Meridiano de Greenwich
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O Meridiano de Greenwich é um semicírculo de linha imaginária iniciando-se na latitude de 90 graus Norte e terminando na latitude de 90 graus Sul e passa sobre a localidade de Greenwich (nos arredores de Londres, Reino Unido) e divide o globo terrestre em ocidente e oriente, permitindo medir a longitude. Definido como o primeiro meridiano serve de referência para estabelecer a relação entre as horas em qualquer ponto da superfície terrestre, estabelecendo os fusos horários. Esse meridiano atravessa 2 continentes e 7 países, na Europa: Reino Unido, França e Espanha e na África: Argélia, Mali, Burkina Faso e Gana. Seu Anti-meridiano cruza uma parte da Rússia no estreito de Behring e uma das ilhas do arquipélago de Fiji, no Oceano Pacífico.
[editar] História
- Antes de Greenwich
Hoje, como sabemos, o meridiano de Greenwich é usado para a contagem dos graus de longitude. Mas nem sempre foi dessa maneira.
Vejamos, respeitando o original, como Balbi tratou do assunto em seu Tratado de Geographia Universal, Physica, Historica e Politica, publicado em 1858:
"... não assim os graus de longitude, por isso que contando-se de um meridiano de convenção, a que chamam primeiro meridiano há dois modos de os contar, a saber : ou até 360º começando do primeiro meridiano para a parte oriental até o encontrar pela parte ocidental, ou até 180º para a parte oriental, e até outros 180º para a occidental, e em caso tal é mister que se declare expressamente se a longitude é oriental ou ocidental.
Os geógrafos antigos, e ainda hoje os alemães, seguiram sempre o primeiro modo de os contar; o segundo foi geralmente adaptado pelos modernos, e em particular pelos franceses e Ingleses.
Quanto ao meridiano de convenção ou primeiro meridiano, convém saber, que Ptolomeo adaptou o das ilhas Afortunadas ou Canarias, por se acharem no limite ocidental dos países naquele tempo conhecidos; que Luiz XIII, rei de França, determinou por decreto aos geógrafos franceses de referirem as longitudes ao meridiano da Ilha de Ferro, que é a mais ocidental daquele arquipélago; que os holandeses adaptaram o do Pico de Tenerife; que Gerardo Mercator, célebre geógrafo, escolheu o da Ilha do Corvo no arquipélago dos Açores, porque nele no seu tempo a agulha de marear não sofria nenhuma declinação; que porém, ultimamente, quase todas as nações adaptaram os meridianos de seus respectivos observatórios. Os franceses reportam-se ao meridiano do observatório de Paris, os ingleses ao de Greenwich, os espanhóis ao de Cadiz, os portugueses ao de Coimbra ou ao de Lisboa".
Como vemos, era uma tremenda confusão naquela época para se determinar que meridiano deveria ser considerado para a contagem dos graus de longitude.