Grande Guerra Patriótica
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A Grande Guerra Patriótica foi o nome pelo qual ficou conhecida a Segunda Guerra Mundial para os povos da União Soviética. Com forte viés ideológico, a definição tinha por objetivo incutir na mente dos povos integrantes da URSS a idéia de que o combate com os alemães significava uma guerra em defesa da pátria, nesse caso, o Estado Soviétivo. Por outro lado, juntamente com outras ações políticas, a definição tinha por objetivo alçar a figura de Stalin como o supremo líder e guia dessa pátria.
[editar] Significado
As comemorações e o significado da vitória na guerra, pela qual a URSS pagou um preço alto, tanto em termos humanos como materias, foram sempre profundamente marcadas na consciência dos povos das repúblicas soviéticas. O "Dia da Vitória, ou "День Победы" - "Den' Pobiedy", era, junto com o Primeiro de Maio - Dia do Trabalho, um dos dois principais festejos populares na URSS). O episódio permanece importante para os russos devido às imensas perdas humanas sofridas no conflito, inclusive após a queda do regime soviético. É raro encontrar algum cidadão das ex-repúblicas soviéticas cuja família não tenha sido perdido um ente próximo na guerra.
Embora o significado das batalhas entre Alemanha e URSS tenha sido enormemente relativizado no mundo capitalista pós-guerra, por conta de questões ideológicas próprias da Guerra Fria, o chamado fronte oriental foi onde aconteceram as mais ferozes batalhas, com as maiores perdas civis e militares da história. Na resistência contra a Wehrmacht, o Exército Vermelho mostrou excepcional tenacidade e capacidade de reorganização e aprendizagem.
Apesar de imensas perdas humanas e materiais, a URSS foi a única nação da guerra a ser invadida territorialmente pela Werhmacht a ser capaz de se reorganizar e, sem rendição ou acordos colaboracionistas (como o do “Governo de Vichy”, na França), resistir, combater, e efetivamente rechaçar as forças alemãs para fora de seu território sem tropas externas atuando em seu território (como na recuperação da França, por exemplo) e, mais importante, seguir um curso de vitórias até a capital da Alemanha, terminando, na prática, a guerra. Poucos dias depois do suicídio de Hitler na Berlim já completamente ocupada pelo Exército Vermelho, as forças alemãs assinaram sua rendição incondicional.