Al Qaeda
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al-Qaeda (em árabe القاعدة, el-Qā‘idah ou al-Qā‘idah; "a fundação" ou "a base") é o nome dado a um movimento fundamentalista islâmico internacional, constituído por células colaborativas e independentes que visam, supostamente, reduzir a influência não-islâmica sobre assuntos islâmicos.
A Comissão Nacional sobre Ataques Terroristas nos Estados Unidos (Comissão 9/11) diz que a al-Qaeda é responsável por um grande número de ataques violentos e de alto nível contra civis, alvos militares e instituições comerciais pelo mundo. O relatório da comissão atribuiu os ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque, ao Pentágono em Arlington e ao vôo 93 na Pensilvânia à al-Qaeda.
Apesar do grupo provavelmente ter sido directamente responsável pelos ataques, vários analistas, como Michael Scheuer, um ex-analista da CIA sobre terrorismo, acreditam que a al-Qaeda evoluiu para um movimento "… no qual a Jihad é auto-sustentável, no qual guerreiros islâmicos lutam contra a América com ou sem a aliança de bin Laden e da al-Qaeda originária, e no qual o nome al-Qaeda traz inspiração para novos ataques internacionais."
As origens do grupo podem ser traçadas a partir da invasão soviética ao Afeganistão, na qual vários não-afegãos, lutadores árabes se uniram ao movimento anti-russo formado pelos Estados Unidos e Paquistão. Osama Bin Laden, membro de uma proeminente família de negócios saudita árabe, liderou um grupo informal que se tornou uma grande agência de levantamento de fundos e recrutamento para a causa afegã. Esse grupo canalizou combatentes islâmicos para o conflito, distribuiu dinheiro e forneceu logística e recursos, para as forças de guerra e para os refugiados afegãos.
Depois da retirada soviética do Afeganistão em 1989, vários veteranos da guerra desejaram lutar novamente pelas causas islâmicas. A invasão e ocupação do Kuwait pelo Iraque em 1990 levou o governo estado-unidense à decidir enviar suas tropas em coligação para a Arábia Saudita, com o suposto intuito de expulsar as forças iraquianas daquele país. A al-Qaeda era fortemente contra o regime de Saddam Hussein, Saddam era acusado pelos fundamentalistas mulçumanos de ter tornado o Iraque um Estado laico. Bin Laden ofereceu os serviços dos seus combatentes ao trono saudita, mas a presença de forças "infiéis" em território islâmico sagrado - era uma luta entre islâmicos - foi visto por bin Laden como um acto de traição. Então, decidiu opôr-se aos Estados Unidos e aos seus aliados. A al-Qaeda considerou os Estados Unidos como opressivos contra os muçulmanos, citando o apoio estado-unidense à Israel nos conflitos entre palestinianos e israelitas, a presença militar estado-unidense em vários países islâmicos (particularmente Arábia Saudita) e posteriormente a invasão e ocupação do Iraque em 2003.
Osama Bin Laden e Ayman al-Zawahiri são membros seniores do conselho da al-Qaeda, e considera-se que possuem contatos com algumas outras células da organização.
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[editar] Visão geral
Em comunicados formais, bin Laden tem preferido usar o termo Frente Internacional pelo Jihad contra os Judeus e Cruzados como nome para o grupo, em vez do mais famoso al-Qaeda.
Enquanto o comum uso do nome al-Qaeda é anterior, só em 2001 foi formalmente usado enquanto denominação do grupo, quando o governo estado-unidense decidiu perseguir ou tornar pública a perseguição a bin Laden. Bin Laden em pessoa é provavelmente a melhor fonte para a origem do rótulo al-Qaeda. Falando em 2001, ele citou: "O nome 'al-Qaeda' foi estabelecido há muito tempo atrás por conveniência. O último nome Abu Ebeida El-Banashiri liderou os campos de treino para os nossos mujahidin contra o terrorismo russo. Nós costumávamos chamar o campo de treino "al-Qaeda". E o nome ficou.
