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Tapir Rocha

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Tapir Rocha
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Tapir Rocha

Tapir Tabajara Canto da Rocha (1928-2000), político brasileiro. Foi vereador, prefeito de Viamão e Deputado Estadual do Rio Grande do Sul.

Índice

[editar] Biografia

[editar] Infância

Tapir Rocha nasceu em 29 de abril de 1928 em Porto Alegre. Ainda criança foi morar em Viamão onde construiu uma trajetória de político e cidadão. Órfão de pai aos oito anos de idade, teve uma infância difícil de menino pobre. Logo cedo começou a trabalhar de engraxate no centro da cidade, quando tinha a oportunidade de lustrar os sapatos do lendário coronel Acrísio Prates que foi intendente de Viamão por muitos anos. Tapir Rocha também foi entregador de jornais, tipógrafo do Correio Rural, motorista de caminhão, taxista, comerciante e aposentou-se como funcionário da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

[editar] Política



[editar] Vereador

Vereador mais votado, lidera a reforma agrária

Na política iniciou como o vereador mais votado do antigo PTB em 1959, reelegendo-se como o mais votado do município em 1963. Quando do golpe de 1964 foi perseguido pela ditadura, teve seu mandato cassado e foi preso, permanecendo 41 dias no cárcere do DOPS - a polícia política do [[regime militar]].

Como vereador liderou o Movimento dos Agricultores Sem-Terra em Itapuã onde foi realizada a reforma agrária durante o governo de Leonel Brizola. Os lotes divididos igualitariamente, são preservados até hoje e produzem normalmente. Foi nesta oportunidade que Tapir e Brizola conheceram-se pessoalmente e iniciaram uma forte amizade.

[editar] Amizade de mais de 40 anos com Brizola

Nos seus mais de 40 anos de vida pública, Tapir sempre esteve ao lado de Brizola. A admiração pelo ex-governador era tanta que Tapir colocou os nomes de Leonel e Neusa em dois de seus filhos em homenagem ao casal Brizola. Durante o exílio do ex-governador, o líder viamonense levou a filha Neusa clandestinamente ao Uruguai para que ela fosse batizada por seus padrinhos Leonel e Neusa Brizola.


[editar] Prefeito


Após os anos de chumbo, com a volta dos exilados, Tapir Rocha articulou a organização do PDT em Viamão. Em 1982 elegeu-se prefeito. Sua passagem pela Prefeitura foi marcada por uma administração realizadora, pioneira e arrojada. Foi durante sua gestão que foram criados eventos consagrados como o Arraial da Alegria, as Feiras do Livro e do Artesanato e o Carnaval de Rua. A ponte do Passo do Fiúza foi uma obra realizada em sua administração que foi esperada por mais de 40 anos. As estradas da zona rural tinham manutenção permanente. Algumas, como a da Pimenta e a do Itapuã, ganharam novo traçado e foram alargadas. Elegeu seu sucessor no cargo Jorge Prates Chiden. Por uma ironia da história, décadas depois de engraxar os sapatos do coronel Acrísio Prates, Tapir fez o neto do intendente seu sucessor na Prefeitura.

[editar] Deputado



Tapir foi o primeiro e único até hoje Deputado Estadual do município de Viamão

As realizações como prefeito projetaram Tapir em nível estadual. Em 1990 elegeu-se o primeiro (e único até hoje) deputado estadual da história de Viamão. Durante seu mandato, e por sua influência, o município ganhou a nova Companhia da Brigada Militar na parada 32, o Corpo de Bombeiros, a Avenida do Trabalhador e novas centrais automáticas da antiga CRT.

[editar] Rebelde Socialista

Indignado com as injustiças produzidas pelo sistema capitalista, Tapir era um rebelde. Acreditava ser o socialismo a única forma de a humanidade encontrar a resolução de seus problemas. Jamais abriu mão de seus princípios políticos e filosóficos. Nem o cárcere da ditadura foi capaz de diminuir o ímpeto revolucionário. Aos 71 anos, após lutar por mais de seis anos contra a doença, enfrentou o único adversário que não pôde vencer: um câncer na próstata.


[editar] Família

[editar] Filho de Otília Charão do Canto e Waldemar Silveira da Rocha

Waldemar era telegrafista. Intelectual e brilhante em sua área. Contavam que, já na década de 30, tinha um projeto de elaboração de um televisor. A tragédia da tuberculose atacou o jovem aos 36 anos.

