João Nogueira
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Nogueira foi cantor e compositor brasileiro. Nasceu em 12 de novembro de 1941, no Rio de Janeiro, e morreu na mesma cidade em 5 de junho de 2000. Desde o início de sua carreira ficou conhecido pelo suingue característico de seus sambas.
Índice |
[editar] Biografia
Filho do advogado e músico João Batista Nogueira e irmão da também compositora, Gisa Nogueira, cedo tomou contato com o mundo musical. Logo aprendeu a tocar violão e a compor em parceria com a irmã.
Com apenas 17 anos, já era diretor de um bloco carnavalesco no bairro carioca do Méier. Nesta época, a gravadora Copacabana grava sua composição Espera, ó nega, que João canta acompanhado pelo conjunto depois chamado Nosso Samba. Em 1970, Elizeth Cardoso ouve a gravação de sua composição Corrente de aço e resolve regravá-la.
Em 1971, tem obras suas gravadas por Clara Nunes (Meu lema) e Eliana Pittman (Das duzentas pra lá). Como esta música defendia a ampliação do mar territorial do Brasil para 200 milhas, medida adotada pelo regime militar, João sofreu patrulha ideológica.
Ainda em 1971, João passaria a integrar a ala de compositores da Portela, sua escola de coração, onde venceu um concurso interno com o samba Sonho de Bamba. Mais tarde faria parte do grupo dissidente que saíu da Portela para fundar a Tradição. Fundou também o bloco "Clube do Samba" que ajudou a revitalizar o carnaval de rua carioca.
Em mais de quatro décadas de atividade, João gravou 18 discos. Teve vários parceiros, mas o mais importante foi certamente Paulo César Pinheiro.
Quando morreu, vitimado por um enfarte, em 2000, João organizava um show numa grande casa noturna de São Paulo, de que resultaria o lançamento de uma gravação ao vivo.
Com sua morte, vários colegas se juntaram para apresentar, nas mesmas datas e no mesmo local, um espetáculo em sua homenagem. Participaram Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz e Sombrinha, Emílio Santiago, Carlinhos Vergueiro e a família de João: o sobrinho Didu, o filho Diogo e a irmã e parceira Gisa. O show foi gravado para o disco João Nogueira, Através do Espelho.
[editar] Discografia
- João de Todos os Sambas (1998)
- Chico Buarque, Letra & Música - João Nogueira e Marinho Bonfá (1996)
- Parceria - João Nogueira e Paulo César Pinheiro - Ao Vivo (1994)
- Além do Espelho (1992)
- João (1988)
- João Nogueira (1986)
- De Amor é Bom (1985)
- Pelas Terras do Brasil (1984)
- Bem Transado (1983)
- O Homem dos Quarenta (1982)
- Wilson, Geraldo, Noel (1981)
- Boca do Povo (1980)
- Clube do Samba (1979)
- Vida Boêmia (1978)
- Espelho (1977)
- Vem que Tem (1975)
- E Lá Vou Eu (1974)
- João Nogueira (1972)