A inspiração filosófica da al-Qaeda vem dos escritos de Sayyid Qutb, um pensador proveniente da Irmandade Muçulmana Muslim Brotherhood, cujos textos inspiraram a maioria dos principais movimentos militantes islâmicos hoje activos no Médio Oriente. O autor defende uma revolução islâmica armada para a sobreposição de todos os regimes não guiados pela lei islâmica, e reitera a expulsão de milícias e empresas ocidentais de todos os países muçulmanos.
De acordo com afirmações transmitidas pela al-Qaeda na Internet e em canais de televisão, as últimas metas da al-Qaeda passam por reestabelecer o Califado do mundo islâmico, e, para isso, trabalham com quaisquer grupos extremistas, organizações ou governos que lhes permitam atingir essa meta. Os fundamentos originais da al-Qaeda originária são fortemente anti-semitas. Em 1997, numa entrevista com Peter Arnett, Osama bin Laden cita a presença estado-unidense no Médio Oriente e o apoio israelita como as principais razões para as acções da sua organização.
A al-Qaeda acredita que os governos ocidentais, e particularmente o governo estado-unidense, agem contra os interesses dos muçulmanos. As suas falhas, segundo o grupo, incluem:
- provisão de apoio económico e militar à regimes opressores dos muçulmanos (por exemplo, o suporte estado-unidense a Israel);
- o veto das Nações Unidas em relação a sanções propostas a Israel;
- tentativas de influenciar os assuntos de governos e comunidades islâmicas;
- suporte directo através de armas ou empréstimos a regimes árabes anti-islâmicos, presença de tropas em países islâmicos especialmente na Arábia Saudita;
- a invasão do Iraque em 2003 (independentemente de supostos confrontos entre Saddam e a al-Qaeda).
Para além dos ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington, crê-se que a al-Qaeda esteve envolvida nos seguintes ataques:
- embaixada estado-unidense em Nairobi, Quénia, em 7 de Agosto de 1998;
- embaixada estado-unidense em Dar es Salaam, Tanzânia, novamente em 7 de Agosto de 1998;
- bombardeiro USS Cole, atracado no Iêmen, em 12 de Outubro de 2000;
- ataques no metrô de Londres, em 7 de Julho de 2005.
Pensa-se que o líder militar da al-Qaeda era Khalid Shaikh Mohammed, até ter sido detido no Paquistão em 2003. O líder prévio tinha sido Mohammed Atef, morto num bombardeamento norte-americano no Afeganistão em finais de 2001.
[editar] A cadeia de comando
Apesar da estrutura atual da al-Qaeda ser desconhecida, as informações adquiridas principalmente do desertor Jamal al-Fadl deram às autoridades americanas um esboço cru de como o grupo estava organizado. Enquanto a veracidade das informações fornecidas por al-Fadl e a motivação para esta cooperação sejam controversas, as autoridades americanas baseiam muito de seu conhecimento atual sobre a al-Qaeda em seu testemunho.
Bin Laden é o emir da al-Qaeda (apesar de originalmente este papel ter sido de Abu Ayoub al-Iraqi), eleito por um conselho shura, que consiste em membros seniores da al-Qaeda, que oficiais ocidentais estimam ser cerca de 20 a 30 pessoas.
- O Comitê Militar é responsável pelo treinamento, aquisição de armas e planos de ataque.
- O Comitê de Negócios e Dinheiro gerencia as operações de negócios. O escritório de viagens fornece passagens aéreas de passaportes falsos. O escritório de folha de pagamentos paga aos membros da al-Qaeda e o escritório de gerenciamento toma conta de negócios no estrangeiro. De acordo com o Relatório da Comissão US 911, estima-se que a al-Qaeda necessite de US$ 30.000.000 por ano para conduzir suas operações.
- O Comitê Legislativo revê as leis Islâmicas e decide cursos de ação particulares conforme às leis.
- O Comitê de Estudos Islâmicos/fatwah expede editos religiosos, tais como o editado em 1998, pedindo aos muçulmanos que matem americanos.