Otília viu-se viúva com três filhos: Peri Ubirajara - 10 anos; Tapir Tabajara – 8 anos e Ceci Iara - 6 anos. Sem recursos foram ajudados por parentes e mudaram-se para Viamão onde Dona Otília iniciou sua carreira de telefonista.



Tapir Rocha era casado com Lais Sica da Rocha, sua companheira inseparável por mais de 50 anos, com quem teve dez filhos, Ceci Iara, Nádia, Lígia, Marta, Guacira, Tapir Filho, Soraya, Leonel, Neusa e Taís; onze netos, Viviane, Marcus Vinícius, Natália, Tapir Neto, Bruno, Leonel, Gabriel, Ana Caroline, Gabriela, Lais e Luiz Gustavo; e dois bisnetos, Giulia e Lohan.

[editar] TAPIR - O MENINO

Muito se fala sobre sua personalidade quando menino. Alguns diziam ser muito parecido com o pai, criativo, investigativo, inconformado e intelectualizado. Diziam também de sua semelhança física com o pai, porém Tapir era mais alegrão, espontâneo e agitado.

Quando criança estava sempre inventando arte, contam que na pré- adolescência já demonstrava seu senso de justiça. Um episódio que sempre citavam foi quando da construção do antigo cinema Radar- ao lado da Igreja Matriz, tentou impedir o corte de uma linda figueira milenar, ficou pendurado até que lhe tiraram a força....

A figura de seu pai sempre foi para ele um referencial de lisura e personalidade forte. Foram assistidos por muito tempo por um tio seu, Ildefonso.

Tapir estudou na Colégio Santo Antônio no período primário ainda quando seu pai era vivo. Depois, foram ele e Peri transferidos para Colégio Cruzeiro do Sul como internos. A rigidez e disciplina daquela instituição não agradavam o pré- adolescente questionador e rebelde. Logo, largou os estudos e foi trabalhar.

Gostava muitíssimo de música e futebol. Sua estrutura física frágil permitia bons dribles, mas também muitas pancadas ( era muito esquentado e brigão), o que o obrigou a abandonar o esporte. Torcia pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, e usava o palavreado antigo, que as vezes confundia os interlocutores menos informados: " Foi corner?" Fulano é um baita center-half!!!

[editar] TAPIR - O ADOLESCENTE

Não perdia um Carnaval!! Era amante do bom tango de Gardel e da boa dor de cotovelo de Lupicínio Rodrigues.

Em um dado momento de sua adolescência alguém percebeu nele talento para locução de rádio. Talvez isso passasse despercebido se não fosse pelo fato de que através de sua voz é que fisgou o coração da também adolescente de família tradicional Laís Sica.

Tapir conheceu o amor de sua vida no dia 8 de dezembro de 1946, estava ele fazendo a locução da festa da padroeira da cidade. Laís passeava , na companhia de sua prima Itanê, Laís pergunta: " De quem é essa voz tão linda?" – "Do Tapir- irmão do "Dioclinhos""( Peri usava óculos)

Minutos após: Tapir vê em sua direção uma moça linda de olhos verdes expressivos e tímidos. Nunca a havia visto antes. "Será da capital??"

Laís vê um rapaz moreno, simpático, meio exibido e de olhos azuis. Os olhos

[editar] TAPIR - O ESTUDANTE

Sua formação estudantil foi bastante conturbada em meio a tantas exigências da imensa família e da bem conhecida atuação política. Se bem sabe que naquela época não era fácil ser de esquerda.

Largou os estudos várias vezes.

Em 1972 prestou vestibular para medicina na UFRGS e ficou na primeira suplência por 0.3 décimos. A colega favorecida, quando soube de sua história, chegou a oferecer-lhe a vaga; obviamente já sabemos o desfecho.

Em 1983, primeiro ano de prefeito, passou no vestibular de Direito na Unisinos, mas novamente os compromissos políticos o impediram de continuar; era um auto-didata.

[editar] TAPIR - O TRABALHADOR

Trabalhou como engraxate, jornaleiro, limpador de gabinete dentário, tipógrafo do Correio Rural, serviços gerais do IBGE, cobrador da Texaco, chefe do crediário das Casas Carvalho, missão rural- CNER, fiscal lotador da Prefeitura de Viamão, dono do Bazar Soraya e Bar rota 66, mas aposentou-se como funcionário da Assembléia Legislativa, local onde trabalhou como assessor dos deputados por quase 20 anos.

