Gilberto Braga

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Gilberto Tumscitz Braga (Rio de Janeiro, 1 de novembro de 1946) é um autor de telenovelas brasileiro.

Índice

1 Biografia
2 Telenovelas
3 Minissérie
4 Ligações externas

[editar] Biografia

Inicialmente, seus pais o forçaram a seguir a carreira diplomática, a qual abandonou antes mesmo de começar. Em 1968, saiu pela primeira vez com uma bolsa de estudos em Paris.

Gilberto trabalhou como crítico de teatro durante cinco anos e cinema na imprensa carioca, tendo estreado como autor de televisão em 1973, assinando dois casos especiais As Praias Desertas e Feliz na ilusão. Foi também professor de francês. No ano seguinte, tem sua primeira experiência como novelista ao desenvolver junto com Lauro César Muniz a novela Corrida do Ouro, cujo trabalho abandonou pelo meio, ainda não habituado ao ritmo de escrita para TV. Já colaborara com ele em Carinhoso (1973) e voltaria a colaborar em Escalada (1975).

No mesmo ano, escreve as adaptações dos romances Helena, de Machado de Assis, e de Senhora, de José de Alencar, para a televisão, na telenovela homônima. Escreveu ainda a adaptação de Escrava Isaura, baseada no livro homônimo de Bernardo Guimarães, cujo sucesso foi enorme e que consagrou a atriz Lucélia Santos e ganharia uma segunda adaptação em 2004 exibida pela TV Record, com Bianca Rinaldi no papel-título. Ainda em 1975, colaborou com Janete Clair na novela Bravo e a substituiu quando ela foi escrever outra novela, Pecado capital, que se tornaria um de seus maiores sucessos. Gilberto tornaria a escrever novelas de época em 1999, com Força de um desejo.

Em 1978 escreveu Dancin' Days, um grande sucesso, sua primeira novela no horário nobre, e primeira onde ele escrevia sozinho e que não era adaptação de um romance consagrado, que voltaria a adaptar em 1988, na minissérie O Primo Basílio, baseada no livro homônimo de Eça de Queiroz. Seguem-se outras novelas de sucesso no horário nobre: Água viva, Brilhante, Louco amor e Corpo a corpo.

No mesmo ano, parou o Brasil com o mistério em torno de quem matou Odete Reutemann, personagem de sua novela Vale Tudo. Essa situação se repetiria em seu trabalho mais recente, que foi a telenovela Celebridade, levada ao ar de 13 de outubro de 2003 a 26 de junho de 2004, cujo mistério agora era quem matou Lineu Vasconcelos, e já havia sido escrita anteriormente na telenovela Água viva, onde o mistério era quem matou Miguel Fragonard.

Gilberto substituiu Sílvio de Abreu em alguns capítulos na novela Rainha da Sucata, em 1990, quando este precisou se afastar por problemas pessoais. No mesmo ano atuou como supervisor de texto na novela Lua Cheia de Amor, adaptação de Dona Xepa, escrita por ele treze anos antes, baseada na peça homônima de Pedro Bloch.

Vale Tudo iniciava uma trilogia de novelas de Gilberto onde ele aboradava a honestidade, corrupção e temas similares. As outras duas seriam O dono do mundo que teve que passar por reformulações pois a trama inicial não havia entusiasmado o público e numa época que a novela mexicana Carrossel do SBT superava o Ibope da Globo, e Pátria minha, cujo título era extraído do poema homônimo do Vinícius de Moraes. Nessa novela, inclusive, os atores Vera Fischer e Felipe Camargo foram afastados do elenco devido a brigas e seus freqüentes atrasos.

A minissérie Anos rebeldes, retratava os anos de chumbo com perfeição. Nesse mesmo ano, substituiu Glória Perez em De Corpo e Alma com sua fiel colaboradora Leonor Bassères, pois esta se afastou pois estava abalada com o brutal assassinato de sua filha, Daniela Perez. Anos dourados, levada ao ar em 1986 por sua vez, se passava nos anos 50.

Em 1996 supervisionou o texto de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa na elaboração da sinopse e na construção do perfil dos personagens. Escreveu a minissérie Labirinto, com Fábio Assunção e Malu Mader nos papéis principais. Eles voltariam a fazer par romântico na novela Força de um desejo, do ano seguinte, que era ambientada no século XIX, decisão que a TV Globo tomou depois do sucesso de Chiquinha Gonzaga, minissérie exibida alguns meses antes da estréia que se passava nessa mesma época. Força de um desejo inclusive marcou a volta às produções de época no horário das seis da Globo, coisa que ela não fazia desde 1991, com Salomé, baseada no livro homônimo de Menotti del Picchia inspirado numa personagem bíblica, que havia sido a última. Inclusive, o projeto dessa novela deveria ter sido desenvolvido por Gilberto, em 1978. Só que na época ele passou para o horário nobre, com Dancin'Days.

Em 1998, chegou a escrever a sinopse da que seria novela Feliz aniversário, que não vingou e algumas tramas foram tranpostas para a minissérie Labirinto, e também um remake, que posteriormente virou uma reprise da novela Dancin'Days, para comemorar vinte anos da estréia da novela, que também não vingou. Gilberto tinha até em mente os nomes de Glória Pires, Malu Mader e Leandra Leal para interpretar Júlia, Yolanda e Marisa, respectivamente, foram interpretados por Sônia Braga, Joana Fomm e a própria Glória Pires.

A sinopse de Força de um desejo foi escrita em 1988, cujo título original era Amor perfeito, com Maria Zilda Bethlem, Thales Pan Chacon e Castro Gonzaga nos papéis equivalentes aos de Malu Mader, Fábio Assunção e Reginaldo Faria, respectivamente. Outra idéia que só vingaria dali a onze anos. A novela em sua exibição original foi um fracasso de audiência (registrou apenas 27 pontos no Ibope), já sua reprise, entre 2005 e 2006, fez relativo sucesso numa versão compactada; foi inclusive, a primeira novela com legenda para deficientes auditivos.

Em Celebridade, foi uma espécie de revival de antigas obras suas. Atualmente, ele está desenvolvendo a telenovela Paraíso tropical, prevista para substituir Páginas da vida, de Manoel Carlos em 5 de março de 2007.