- No final da década de 90 havia um Comitê de Imprensa publicamente conhecido, que administrava o jornal Nashrat al Akhbar (Newscast) e fazia relações públicas. Hoje, assume-se que operações de mídia são importadas para partes internamente redundantes da organização.
[editar] Revoltas políticas ou estruturas organizacionais terroristas: desconhecidas
Alguns especialistas em organizações dizem que a estrutura de rede da al Qaeda, opostamente a estrutura hierárquica organizacional é sua força primária. A estrutura descentralizada permite à al Qaeda ter uma base distribuída pelo mundo inteiro enquanto mantém um núcleo pequeno. Estima-se que 100.000 militantes islâmicos tenham recebido instruções nos campos de treinamento da al Qaeda desde sua intercepção, embora o grupo retenha somente um pequeno número de militantes sob ordens diretas. Estimativas raramente colocam sua mão-de-obra acima de 20.000 no mundo todo.
Para suas operações mais complexas (como os ataques aos EUA de 9/11) acredita-se que todos os participantes, planejamento e financiamento tenham sido diretamente providos pelo núcleo da organização al Qaeda. Mas em muitos atentados ao redor do mundo onde parece haver uma conexão com a al Qaeda, seu papel preciso tem sido menos fácil de definir. Ao invés de conduzir estas operações da concepção até a entrega, a al Qaeda frequentemente parece agir como uma rede de suporte internacional financeiro e logístico, canalizando o dinheiro obtido de uma rede de atividades de levantamento de fundos para financiar treinamento capital e coordenação para grupos radicais locais. Em vários casos é nestes grupos locais, somente bambamente afiliados ao núcleo da al Qaeda, que os ataques são realmente conduzidos.
As explosões de 2002 em Bali e as explosões subseqüentes no Hotel Marriott em Jacarta em 2003 dão alguma pista da metodologia de descentralizada da al Qaeda: os ataques mostraram uma coordenação e efetividade muito maiores do que deve, historicamente, ter sido esperado de redes regionais de terroristas. Mas investigações policiais e julgamentos posteriores mostraram que enquanto se acreditava que a al Qaeda ofereceu expertise e coordenação, muito do planejamento e do pessoal que conduziu os atentados veio de grupos islâmicos radicais locais.
Sabe-se que a al Qaeda estabeleceu e estimulou novos grupos para ampliar os interesses de grupos radicais islâmicos em conflitos locais. Na verdade o Talibã deve ser classificado nesta categoria, as raízes da organização formada por estudantes radicais dos madraçais fundados por bin Laden dos campos de refugiados Afegãos na época da ocupação russa.
[editar] A al-Qaeda é uma rede global ou uma organização pequena?
A al-Qaeda não tem uma estrutura clara e isto permite o debate sobre quantos membros compõe a organização, se são milhões espalhados por todo o globo ou se são até zero. De acordo com o documentário controverso da BBC: O Poder dos Pesadelos, a al-Qaeda é tão fracamente unida que é difícil dizer se existe além de Osama bin Laden e uma pequena panelinha de íntimos associados. A falta de quaisquer números significativos de membros convictos da al-Qaeda, apesar de um grande número de prisões sob a acusação de terrorismo, é citado no documentário como uma razão para se duvidar se uma entidade espalhada casa com a descrição da al-Qaeda de alguma forma. Ainda, a extensão e a natureza da al-Qaeda permanece um tópico de discussão.