[editar] TAPIR - O HOMEM

Tapir tinha muitos amigos fiéis, tanto da infância como da Assembléia e principalmente da política. Era muito vaidoso e preocupado com sua aparência por isso não admitia que outras mãos aparassem suas madeixas ,senão seu amigo Marcírio ( barbeiro).

Apreciava a boa comida do restaurante Velha Capital, o churrasco do Negrão, o charque desfiado da Milano, uma boa canja do Pedrini.

Tocava um pandeiro como ninguém. Irritava-se com o cantar desafinado de alguns filhos ao videoque ao mesmo tempo que corujava o talento de outros.

Não perdia um verão sem ir para Cidreira e ultimamente sua paixão foi o "Cidreirão" era como Tapir chamava Garopaba.

Poucos sabem de seu dom de inventar brincadeiras com as crianças. Adorava construiur pandorgas ,cataventos e até mesmo coisas mais complicadas como escorregador, gangorras, balanços.

Desde pequenos os filhos já puderam desfrutar desta sua habilidade.

Outra característica sua que lhe aproximava das crianças era o gosto pelos animais, especialmente seu adorado gato Fang.

Uma parte de sua vida está aí. Não é por acaso que agora se eterniza numa justa homenagem de se tornar nome de um calçadão. Local onde certamente surgirão infinitas histórias protagonizadas por pessoas tão lindas, fortes e marcantes como essa que hoje empresta seu nome a esse calçadão " Tapir Rocha".


[editar] Na mídia

[editar] Texto de Sérgio Jokyman - Jornal NH - Terça-feira 18/04/2000

"Meu amigo Tapir,

Pois, na medida que se envelhece, se descobre também que a morte tem ainda menos critérios que a vida, e que não poupa os bons nem os corajosos. Somos todos carregados de cambulhada para o túmulo. Mas sempre que um homem corajoso é levado por ela, eu me dou o direito de reclamar. Os corajosos são tão poucos, fazem tanta falta, que mesmo quando ficam velhos ainda são necessários. Falo do meu amigo Tapir Rocha, que conheci em agosto de 1961. Eu havia subido da redação da Última Hora para a Praça da Matriz Primeiro para arejar um pouco, segundo para verificar pessoalmente como as coisas estavam. Cheguei com os tanques, exatamente no momento em que a maioria dos bravos defensores do Palácio descobriram que tinham algo muito urgente para fazer em casa.

Justamente quando a onda de fujões passou pela praça, vi um homenzinho magro e pequeno tomar outro rumo e caminhar valentemente para o primeiro tanque que se aproximava. Um tenente que comandava o grupo de soldados pôs a cabeça para fora e berrou: "Sai do caminho". O homenzinho pequeno reagiu indignado, berrando: "Quem está no caminho é o senhor. Saia daqui". "Estou cumprindo ordens", berrou o tenente. O homenzinho não arredou o pé: "Meu amigo, nesta praça quem dá ordens é o povo. Tire seu tanque da frente, porque ele está no caminho da legalidade", disse então o homenzinho em tom conciliador. Pela primeira vez o tenente demonstrou sinais de desconforto: "Meu amigo, vou ter que cumprir minhas ordens. Tenho que levar esse tanque até a praça da Matriz".

O homenzinho avançou um passo: "Então, vai ter que passar por cima de mim", disse com voz decidida. O tenente resmungou um palavrão e voltou para interior do tanque. Não sei o que disse aos seus superiores. Mas, minutos depois, o tanque deu meia volta e desceu a rua. A praça inteira aplaudiu o homenzinho. Perguntei quem ele era e me disseram: Tapir Rocha, um velho trabalhista de Viamão. De lá para cá, li e ouvi muitas mentiras sobre a legalidade. Vi heróis serem mencionados, mas o único que se lembrou do Tapir foi Flávio Tavares.

Anos depois, na praça de Pequim, quando um estudante se colocou na frente dos tanques, o mundo inteiro se comoveu. Eu lembrei meu amigo Tapir, que sem câmeras por perto havia realizado uma façanha semelhante. Quando ele se candidatou a prefeito de Viamão, assisti a alguns de seus comícios e fiquei espantado porque ele nunca lembrava sua façanha. Anos depois, quando ele já era deputado estadual eu lhe fiz a pergunta. "Ah, aquilo foi uma coisa de momento. Qualquer um que estivesse no meu lugar faria o mesmo", disse.

