José Wallenstein
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José Wallenstein (n. Lisboa, 18 de Outubro de 1959), actor e encenador português.
Cursou Teatro/Formação de Actores na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa (1985). Trabalhou em espectáculos dirigidos por Luís Miguel Cintra, Ricardo Pais, Rogério Vieira, Fernanda Lapa, Filipe La Féria, Gastão Cruz, Miguel Guilherme, Rui Mendes, Jorge Listopad, Brigitte Jacques ou Carlos Avilez.
Foi distinguido em 1987 com o Prémio de Melhor Actor de Teatro, atribuído pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro pela sua interpretação em A Grande Paz de Edward Bond e nomeado para o Prémio Garrett de 1988 pela peça Três Irmãs de Tchekov.
Estreou-se no cinema em Francisca, de Manoel de Oliveira (1981), realizador com quem continuou a trabalhar regularmente (1985 - Le Soulier de Satin, 1991 - A Divina Comédia, 1994 - A Caixa, 2001 - Porto da Minha Infância, 2004 - O Quinto Império, 2006 - Espelho Mágico). Salienta ainda os filmes O Fatalista de João Botelho (2005), Alice de Marco Martins (2005), Camarate de Luís Filipe Rocha (2001), A Janela (2001) e Manuel de Evasão (1994) de Edgar Pêra, …Quando Troveja de Manuel Mozos (1999), A Sombra dos Abutres de Leonel Vieira (1998), Terra Fria de António Campos (1992), Rosa Negra de Margarida Gil (1992), Nuvem de Ana Luísa Guimarães (1992), Repórter X (1987) e Mar à Vista (1989) de José Nascimento, Jogo de Mão de Monique Rutler (1984) ou Dans La Ville Blanche de Alain Tanner (1983).
Para a televisão participou regularmente em algumas séries (1992 - O Quadro Roubado, 1997 - Riscos, 1998 - Ballet Rose de Leonel Vieira, 2000 - A Febre do Ouro Negro, 2005 - Até Amanhã Camaradas de Joaquim Leitão) e telefilmes (2000 - Um Passeio no Parque de Marie Brand, 1991 – Daisy: Um Filme para Fernando Pessoa de Margarida Gil, 1992 - Uma Mulher Livre de Luís Filipe Costa, 1987 - Era Uma Vez um Alferes de Luís Filipe Costa). A sua primeira participação numa novela dá-se em 2006, em Tempo de Viver, de Rui Vilhena.
Encenador, dirigiu desde a década de 90, obras de autores como Nigel Williams, Nick Grosso, Franz Kafka, Bertolt Brecht, Peter Handke ou Carlo Goldoni. Encenou no âmbito da Lisboa94 - Capital Europeia da Cultura o espectáculo E no Intervalo Faz-se Qualquer Coisa (Teatro da Cornucópia). Foi director do Teatro Nacional de São João (2000/02) onde dirigiu, entre outros, Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett (1999) ou a ópera Arca de Noé. É sócio-fundador do projecto Pro Tea e colaborou como encenador no Teatro Bruto e Visões Úteis. Na ópera dirigiu obras dos compositores Kurt Weill, Igor Stravinski, Harrisson Birtwistle e António Pinho Vargas.
Recebeu o Prémio para a Melhor Produção do Ano, atribuído pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, pela sua encenação de Estrelas na Manhã de Alexander Galine (Grupo de Teatro Hoje).
Dirigiu acções pedagógicas no Balleteatro, Universidade Moderna, Chapitô e Escola Superior de Teatro e Cinema. Lecciona a disciplina de Cenografia, no Mestrado de Arquitectura e Urbanismo do ISCTE.