O próprio nome al Qaeda não parece ter sido usado pelo próprio bin Laden para se referir a sua organização até depois dos ataques de 11 de setembro. Ataques anteriores atribuídos a bin Laden e a al-Qaeda eram, naquele tempo, reivindicados por organizações sob uma variedade de nomes. Bin Laden mesmo, desde então, tem atribuído o nome al-Qaeda à base MAK no Paquistão, desde os dias da guerra do Afeganistão. Daniel Benjamin em "A Era do Terror Sagrado" cita um incidente no começo da década de 90 onde um documento intitulado "A Fundação", em árabe "Al-Qa'eda" foi encontrado com um associado de Ramzi Youssef [1]. Fawaz A. Gerges escreve que "Apesar de, em 1987, o sheik Abdullah Azzam, o pai espiritual dos árabes Afegãos, ter plantado as sementes de uma organização trans-nacionalista chamada 'Al Qaeda al-Sulbah' (a Fundação Sólida), a rede de bin Laden viu uma luz muito depois, por volta da metade da década de 90."[2]
Outros líderes atribuídos a al-Qaeda incluem:
- Saif al-Adel
- Sulaiman Abu Ghaith
- Abu Hafiza
- Abu Faraj al-Libbi (preso no Paquistão em 2005)[3]
- Abu Mohammed al-Masri
- Khalid Sheikh Mohammed (capturado em Rawalpindi, Paquistão em 2003)[4]
- Thirwat Salah Shirhata
- Abu Musab al-Zarqawi
- Ayman al-Zawahri
- Abu Zubaydah (capturado em 2002)
[editar] História
[editar] Jihad afegã
A Al-Qaeda teve seu embrião na Maktab al-Khadamat (MAK), uma organização formada por Mujahidin que lutavam para instalar um estado islâmico durante a Guerra Soviética do Afeganistão nos anos 1980. A organização foi inicialmente financiada pela CIA. Osama Bin Laden foi um dos fundadores da MAK, juntamente com o militante palestino Abdullah Yusuf Azzam. O papel da MAK era angariar fundos de tantas fontes quanto possível (incluindo doações de todo o Oriente Médio), para treinar mujahidin de todo o mundo para a guerra de guerrilha e para transportar os combatentes para o Afeganistão. A MAK foi custeada em sua maioria com doações de milionários islâmicos, mas também foi abertamente auxiliada pelos governos do Paquistão e Arábia Saudita, e indiretamente pelos Estados Unidos, que direcionou grande parte de seu apoio através do serviço de inteligência paquistanês ISI (sigla para Inter-Services Intelligence). Durante a segunda metade dos anos 1980 a MAK era um grupamento relativamente pequeno no Afeganistão, sem combatentes afiliados, apenas concentrando suas atividades no levantamento de fundos, logística, habitação, educação, auxílio a refugiados, recrutamento e financiamento de outros mujahidin.
Depois de uma longa e cara guerra que durou nove anos, a União Soviética retirou suas tropas do Afeganistão em 1989. O governo socialista afegão de Mohammed Najibullah foi rapidamente destituído em favor de partidários dos mujahidin. Com a falta de acordo dos mujahidin na escolha de uma estrutura governamental, sua anarquia sofreu as conseqüências de constantes mudanças no controle de territórios problemáticos, sucumbindo sob alianças insurgentes e discórdias entre líderes regionais.
[editar] Ultrapassando os limites do Afeganistão
Perto do fim da Guerra Soviética do Afeganistão, alguns mujahidin quiseram expandir suas operações para incluir alguns esforços Islâmicos em outras partes do mundo. Algumas organizações sobrepostas e interralacionadas foram formadas para suportar estas aspirações.
Uma dessas organizações seria eventualmente chamada Al-Qaeda, fundada por Osama bin Laden em 1988. Bin Laden quis extender o conflito para operações não-militares em outras partes do mundo; Azzam, por outro lado, quis manter-se focado em campanhas militares. Após o assassinato de Azzan em 1989, a MAK dividiu-se, com um número significante de membros se juntando à organização do bin Laden.
[editar] Guerra do Golfo: o início da inimizade com os Estados Unidos
Seguindo a retirada soviética do Afeganistão, Osama Bin Laden retorna para a Arábia Saudita. A invasão iraquiana no Kuwait em 1990 pôs em risco o comando da Casa de Saud pelos sauditas, tanto por dissidentes internos quanto pela iminente possibilidade de um futuro expansionismo iraquiano. Face à massiva presença militar iraquiana, os sauditas eram melhor armados, porém defasados em número. Bin Laden ofereceu os serviços de seus mujahidin ao Rei Fahd para proteger a Arábia Saudita do exército iraquiano. Mas do ponto de vista estratégico, fossem os iraquianos expulsos do Kuwait, a Arábia Saudita seria a única ligação terrestre possível para forças internacionais inibirem uma invasão iraquiana.
