Família Artística Paulista
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Família Artística Paulista é um grupamento de artistas formado em São Paulo, em 1937, em reação ao vanguardismo e ao experimentalismo que caracterizavam outro grupamento de artistas, o do Salão de Maio, fundado apenas alguns meses antes na mesma cidade.
A agremiação foi fundada e dirigida por Rossi Osir e Waldemar da Costa e contava com a participação de diversos artistas, além dos integrantes do Grupo Santa Helena, que tomaram parte das três grandes exposições por ela realizadas.
O crítico Geraldo Ferraz, defensor do Salão de Maio, acusava os pintores da FAP de "tradicionalistas, defensores do carcamanismo artístico da paulicéia". Diferenças e polêmicas à parte, o fato é que vários artistas participaram tanto dos Salões da FAP quanto dos Salões de Maio. Além disso, a observação mais minucuiosa dos trabalhos que integraram as exposições de ambas as agremiações permitem localizar, em cada uma delas, a presença de obras de corte acadêmico, ao lado de outras mais afinadas com os procedimentos de vanguarda.
Pouco depois da terceira exposição, a Família deixou de existir, sobrepujada pelo aparecimento de novos movimentos.
[editar] Exposições
A primeira exposição, em novembro de 1937, no Hotel Esplanada, expôs obras de Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Clóvis Graciano, Fulvio Pennacchi, Humberto Rosa, Mario Zanini, Rossi Osir e Manuel Martins, entre outros.
O segundo salão, no Automóvel Clube de São Paulo, em 1939, agregou novos integrantes, além dos antigos participantes, como Candido Portinari, Nelson Nóbrega, Alfredo Rizzotti e Ernesto de Fiori.
O último salão da Família Artística Paulista ocorreu no Rio de Janeiro, em 1940, com participações inéditas como as de Carlos Scliar, Paulo Sangiuliano e Bruno Giorgi.