Eça de Queiroz
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José Maria Eça de Queiroz[1] (Póvoa de Varzim, 25 de Novembro de 1845 — Paris, 16 de Agosto de 1900) é por muitos considerado o maior escritor realista português do século XIX. Foi autor, entre outros romances de importância reconhecida, de Os Maias.
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[editar] Biografia
José Maria Eça de Queirós nasceu numa casa da Praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro administrativo da cidade; foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde a 25 de Novembro de 1845. Filho de José Maria Teixeira de Queirós e Carolina Augusta Pereira d'Eça,
Com 16 anos foi para Coimbra estudar Direito, tendo aí sido amigo de Antero de Quental. Seus primeiros trabalhos, publicados como um folhetão na revista "Gazeta de Portugal", apareceram como colecção, publicada depois da sua morte sob o título Prosas Bárbaras. Em 1869 e 1870, Eça de Queirós viajou ao Egipto e visitou o canal do Suez que estava sendo construído, o que inspirou diversos de seus trabalhos, o mais notável dos quais o Mistério da Estrada de Sintra, de 1870, e A Relíquia, apenas publicado em 1887. Em 1871 foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.
Quando foi despachado mais tarde para Leiria para trabalhar como um administrador municipal, escreveu sua primeira novela realista da vida portuguesa, O Crime do Padre Amaro, que apareceu em 1875. Aparentemente, Eça de Queirós passou os anos mais produtivos de sua vida em Inglaterra, como cônsul de Portugal em Newcastle e em Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, incluindo A tragédia da Rua das Flores e A capital, escrito numa prosa hábil, plena de realismo. Suas obras mais conhecidas, Os Maias e O Mandarim, foram escritas em Inglaterra também. Seu último livro foi A Ilustre Casa de Ramires, sobre um fidalgo do séc XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. É um romance imaginativo, entremeado com capítulos de uma aventura de vingança bárbara ambientada no século XII, escrita por Gonçalo Mendes Ramires, o protagonista. Trata-se de uma novela chamada A Torre de D. Ramires, em que antepassados de Gonçalo são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão moral e intelectual do rapaz.
Morreu em 1900 em Paris. Seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente 20 línguas.
Foi também o autor da Correspondência de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925. Fradique Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da Estrada de Sintra.
[editar] Cronologia sumária
[editar] Obras
- A Capital
- A Cidade e as Serras
- A Ilustre Casa de Ramires
- A Relíquia
- A Tragédia da Rua das Flores
- Alves & C.a
- As Farpas
- As Minas de Salomão
- Cartas de Inglaterra
- Cartas Familiares e Bilhetes de Paris
- Contos
- Correspondência de Fradique Mendes
- Ecos de Paris
- Notas Contemporâneas
- O Conde d'Abranhos
- O Crime do Padre Amaro
- O Egipto
- O Mandarim
- O Mistério da Estrada de Sintra
- O Primo Basílio
- Os Maias
- Prosas Bárbaras
- Últimas Páginas
- Uma Campanha Alegre
Bibliografia de cada uma das obras: O Mistério da Estrada de Sintra (1870) O Crime do Padre Amaro (1875); versão definitiva em 1880 O Primo Basílio (1878) O Mandarim (1880) A Relíquia (1887) Os Maias (1888) Uma Campanha Alegre (1890-91) A Ilustre Casa de Ramires (1900) A Correspondência de Fradique Mendes (1900) A Cidade e as Serras (1901) Contos (1902) Prosas Bárbaras (1903) Cartas de Inglaterra (1905) Ecos de Paris (1905) Cartas Familiares (1907) Bilhetes de Paris (1907) Notas Contemporâneas (1909) Últimas Páginas (1912) A Capital (1925) O Conde de Abranhos (1925) Alves e C.ª (1925) Correspondência (1925) O Egipto (1926) Cartas Inéditas de Fradique Mendes (1929) Páginas Esquecidas (1929) Eça de Queirós entre os seus - Cartas íntimas (1949) Folhas Soltas (1966) A Tragédia da Rua das Flores (1980) Dicionário de Milagres Lendas de Santos Edições críticas: A Capital (1992) O Mandarim (1993) Alves e C.ª (1994) Textos de Imprensa VI (1995)
[editar] Notas
^ Queiroz é a grafia vigente na época em que viveu o escritor. A vigente ortografia da língua portuguesa determinada que a forma correta é Queirós.
[editar] Ligações externas
- Website da Fundação Eça de Queiroz Contém biografia e bibliografia
- Biografia na "Vidas Lusófonas"
- Obras de Eça de Queirós na Biblioteca Nacional Digital
- Eça de Queiroz - Idealismo e Realismo