Depois de muita deliberação, o rei saudita recusou a oferta de Bin Laden e optou por deixar os Estados Unidos e as tropas aliadas montarem acampamento em seu país. Bin Laden considerou a decisão um ultraje. Ele acreditava que a presença de estrangeiros na terra das duas mesquitas (Meca e Medina) profanaria solo sagrado. Depois de criticar publicamente o governo saudita por acolher o exército estadunidense, Bin Laden foi exilado e teve sua cidadania saudita revogada. Logo depois, o movimento que viria a ser conhecido como al-Qaeda foi formado.
[editar] Sudão
Em 1991, a Frente Nacional Islâmica do Sudão, um grupo islâmico que tinha ganhado poder recentemente, convidou a al-Qaeda à deslocar suas operações para dentro de seu país. Por vários anos, a al-Qaeda gerenciou vários negócios (incluindo negócios de importação/exportação, fazendas, e empresas de construção) no que pode ser considerado um período de consolidação financeira. O grupo foi responsável pela construção de uma grande auto-estrada de 1.200 km conectando a capital Kartum ao Porto do Sudão. Mas também gerenciou alguns campos onde aspirantes foram treinados ao uso de armas de fogos e explosivos. Em 1996, Osama bin Laden foi convidado a se retirar do Sudão depois que os Estados Unidos impingiu um regime de extrema pressão para que ele sua expulsão, citando possíveis ligações dele com a tentaviva de assassinato ao Presidente Hosni Mubarak do Egito enquanto sua carreata acontecia em Addis Abeba. Há uma controvérsia sobre se o Sudão ofereceu entregar bin Laden para os Estados Unidos antes de sua expulsão. O governo sudanense nunca fez realmente esta oferta, mas estava preparado para entregá-lo à Arábia Saudita, que se recusou a recebê-lo.
Osama bin Laden deixou finalmente o Sudão em uma operação bem planejada e executada, acompanhado por cerca de 200 de seus seguidores e suas famílias, que viajaram diretamente para Jalalabad, Afeganistão, no final de 1996.
[editar] Bósnia
A separação da Bósnia da multicultural federação da Iugoslávia e a subseqüente declaração da independência da Bósnia-Herzegovina em outubro de 1991 abriu um novo conflito étinico e quase religioso no coração da Europa.
Bósnia e Herzegovina eram etnias diferentes, com uma maioria nominal muçulmana, mas com números significantes de outras etnias, como a Sérvia, que é cristã ortodoxa e Croácia, que é católico romana, distribuídas pelo seu território. Ela se constituia em um grande porém fraco componente militar da antiga Iugoslávia, e a desintegração iugoslava acabou deixando alguns sérvios e croatas dentro da Bósnia, suportados pelos seus estados adjacentes emergentes, engajados em um conflito triplo contra a porção Bósnia dominada.
Veteranos árabes radicais da guerra contra os soviéticos no Afeganistão buscavam na Bósnia uma nova oportunidade de defender o Islã. Cercados em dois frontes e aparentemente abandonados pelo oeste, o regime bósnio anciava aceitar qualquer ajuda que pudesse conseguir, militar ou financeiramente, incluindo a vinda de várias organizações islâmicas, sendo a al-Qaeda uma delas[5].
Vários associados à Osama bin Laden (mais notadamente, o saudita Khalid bin Udah bin Muhammad al-Harbi, vulgo Abu Sulaiman al-Makki) se juntaram ao conflito na Bósnia [6], mas enquanto a al-Qaeda deve ter inicialmente visto a Bósnia como uma possível ponte que lhe permitiria a radicalização dos europeus muçulmanos para operações contra outros estados europeus e os Estados Unidos, a Bósnia deve ter sido secularizada por gerações e seu interesse em lutar estava amplamente limitado a assegurar a sobrevivência do estado nascente.
