Rogério Vieira
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ROGÉRIO VIEIRA (n. Lourenço Marques, 1948), actor e encenador português.
Em 1968 foi estudar para o Damelin College, em Johannesburg, e mais tarde regressou a Lourenço Marques, onde iniciou a sua participação em actividades de teatro amador.
Em 1974 é admitido na Escola de Teatro do Conservatório Nacional de Lisboa, mas não chegou a frequentar o curso por ser convidado a integrar um novo grupo teatral em formação, sob a direcção dos actores João Perry e Carlos Cabral, onde se estreia profissionalmente no espectáculo A Festa, no Teatro Villaret.
A partir de 1976, a sua actividade intensifica-se com a sua associação ao elenco base do Teatro da Cornucópia, sob a direcção de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo.
Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1985, Rogério Vieira fez uma viagem de estudo a Washington, New-York, Londres, Paris e Berlim, com o objectivo de tomar contacto com vários modos de funcionamento de diversas companhias de teatro.
Nas últimas décadas participou em mais de 40 espectáculos, entre os quais se destacam: Três Irmãs (1988) de Tchekov (nomeação na categoria de melhor actor para o Prémio Garrett 1988, pelo desempenho do papel de Solioni) e Dor (1996) de José Meireles – Encenação do Autor em co-produção com o Teatro da Cornucópia, exibida em Outubro no Festival de Théatre Portugais em Paris, Bruxelas e Genève.
Paralelamente, produziu, encenou e interpretou peças de teatro, entre outras, Memórias de Uma Mulher Fatal (1981) – de Augusto Sobral, por cujo trabalho recebeu o Prémio Revelação da Casa da Imprensa e Abel Abel (1984) de Augusto Sobral, com o qual ganhou o Prémio Revelação de Encenação da Associação Portuguesa de Críticos.
Para além do teatro, Rogério Vieira tem mantido uma actividade regular como actor em vários filmes no cinema, entre eles Silvestre de João César Monteiro (1982); Conversa Acabada (1982) e Tráfico (1998) de João Botelho; Le Soulier de Satin (1985), Os Canibais (1988), A Caixa (1994), Palavra e Utopia (2000) e Espelho Mágico (2005) de Manoel de Oliveira.
Em televisão, participou em alguns filmes, salientando Daisy: Um Filme Para Fernando Pessoa, de Margarida Gil (1991).