Existiam cinqüenta mil na praça naquele momento. E metade fugiu só de ouvir falar em tanques. Nós, brasileiros, usamos muito pouco a palavra bravura. Talvez porque a maioria de nossos heróis prefere negociar na hora da decisão. Mas ela vive adormecida no coração dos homens corajosos, pronta para acordar quando menos se espera. Eu também estava presente quando Tapir, já meu amigo, voltou de uma consulta médica. Ele havia me contado das dores que o afligia e fui dos primeiros a recomendar a visita ao médico. Tapir ficou na minha frente, passou a mão pelo rosto e me disse: câncer na próstata. Eu disse que sentia muito e Tapir me deu um tapinha solidário no braço. "É da vida, companheiro. Se não for isso, vai ser outra coisa. Mais cedo ou mais tarde e nossa hora chega."

Como uma desgraça nunca vem sozinha, Tapir perdeu a eleição e não de reelegeu. Não teve uma palavra de queixa. "Não se reclama de eleitor. É na derrota que se conhece os que são fiéis. E agora, mais do que nunca, eles nos merecem respeito", disse. E voltou para a sua Viamão para esperar a morte. Não sei como foram seus últimos dias, mas duvido que Tapir tenha se queixado ou amaldiçoado sua sorte. Estava na frente de um tanque mais uma vez. Frágil, magro, pequenininho, mas cheio de bravura."

[editar] Homenagens

[editar] Calçadão "Tapir Rocha"

No primeiro ano de seu mandato como prefeito, Tapir Rocha determinou o fechamento da Rua Maurício Cardoso para a construção deste calçadão. Como muitos de seus atos, este também causou polêmica. Alguns não concordavam em interromper o trânsito de veículos em uma via do centro da Cidade. Para Tapir, pior foi construir a Prefeitura em plena praça, retirando um espaço nobre de lazer da população. Com este calçadão, ele quis resgatar uma área de convivência, entretenimento e expressão da comunidade. Consagrado pelo uso popular, este calçadão é hoje o principal espaço de manifestações políticas e culturais do povo trabalhador de Viamão. Eventos como as Feiras do Livro e do Artesanato, que foram criados na administração Tapir Rocha, são promoções que, entre tantas outras realizadas aqui, demonstram a capacidade ímpar de visão que tinha o saudoso ex-prefeito. Batizar o lugar onde a população viamonense expressa sua arte, seus anseios e inconformismos como "Calçadão Tapir Rocha" é uma significativa homenagem que o povo da cidade faz a um de seus mais importantes líderes.


Justificativa do vereador Atidor da Cruz para propor nome do "Calçadão Tapir Rocha"

Nada mais justo do que homenagear o saudoso ex-prefeito Tapir com a alteração do nome do Calçadão Maurício Cardoso para "Calçadão Tapir Rocha". Foi na sua gestão como prefeito que Tapir decidiu transformar a rua ao lado da prefeitura, que servia para o tráfego de veículos, naquele consagrado espaço de lazer. Na época, Tapir foi muito contestado. Seus críticos alegavam que o fechamento daquela rua atrapalharia muito o trânsito do município. Tapir não se dobrou aos antagonistas da idéia. Ele nunca se conformou com a construção da Prefeitura em plena praça central da Cidade, tirando um enorme espaço de lazer da população. O saudoso ex-prefeito queria compensar esta perda de espaço para lazer com a construção do calçadão. Hoje, o Calçadão Maurício Cardoso (chamado assim somente porque era o nome da antiga rua) está consagrado como o principal espaço público para manifestações culturais como a Feira do Livro, do Artesanato, de oficinas e apresentações de teatro, mostras diversas e de atos políticos e oficiais. Além de ser um movimentado centro de lazer e convivência de todos os segmentos sociais, em especial, da juventude viamonense. Enfim, restou claro que Tapir Rocha com a construção do Calçadão, assim como em muitos outros casos, demonstrou ser um homem que tinha uma visão adiante de seu tempo. Isso tudo, sem falar, que este homem, que nos deixou há pouco tempo, é considerado um dos melhores (se não o melhor) prefeito e o único deputado da história de Viamão e, por isso, merece ter o seu nome designando um local que foi obra de sua administração e que serve para o bem estar do povo a quem ele tanto se dedicou.