O "Mujahidin da Bósnia" (que compreendia amplamente os veteranos árabes de guerra Afegã e não necessariamente os membros da al-Qaeda) eram operados como uma ampla força autônoma dentro da Bósnia central. Enquanto sua bravura no combate inicialmente atraiu um pequeno número de bósnios nativos para que se juntassem a eles, sua brutalidade e o crescente número de atrocidade cometidas contra civis chocaram muitos bósnios nativos e repeliram novos recrutas. Ao mesmo tempo, suas tentativas vigorosas em "islamizar" a população local com regras sobre vestimentas e comportamentos apropriados foram amplamente repudiadas e desconsideradas. Em seu livro O Jihad da Al-Qaida na Europa: a ligação Afeganistão-Bósnia, Evan Kohlmann resume: "Apesar dos esforços vigorosos para ‘islamizar’ a população muçulmada da Bósnia, os nativos não podiam ser convencidos de abandonar os porcos, o álcool e manifestações públicas de afeto. As mulheres Bósnias persistentemente se recusaram a usar o hijab ou seguir os outros mandamentos para o comportamento feminino, prescritos pelo extremo fundamentalismo Islã."
A assinatura do Acordo de Washington, em março de 1994, pôs um fim ao conflito Bósnia-Croácia. Enquanto o "Mujahidin da Bósnia" continuou a lutar contra os sérvios, o Acordo de Paz de Dayton de novembro de 1995 acabou com aquele conflito e fez com que os lutadores estrangeiros debandassem e deixassem o país, ficando a ajuda condicionada a isto. Com o apoio do governo da Bósnia, forças da OTAN entraram efetivamente em ação para fechar suas bases e deportá-los. A um número limitado de antigos mujahidin, que tinham ou casado com nativas da Bósnia ou que não puderam achar um país para o qual pudesse ir, foi permitido ficar na Bósnia e eles foram agraciados com a cidadania bósnia. Mas com o fim da guerra na Bósnia, muitos veteranos comprometidos e endurecidos pela batalha já haviam retornado a territórios familiares.
[editar] Retorno ao Afeganistão
Após a retirana soviética, o Afeganistão esteve efetivamente sem governo por sete anos, e sofreu com lutas internas constantes entre os antigos aliados, os vários grupos mujahidin e seus líderes.
Durante toda década de 90 uma nova força começou a surgir. As origens do Talibã (literalmente "estudantes") está em crianças afegãs, muitas delas orfãs de guerra e muitas que haviam sido educadas na rede de escolas islâmicas que expandiu rapidamente (os madraçais) tanto em Kandahar quanto em campos de refugiados na fronteira entre Afeganistão e Paquistão.
De acordo com o livro bem referenciado de Ahmad Rashid, Talibã, cinco líderes do Talibã se formaram em um único madraçal, Darul Uloom Haqqania, Akora Khattak, perto de Peshawar que está situada no Paquistão, mas que era amplamente frequentada por refigiados afegãos. Esta instituição refletia a crença Salafi em seus ensinamentos e muito de seu financiamento veio de doações privadas de árabes ricos, para os quais bin Laden oferecia continuidade. Quatro outras figuras de liderança (incluindo o líder Talibã persseguido Mullah Mohammed Omar Mujahed) frequentaram um madraçal que possuia fundos similares e influenciaram o homólogo em Kandahar, Afeganistão.
Os laços entre os árabes afegãos e o Talibã eram profundos. Muitos dos mujahidin que mais tarde se juntaram ao Talibã lutaram ao lado do guerrilheiro afegão Mohammad Nabi no grupamento de Mohammadi Harkat i Inqilabi na mesma época da invasão russa. Este grupamento também se beneficiou da lealdade de muitos lutadores árabes afegãos.
Os conflitos internos contínuos entre as várias facções e o a falta de leis que se estabeleceu após a retirada soviética permitiram que o crescente e bem-disciplinado Talibã expandisse seu controle pelo território afegão, e assim eles estabeleceram um subterritório o qual chamaram Emirado Islâmico do Afeganistão. Em 1994 conquistaram o centro regional de Kandahar e conseguiram rápidos avanços territoriais logo após, vindo a conquistar a capital Kabul em setembro de 1996.
