Planador
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Planador é uma aeronave sem motor, mais densa do que o ar e com uma configuração aerodinâmica semelhante à de um avião, que se mantém voando graças às correntes atmosféricas.
Um planador decola com auxílio de um avião rebocador que o deixa em uma altura adequada para vôo. O reboque é feito através de um cabo de comprimento entre 50 e 60 metros que conecta as aeronaves. Uma forma alternativa de reboque é a utilização de um guincho motorizado instalado na extremidade oposta da pista de decolagem que rapidamente recolhe o cabo de reboque, imprimindo velocidade ao planador. Mais modernamente têm sido utilizados planadores dotados de um motor para a decolagem e para evitar pouso fora de pistas. Após a decolagem e o início da subida em térmica ou colina, o motor é desligado e escamoteado num compartimento próprio de forma que a aerodinâmica do desenho original seja mantida. Nos planadores de alto desempenho existe um reservatório de água que funciona como lastro utilizado para aumentar sua massa e melhorar a penetrabilidade da aeronave. Este lastro é alijado antes do pouso.
Embora existam muitas modalidades de vôo a vela, como é conhecido o vôo de planador, a mais comum é a que utiliza as correntes ascendentes (térmicas) para incrementar sua altitude. Outras opções de vôo são os conhecidos vôos de colina, em que o piloto utiliza o vento que vai de encontro a uma colina, subindo e elevando o planador junto com essa corrente ascendente de ar, também conhecido por vôo de ladeira. Esse vôo é sempre realizado a barlavento da colina, pois no outro lado, onde não bate o vento a corrente de ar fica descendente, podendo ocasionar um grave acidente.
Existem também modalidades de termolina, onde se misturam as térmicas geradas por bolsas de ar quente misturadas a modalidade de colina, e ainda existem os vôos de ondas estacionárias, em que se alcançam altitudes muito mais elevadas.
[editar] Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial os planadores foram utilizados para transporte de tropas e veículos em invasões, como na batalha da Normandia; tal como no transporte de commandos, espiões, e mantimentos para dentro das linhas inimigas.
[editar] No Brasil
O vôo de térmica, a modalidade mais difundida no mundo, é nada mais do que o aproveitamento das bolsas de ar quente que se desprendem da terra, através de um gatilho térmico, que as aves, como os urubus, já utilizam desde tempos imemoráveis. Um dos bons lugares para se voar planador no Brasil é, a região sul, mais precisamente em Osório, por conter muitas modalidades de vôo possíveis. Embora não seja muito difundido no Brasil, o esporte tem praticantes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A região de Formosa, no estado de Goiás, tem-se mostrado como uma das melhores áreas para vôos em distância. Algumas regiões do Nordeste brasileiro são ainda melhores, embora praticamente não possuam clubes (com exceção de Caruaru, Estado de Pernambuco). Apenas alguns pilotos do Sudeste constumam explorá-la de tempos em tempos. Lá foi batido o recorde brasileiro de distância, com mais de 1000 km voados pelo piloto Thomas Milko, do Aeroclube Politécnico de Planadores de Jundiaí. No Estado de São Paulo concentra-se o maior número de clubes e praticantes.
O Aeroclube Politécnico de Planadores - Jundiaí é o mais antigo clube do País (fundado em 1934) e é o clube do atual (2005) Campeão Brasileiro, Alberto Kunath. Kunath já conquistou outros campeonatos brasileiros e foi o terceiro do Mundo de 2002, no Mundial da África do Sul. Os Aeroclubes de Bauru e de São José dos Campos também têm apresentado excelentes pilotos e produzido campeões ao longo dos últimos 50 anos. Outros clubes importantes são: Balsa Nova, PR; Planalto Central em Formosa,GO; Palmeira das Missões, RS; Rio Claro, SP; Tatuí, SP; Academia da Força Aérea em Pirassununga, SP; Aeroclube Mineiro de Planadores em Pará de Minas, MG; Juiz de Fora, MG, Rio Negrinho, SC, entre outros. Em Portugal é no Sul que se voa com mais regularidade, mais precisamente em Évora.