[editar] RS-040 - Rodovia "Tapir Rocha"


[editar] Lei da Dep. Floriza dos Santos (PDT)

Tapir Rocha nasceu em 29 de abril de 1928 em Porto Alegre. Ainda criança foi morar em Viamão, onde muito antes de construir uma trajetória de político e cidadão ímpar, abria as porteiras da estrada de chão batido que cruzava o município, para que passassem os automóveis e carretas da época. Local onde hoje leva a denominação de Rodovia Estadual 040. Órfão de pai aos oito anos de idade, teve uma infância difícil de menino pobre. Logo cedo começou a trabalhar de engraxate no centro da cidade, quando tinha a oportunidade de lustrar os sapatos do lendário coronel Acrísio Prates que foi intendente de Viamão por muitos anos. Tapir Rocha também foi entregador de jornais, tipógrafo do Correio Rural, motorista de caminhão, taxista, comerciante e aposentou-se como funcionário da Assembléia Legislativa do Estado. No mundo político, iniciou como o vereador mais votado do seu partido, reelegendo-se como o mais votado do município em 1963. Destacou-se na organização do PDT e nas suas grande articulações com Brizola. Foi eleito como prefeito de Viamão em 1982, marcando sua administração com projetos pioneiros, como o Arraial da Alegria, as Feiras do Livro e do Artesanato e o Carnaval de Rua. A Ponte do Passo de Fiúza foi uma obra realizada em sua administração, que era esperada por mais de 40 anos. Por uma ironia da História, décadas depois de engraxar os sapatos do coronel Acrísio Prates, Tapir fez o neto do intendente seu sucessor na prefeitura. Suas projeções como prefeito o projetaram em nível Estadual. Em 1990 elegeu-se o primeiro (e único até hoje) deputado estadual da história de Viamão. Durante seu mandato, e por sua influência, o município ganhou a nova Companhia da Brigada na parada 32, o Corpo de Bombeiros, a Avenida do Trabalhador e novas centrais automáticas da CRT. A vida do nobre ex-deputado Tapir Rocha foi construída com muita humildade, galgando degraus ao longo dos anos e o fazendo conhecido, querido e renomado no Município de Viamão. Dessa forma, este projeto de Lei busca homenagear o maior símbolo político da cidade de Viamão, que humildemente foi de vereador a deputado marcando Viamão na política gaúcha. A rodovia RS 040, que compreende os municípios de Porto Alegre, Viamão e Capivari, até a entrada da RS/784 em direção a Pinhal, num total de 94,85 Km, ao ganhar o nome de Tapir Rocha ressaltará esses municípios que tanto se enaltecem com a história marcada por este grande conquistador.

Sala das Sessões, Deputado(a) Floriza dos Santos



[editar] Matéria de Rogério Mendelski - Jornal "O Sul" - 22/04/2005

Jornal “O Sul” – 22 de abril de 2005


Rogério Mendelski

Homenagem a Tapir Rocha.

"Um simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor."

Papa Bento XVI, definindo a si mesmo

O ex-deputado Tapir Rocha (PDT), falecido no final dos anos 1990, recebeu uma justa homenagem da Assembléia Legislativa gaúcha, que ele serviu com tanta dedicação como funcionário e, posteriormente, como deputado estadual. Por unanimidade do plenário - 44 votos -, a RS-040 (89 quilômetros, ligando Porto Alegre-Viamão-Capivari do Sul, até a bifurcação para Cidreira e Pinhal) será batizada com o nome do combativo parlamentar pedetista. A maior parte do trecho da RS-040 corta o município de Viamão, onde Tapir Rocha foi prefeito e vereador por diversos mandatos. Esta coluna tem certeza de que os viamonenses estão orgulhosos, junto com a família de Tapir, pela decisão da Assembléia, aprovando um projeto de autoria da deputada Floriza dos Santos (PDT). Quem conheceu Tapir Rocha teve o privilégio de conhecer um idealista, no mais amplo sentido que a palavra possa definir, alguém que sempre viveu preocupado com as classes menos favorecidas. Tapir Rocha foi preso político nos primeiros dias do golpe militar, quando poucos tinham coragem de criticar a derrubada de Jango. Como vereador do antigo PTB, organizou grupos de colonos sem-terra quando ninguém sabia bem o que era aquilo e foi o responsável pelas primeiras desapropriações do governador Leonel Brizola. Foi um tempo em que ser sem-terra era decente e reivindicatório. Este colunista trafega com freqüência pela RS-040 e, partir de agora, vai se juntar aos que vão se referir a ela como Rodovia Tapir Rocha.


[editar] Publicação no D.O.E. da Lei

Baixe aqui (lei.pdf)

[editar] Fontes

[editar] Ver também

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