Após o Sudão deixar claro, naquele ano, que bin Laden e o seu grupo não era mais bem vindo, o Afeganistão controlado pelo Talibã (com conexões pré-estabelecidas entre os grupos, uma maneira similar de encarar os relações mundiais e amplamente isolado da infuência política e militar dos Estados Unidos) garantia uma localização perfeita para o quartel general da al Qaeda.
Cerca de duzentos seguidores de bin Laden e suas famílias partiram de Khartoum para Jalalabad por volta de 1996. Logo em seguida a al-Qaeda gozou da proteção do Talibã e uma certa legitimidade por parte de seu Ministério da Defesa, apesar de somente o Paquistão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos reconheceram o Talibã como o legítimo governo do Afeganistão.
Os campos de treinamento da Al-Qaeda no Afeganistão e na fronteira com o Paquistão podem ter treinado militantes mulçumanos do mundo todo. Apesar da percepção de algumas pessoas, os membros da al-Qaeda são etnicamente diversos e estão conectados pela sua versão radical do Islã.
Uma rede sempre crescente de apoiadores usufruia desta forma de um refúgio seguro no Afeganistão controlado pelo Talibã, até o grupo ter sido derrotado por uma combinação de forças locais e tropas norte-americanas em 2001. Ainda acredita-se que Osama Bin Laden e outros líderes da al-Qaeda estejam em áreas onde a população é simpatizante ao Talibã no Afeganistão, ou ainda em tribos na fronteira com o Paquistão.
[editar] Início das operações militares contra civis
Em 23 de fevereiro de 1998, Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri do Jihad Islâmico do Egito instituíram a fatwa sobre a bandeira da Frente Islâmica Mundial pela Jihad contra os judeus e os crusados dizendo que "matar americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todos muçulmano capaz de fazê-lo." Apesar de nenhum dos dois possuírem credenciais islâmicas, educação ou estatura para instituírem uma fatwa de qualquer tipo, isto parece ter sido desconsiderado no entusiasmo do momento. Este também foi o ano do primeiro ataque de grande porte atribuído à al-Qaeda, o bombardeio à Embaixada dos Estados Unidos em 1998 na África do Leste, resultando em um total de trezentos mortos. Em 1999, o Jihad Islâmico do Egito uniu-se oficialmente à al-Qaeda, e al-Zawahiri se tornou um confidente íntimo de bin Laden.
[editar] Ataques de 11 de setembro
Após os ataques de 11 de setembro atribuídos por autoridades à al-Qaeda, os Estados Unidos começaram a constituir forças militares e a se preparar para atacar o Afeganistão (cujo governo protegia a organização de bin Laden) como resposta. Nas semanas que precederam a invasão dos norte-americanos, o Talibã ofereceu por duas vezes entregar bin Laden para um país neutro para que fosse julgado, com a condição que os Estados Unidos provassem a culpa de bin Laden nos ataques. Os Estados Unidos, entretanto, se recusaram e logo depois invadiram o Afeganistão, e, junto com a Aliança Afegã do Norte, depuseram o governo Talibã.
Como resultado desta invasão, os campos de treinamento do Talibã foram destruídos e muito da estrutura de operação atribuída à al-Qaeda foi desmantelada, apesar da forte resistência que permaneceu no país e do fato de seus líderes principais, incluíndo bin Laden, não terem sido capturados. O governo norte-americano agora afirma que dois terços dos princiapis líderes de toda al-Qaeda de 2001 estão sobre sua custódia (incluindo Ramzi bin al-Shibh, Khalid Sheikh Mohammed, Abu Zubaydah, Saif al Islam el Masry, e Abd al-Rahim al-Nashiri) ou mortos (incluindo Mohammed Atef), apesar de alertar que a organização ainda existe e batalhas entre as forças dos Estados Unidos e o Talibã ainda continuam.
