sua homenagem se deu esse nome ao Egeu.
O herói assumiu então o governo: uniu os povos da Ática, com capital em Atenas, adotou o uso da moeda, criou o Senado, promulgou leis e instaurou a base da democracia. Cumpridas essas tarefas, Teseu retomou à vida de aventuras. Depois de lutar contra as amazonas, uniu-se à rainha delas, Antíope.
Por motivos políticos, casou-se com Fedra, que depois apaixonou-se por Hipólito, filho de Teseu com Antíope. Ao lado do amigo Pirítoo, raptou Helena, mais tarde resgatada por seus irmãos Castor e Pólux, e tentou raptar também Perséfone, esposa de Hades, mas este os manteve presos em suas cadeiras durante um banquete. Anos depois, Teseu foi salvo por Hércules. Ao voltar a Atenas, Teseu encontrou-a dilacerada por lutas internas, pois os cidadãos o julgavam morto. Triste, desistiu do poder, mandou os filhos para a Eubéia e, amaldiçoando a cidade, exilou-se na ilha de Ciros, onde foi morto por seu primo Licomedes.