Diarquia de Esparta
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Diarquia era uma instituição política da cidade-estado (pólis) de Esparta na grécia antiga que consistia em uma monarquia com dois reis de família diferentes com iguais poderes.
A origem desta singularidade monárquica não está perfeitamente esclarecida pelos historiadores que aventaram a hipótese de que a instituição foi um compromisso entre duas família poderosas no período de criação do estado espartano no período arcaico(séculos VIII-VI a.c).
Os diarcas vinham das famílias dos Ágidas e Euripôntidas, sendo o direito de ser rei hereditário para o primeiro filho nascido após a ascensão do pai a realeza; caso o herdeiro fosse menor assumia a regência um parente próximo até a maioridade do herdeiro.
Os dois reis tinham poderes absolutamente iguais que na época arcaica eram amplas atribuições religiosas, políticas, administrativas e judiciárias.
Na época clássica seus poderes foram limitados a religião, a julgar determinadas causas privadas em que intervém o direito religioso da família. No período de guerra eram os comandantes supremos do exército e do sacerdócio em que um rei protegia Esparta e o outro ia para o combate.Esse poder de comando era essencialmente militar, estando sujeito ao comando e fiscalização pelos éforos de sua conduta.
Os diarcas presidiam a Gerúsia, o senado espartano formado por cidadão maiores de sessenta anos, embora seu poder fosse o mesmo dos outros gerontes.
A monarquia foi seriamente limitada em seus poderes pelo surgimento do Eforato, formado por cinco éforos eleitos pelos cidadãos, que exigiam o juramento de obediência dos reis e podiam prendê-los e multá-los por comportamento inadequado, além de interver nas prerogativas reais quando havia discordâncias entre os reis sobre uma decisão.
Além de ocuparem o topo da hierarquia política de Esparta os diarcas eram muito respeitados e todos se mantinham de pé diante de sua presença, com exceção dos éforos; tinham as maiores e melhores terras, territórios na área dos periecos e recebiam butim de guerra maior que dos outros espartanos.
No período helenístico com a decadência de Esparta, houve no século III a.c revoltas lideradas pelos reis que desestruturaram a organização social e acabaram com a dupla realeza.
[editar] Reis da dinastia Ágida
- Eurysthenes ? - c.930 a.C.
- Agis I c.930 - c.900 a.C.
- Echestratus c.900 - c.870 a.C.
- Leobates c.870 - c.840 a.C.
- Dorissus c.840 - c.820 a.C.
- Agesilaus I c.820 - c.790 a.C.
- Archilaus c.790 - c.760 a.C.
- Teleclus c.760 - c.740 a.C.
- Alcmenes c.740 - c.700 a.C
- Polydorus c.700 - c.665 a.C
- Eurycrates c.665 - c.640 a.C
- Anaxander c.640 - c.615 a.C
- Eurycratides c.615 - c.590 a.C
- Leon c.590 - 560 a.C
- Anaxandridas II c.560 - c.520 a.C
- Cleomenes I c.520 - c.490 a.C.
- Leônidas I c.490 - 480 a.C.
- Pleistarchus 480 - c.459 a.C
- Pleistoanax c.459 - 409 a.C
- Pausanias 409 - 395 a.C
- Agesipolis I 395 - 380 a.C.
- Cleombrotus I 380 - 371 a.C.
- Agesipolis II 371 - 370 a.C.
- Cleômenes II 370 - 309 a.C.
- Areus I 309 - 265 a.C
- Acrotatus 265 - 262 A.C.
- Areus II 262 - 254 a.C
- Leônidas II 254 - 235 a.C.
- Cleômenes III 235 - 222 a.C.
[editar] Reis da dinastia Euripôntida
- Procles
- Soos ? - c.890 a.C
- Eurypon c.890 - c.860 a.C
- Prytanis c.860 - c.830 a.C
- Polydectes c.830 - c.800 a.C
- Eunomus c.800 - c.780 a.C
- Charillus c.780 - c.750 a.C
- Nicander c.750 - c.720 a.C
- Theopompus c.720 - c.675 a.C
- Anaxandridas I c.675 - c.645 a.C
- Zeuxidamas c.645 - c.625 a.C
- Anaxidamus c.625 - c.600 a.C
- Archidamus I c.600 - c.575 a.C
- Agasicles c.575 - c.550 a.C
- Ariston c.550 - c.515 a.C
- Demaratus c.515 - c.491 a.C.
- Leotychidas II c.491 - 469 a.C.
- Archidamus II 469 - 427 a.C.
- Agis II 427 - 401/400 a.C.
- Agesilaus II 401/400 - 360 a.C.
- Archidamus III 360 - 338 a.C..
- Agis III 338 - 331 a.C..
- Eudamidas I 331 - c.305 a.C..
- Archidamus IV c.305 - c.275 a.C..
- Eudamidas II c.275 - c.245 a.C..
- Agis IV c.245 - 241 a.C..
- Eudamidas III 241 - 228 a.C..
- Archidamus V 228 - 227 a.C..
- Eucleidas 227 - 221 a.C. (Eucleidas era de fato um Ágida - seu irmão Cleômenes III depois de depor o rei Euripôntida instalou o irmão como rei a seu lado).
[editar] Após Sellasia
Depois da derrota de Cleomenes III na Batalha de Sellasia por Antigono III da Macêdonia e da Liga da Acáia, Esparta se desetruturou socialmente e se tornou uma república de 221 a 219 a.c.
- Agesipolis III (Ágida) 219 - 215 a.C. - Último rei Ágida de Esparta.
- Lycurgus (Euripôntida) 219 - 210 a.C.
- Machanidas (tirano) 210 - 207 a.C.
- Pelops (Euripôntida) 210 - 206 a.C. - Último rei Euripôntida de Esparta.
- Nabis ( usurpador) 206 - 192 a.C.
A Liga Acáia anexou Esparta em 192 a.C..