Parque Estadual de Vila Velha
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O Parque Estadual de Vila Velha situa-se no estado do Paraná, Brasil, a vinte quilômetros a sudoeste do centro de Ponta Grossa e a cem quilômetros de Curitiba. O governo estadual criou um parque pelo motivo de proteger 18 km² de formações rochosas.
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[editar] Uma cidade em ruínas
Este conjunto de formações lembra uma cidade medieval em ruínas, com torres, castelos e formações diversas, que sob certo ponto de vista e dependendo da imaginação do observador lembram à animais, como cavalos, camelos, seres mitológicos como dragões, unicórnios, além das mais estranhas figuras que muitas vezes parecem flutuar no ar desafiando as leis da gravidade.
As exóticas formações em arenito da Vilha Velha foram erodidas pela ação das chuvas e pelo forte vento sempre presente na região. A coloração das rochas é avermelhada semelhante a tijolos. As alturas médias das colunas de pedra e muralhas chega a vinte metros. Em alguns pontos, estas podem chegar a trinta metros ou mais em função do terreno acidentado. Os arenitos de Vila Velha com sua coloração avermelhada, dependendo da hora do dia da luz do Sol e da época do ano, ficam com uma aparência e coloração semelhante à mostrada em fotografias pelas naves norte-americanas que pousaram em Marte.
[editar] As figuras mais identificáveis
Observando-se sob diversos pontos de vista, facilmente se identificam monoblocos cuja aparencia lembra a diversas figuras. As mais conhecidas são: o "Cálice", a "Cabeça de camelo" e a "Esfinge".
Existem ainda formações que lembram cogumelos dos mais diversos tipos e tamanhos, cabeças semelhantes às cabeças de índios, tartarugas, fendas cujo formato interno lembram à garrafas, paredes de pedra que lembram muralhas de Castelos, torres de diversos formatos e alturas de geometria variável. Formações estranhas que não parecem ser deste planeta.
[editar] As outras formações
Além das formações areníticas mais conhecidas, ainda existem muitas outras que fazem o observador viajar pela imaginação.
Indo em direção à Ponta Grossa, ainda na região do Parque Estadual de Vila Velha, ainda existe a região de Furnas.
As Furnas são imensas crateras chamadas cujo formato é circular e possuem grande profundidade. Além das furnas, existe uma lagoa de águas límpidas e transparentes, a coloração desta ao pôr do sol se faz extremamente dourada, por isso seu nome é Lagoa Dourada. O impressionante nesta é a translucidez de suas águas, que ao serem observados os peixes que a povoam parecem estar flutuando no ar.
[editar] A formação
Embora atualmente distando em torno de duzentos quilômetros do litoral, sabe-se que no início do período devoniano, o sítio da Vila Velha era ocupado pelo mar.
A areia que foi sendo depositada pela água, foi durante o passar dos milênios sendo consolidada constituindo uma plataforma sobre a qual repousam as rochas de Vila Velha. A região está a uma altitude de 900 m acima do nível do mar.
[editar] Sedimentação
Quando começou o processo de sedimentação, existia um lago imenso na região. As águas provinham do degelo imprimindo então numa rocha chamada varvito esta ocorrência. O varvito é um sedimento finamente estratificado, com alternância de camadas claras e escuras.
Ainda seguindo as impressões deixadas pela glaciação, formaram-se outras rochas, cuja origem também é glacial. Estas são superpostas por uma camada arenosa denominada arenito de Vila Velha..
[editar] Erosão
As formações da Vila Velha ocorreram pela erosão, e esta é relativamente recente. O desgaste que ocorre na parte inferior é mais rápido que na parte superior, por ser a rocha que está embaixo menos resistente que a rocha que a recobre. Pode-se observar diversas fases de erosão nas formações que estão em todas as partes do parque.
As formações em cálice, possuem volumosa cabeça retangular, até a coluna já decapitada, esta se resume num tronco fragmentário.
[editar] Furnas
As formações chamadas de furnas, são crateras que formam poços naturais de dimensões muito grandes. Seu diâmetro e profundidade ultrapassam com facilidade os cem metros. Estas crateras se abrem no patamar de arenito que serve de base para Vila Velha.
A origem das furnas ainda não está perfeitamente esclarecida. Entre as principais hipóteses são citados:
- O esboroamento das partes profundas do arenito pela erosão subterrânea.
- Fenômenos de erosão de grande profundidade, que afetaram rochas calcárias subjacentes.