Pan-eslavismo
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O pan-eslavismo foi um movimento político e sociocultural do século XIX, que buscava a união de todos os povos eslavos. Procurava também um antecedente comum das formas variadas dos povos eslavos da Europa, tendo em mente objetivos comuns.
Bakunin foi uma das pessoas a defender a união dos povos eslavos, querendo uma renovação do ocidente que estava decadente. Esse apelo formou a base do pan-eslavismo.
A primeira fase (de 1815 a 1850) começou com um despertar nacional entre os eslovacos, croatas, tchecos, eslovenos, poloneses e sérvios, desenvolvendo neles o sentimento de nacionalidade e que também existiria um elemento comum a todos os eslavos. O pan-eslavismo sempre causou um conflito na política russa, sendo por vezes usado pelo Império Russo como instrumento de propaganda.
Por isso, após 1850 houve uma associação do pan-eslavismo com o "perigo russo", pois era considerado pelos europeus como sendo a ideologia da corte czarista. Quando a Alemanha se unificou e se formou a monarquia austro-húngara, os povos eslavos ocidentais se viram dependentes da Rússia.
Com isso, esse movimento acabou tendo características russas, que foi fortalecido pelo jornalista Mikhail Katkov para que o Congresso Pan-eslava fosse em Moscovo, em 1867. Durante dez anos, a teoria pan-eslava foi sendo relembrada principalmente por Nicolai Danilevski entre outros, e que se tornou antiocidental, antigermânico e antiturco, mudando a sua concepção para a qual foi criada.
Em 1905 começou a terceira fase, onde a Rússia retornou ao pan-eslavismo original, após derrotas no Oriente. Vladimir Soloviov fez a doutrina atingir o seu máximo, dando a população da unidade do gênero humano, influenciado pela fé. Com a volta desse nacionalismo exacerbado entre os eslavos fez ressurgir antigas rivalidades levando a crises internacionais. Acabou com isso eliminando o ideal do pan-eslavismo.