Bar Luiz
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O Bar Luiz é um dos mais tradicionais e antigos bares em funcionamento ininterrupto no Brasil. Foi fundado em 3 de janeiro de 1887 e está localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
[editar] Histórico
Fundado no tempo do Segundo Império por Jacob Wendling, o Bar Luiz chamava-se originalmente "Zum Schlauch" ("A Mangueira" ou "A Serpentina" em alemão), uma referência ao fato de ali vender-se chope (que circulava por dentro de uma mangueira antes de servido).
Em 1901, o bar mudou de endereço (embora continuasse na mesma rua) e nome, passando a chamar-se "Zum Alten Jacob" ("Ao Velho Jacob"), uma homenagem ao velho Jacob que estava retirando-se dos negócios e havia passado a direção do bar para seu afilhado, Adolf Rumjaneck.
Em 1908, o fundador parte para a Suíça e Adolf assume a direção do estabelecimento. Por essa época, circulam por suas mesas celebridades da época, como os escritores João do Rio e Olavo Bilac.
Em 1915, uma lei de valorização da língua portuguesa obriga a nova mudança no nome do Bar, que passa a se chamar "Bar Adolph" (embora fosse popularmente conhecido como "Braço de Ferro", em virtude do hábito do proprietário de disputar partidas deste "esporte" com seus clientes).
Adolf, com problemas de saúde, convida o austríaco Ludwig Vöit para sócio. Em 1926, com a morte de Adolf, Ludwig assume a direção do Bar e também a tutela da filha de Adolf, Gertrud Rumjaneck.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial e dos movimentos anti-fascistas no Brasil, o Bar, então localizado na Rua da Carioca (onde encontra-se até hoje) esteve ameaçado de ser destruído por estudantes do Colégio Pedro II, que imaginavam que o nome do estabelecimento era uma homenagem a Adolf Hitler. Tal não se deu por interferência do músico Ary Barroso que desfez o mal-entendido. Todavia, por conta do episódio, Ludwig naturalizou-se brasileiro e adotou o nome de Luiz, pelo qual o Bar passou a ser conhecido daí por diante.
Em 1955, Luiz Vöit afasta-se da direção do estabelecimento, que é assumida pela herdeira de Adolph, Gertrud, e o marido dela, Alfons Kurowsky. Com a morte de Alfons, a viúva e seu filho, Bruno Kurowsky, passam a dirigir o estabelecimento. A clientela, na década de 1960, incluía personalidades da cultura carioca (e nacional) como Ziraldo, Jaguar e Sérgio Cabral (pai).
Em agosto de 1985, a Rua da Carioca e adjacências foram tombadas pelo Patrimônio Histórico Municipal, o que salvou o Bar Luiz da ameaça de demolição provocada pelas obras do metrô. Na década de 1990, após o falecimento de Gertrud e Bruno Kurowsky, a esposa deste, Rosana Santos, assumiu a administração daquele que é conhecido como "o bar mais carioca do Rio de Janeiro" e "o melhor chope do Rio de Janeiro".