Relativismo cultural
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O Relativismo Cultural é uma ideologia politico-social que defende a validade e a riqueza de qualquer sistema cultural e nega qualquer valorização moral e ética dos mesmo.
O relativismo cultural (RC) defende que o bem e o mal são relativos a cada cultura. O "bem" coincide com o que é "socialmente aprovado" numa dada cultura. Os princípios morais descrevem convenções sociais e devem ser baseados nas normas da nossa sociedade.
Relativismo cultural é o princípio que prega que uma crença e/ou atividade humana individual deva ser interpretada em termos de sua própria cultura. Esse princípio foi estabelecido como axiomático na pesquisa antropológica de Franz Boas nas primeiras décadas do século 20 e, mais tarde, popularizada pelos seus alunos. O próprio Boas não usou tal termo, que acabou ficando comum entre os atropólogos depois da sua morte em 1942. A primeira vez que o termo foi usado aconteceu em 1948, na revista American Anthropologist; o termo em si representa como os alunos de Boas resumiram suas próprias sínteses dos vários princípios ensinados por Boas.
Relativismo cultural envolve específicas declarações epistemológicas e metodológicas. Se tais afirmações necessitam ou não de uma postura ética é um argumento para ser debatido. No entanto, o que é importante é que este princípio não seja confundido com relativismo moral.
[editar] Origens Epistemológicas do Relativismo Cultural
As afirmações epistemológicas que levaram ao desenvolvimento do relativismo cultural têm suas origens no Iluminismo Alemão. O filósofo Immanuel Kant, argumentou que seres humanos não são capazes de um conhecimento direto e não mediado do mundo. Todas as nossas experiências de mundo são mediadas pela mente humana, que, por sua vez, estrutura universalmente as percepções de acordo com sensibilidades ligadas ao tempo e ao espaço.