Passivismo
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Em filosofia da mente, passivismo é a teoria segundo a qual a cognição é fruto de processos mentais involuntários, espontâneos ou inconscientes. De acordo com o passivismo, o pensamento é um tipo de "atividade" mental apenas no sentido em que falamos de atividade vulcânica, sem admitir que pensamentos pressuponham ações do sujeito. Pensamentos são acontecimentos espontâneos, para o passivismo. Eles acontecem sem a interferência do sujeito, tal como os instintos.
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[editar] Racionalidade
De acordo com o passivismo, nos nossos raciocínios e inferências somos completamente passivos. Tudo se passa segundo a causalidade natural da razão, sem que o sujeito aja em momento algum. A racionalidade não é um tipo de atividade, e nossas crenças e opiniões não são formadas por nossas ações. Um ser racional não precisa ser um agente.
[editar] Intelectualismo e voluntarismo
O passivismo é antivoluntarista, pois defende que não formamos crenças de acordo com nossa vontade. Mas não é facilmente enquadrado como intelectualista, visto que defende a tese da formação espontânea, isto é, involuntária e inconsciente das nossas crenças.
[editar] Liberdade
O passivismo é compatível com uma concepção de liberdade ao estilo de Spinoza e Kant, segundo a qual ser livre é ser necessitado racionalmente.
[editar] Defensores
O filósofo Galen Strawson se encontra entre os defensores do passivismo.
[editar] Bibliografia passivista
- Benjamin Libet, Anthony Freeman e Keith Sutherland (editores). The Volitional Brain: Towards a Neuroscience of Free Will. Imprint Academic, 2000.
- Tor Norretranders. The User Illusion: Cutting Consciousness Down to Size. Penguin, 1999.
- Galen Strawson. "Mental ballistics or the involuntariness of spontaneity." Proceedings of the Aristotelian Society, volume 103, número 3, páginas 227-256, abril de 2003.
- Daniel M. Wegner. The Illusion of Conscious Will. The MIT Press, 2003.