Fernandinho Beira-Mar
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, é considerado um dos maiores traficantes de armas e drogas da América Latina.
Nasceu na favela Beira-Mar, no município de Duque de Caxias (Rio de Janeiro), começou a vender drogas antes dos vinte anos de idade, e hoje é um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho.
Fernandinho Beira-Mar foi criado pela mãe, Zelina, uma dona-de-casa e faxineira, que morreu atropelada. Não conheceu o pai. Entre os 18 e 20 anos, Luiz Fernando começou a praticar os primeiros assaltos. Lojas, bancos e até depósito de materiais militares eram seus alvos principais.
Foi acusado de furtar armas pesadas do Exército e de vendê-las para traficantes do Rio. Aos 20 anos, foi preso por assalto e condenado a dois anos. Cumpriu a pena e, ao sair, voltou a morar na Favela Beira-Mar, onde se tornou um dos “cabeças” do tráfico local.
A ascensão de Beira-Mar ocorreu entre 1990 e 1995, quando abriu canais próprios de distribuição de drogas e conquistou morros como Borel, Rocinha, Chapéu Mangueira e a Favela do Vidigal. Preso em 1996, não ficou nem um ano no presídio de Belo Horizonte. Agentes penitenciários foram acusados de ter facilitado a fuga dele.
Montou gigantesco esquema de lavagem de dinheiro no maior banco federal estatal do país e teria morado no Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia, onde se aliou às FARC-Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Foi recapturado pelo exército colombiano, em atuação conjunta com agentes norte-americanos e repatriado para o Brasil em abril de 2001.
Em 2002, preso em Bangu I, organizou rebelião com a finalidade de matar Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, e outras lideranças do Terceiro Comando, uma das principais organizações rivais do Comando Vermelho. A rebelião foi uma vergonhosa demonstração da impotência dos orgãos de segurança brasileiros em relação à ação dos grupos do crime organizado.
Nos últimos três anos (2003 a 2006), Fernandinho Beira-Mar vem sendo transferido constantemente de presídio e mantido em rigoroso isolamento, tendo em vista a elevada periculosidade.
[editar] Livros e estudos sobre o narcotráfico
O sistema criminoso montado pelo narcotraficante Fernandinho "Beira-Mar" já foi objeto de estudo acadêmico. Encontra-se, ainda, analisado na literatura nacional, por autores como o jornalista Percival de Souza (Narcoditadura: o caso Tim Lopes, Crime organizado e jornalismo investigativo no Brasil, de 2002), a filósofa Alba Zaluar (Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas, de 2004) e o bancário Wagner Fonseca Lima (Violência corporativa e assédio moral, de 2005).