[editar] Atividade no Iraque
Osama bin Laden primeiro se interessou pelo Iraque quando este país invadiu o Kuwait em 1990 (o que levantou preocupações sobre o secular governo socialista iraquiano incluir em seu alvo a Arábia Saudita, pátria de bin Laden e do próprio Islã). Em uma carta enviada ao Rei Fahd da Arábia Saudita, bin Laden ofereceu mandar um exército de mujahideen para defender a Arábia Saudita [7].
Durante a Guerra do Golfo, os interesses da organização se dividiram entre a rebeldia contra a intervenção das Nações Unidas na região e o ódio ao governo secular de Saddam Hussein, expressões de preocupação pelo sofrimento pelo qual o povo islâmico no Iraque vinha passando.
Bin Laden se referia à Saddam Hussein (e aos Baatistas) como o mal, um adorador do demônio ou capeta, em seus discursos e gravou e escreveu pronunciamentos, pedindo ao povo do Iraque que o depusesse. Apesar do destrato que Osama bin Laden e Saddam Hussein tinham um pelo outro, relatórios públicos documentaram vários supostos contatos entre as suas organizações. Investigações oficiais feitas pela NSA, CIA, DIA, FBI, e o Departamento de Estado Norte Americano, a Commissão de 11 de setembro, e o Comitê de Inteligência Seletiva do Senado levaram a maioria dos analistas a concluir que há evidências de relações corporativas entre eles.
Durante a invasão do Iraque de 2003, a al-Qaeda teve um interese formal maior na região e dizem que foi a responsável por organizar e ajudar ativamente a resistência local nas forças de coalisão de ocupação e a democracia emergente. Durante as eleições iraquianas em janeiro de 2005 a al-Qaeda se responsabilizou por nove ataques suicidas em Bagdá, capital daquele país.
Abu Musab al-Zarqawi, fundador da Jama'at al-Tawhid wal-Jihad e suposto aliado da al-Qaeda, se juntou formalmente à al-Qaeda em 17 de outubro de 2004. A organização começou a adotar o nome de "Al-Qaeda na Terra entre os dois Rios: Iraque", ao invés do antigo nome Jama'at al-Tawhid wal-Jihad. Na fusão al-Zarqawi declarou lealdade à Osama bin Laden.
[editar] Papéis do Harmonia
Documentos resgatados da al-Qaeda tornaram-se públicos recentemente, saindo do banco de dados Harmony e viraram assunto de um estudo publicado pelo Ponto Oeste entitulado Harmonia e Disarmonia: Explorando as Vulnerabilidades Organizacionais da al-Qaeda. (ver link nas ligações externas). Estes papéis dão uma visão interessante da história do movimento, sua organização estrutural, as tensões entre os líderes e as lições aprendidas.
Um escritor da al-Qaeda concluiu que uma das lições aprendidas é como a influência do pensamento secular Baatista distorce a messagem do Jihad. Ele aconselha o movimento a não permitir que a mensagem do Jihad seja influenciada pela mensagem Baati iraquiana. (ver página 79 do documento citado acima).
[editar] Atividades do grupo
[editar] Incidentes atribuidos à al-Qaeda
Nota: A al-Qaeda não se responsabiliza pela maioria das ações descritas abaixo, o que resulta em ambiguidade sobre quantos atentados o grupo realmente cometeu. Após a declaração dos Estados Unidos da Guerra contra o Terrorismo em 2001, o governo norte-americano tem lutado para enfatizar qualquer conexão entre outros grupos terroristas à al-Qaeda. Alguns preferem chamar as ações de al-Qaedaístas, ou seja, que não devem ter sido diretamente planejadas pela al-Qaeda como um quartel militar, mas que foram inspiradas pelos seus pilares e suas estratégias.
O primeiro atentado militante que a al-Qaeda alegadamente realizou, consistiu-se de três bombas em hotéis onde tropas americanas estavam hospedadas em Aden, Yemen, em 29 de dezembro de 1992. Dois turistas, um do Yemen e outro da Áustria morreram neste atentado.
Há protestos aclamados de que as operações da al-Qaeda foram responsáveis pelo abatimento de um helicóptero norte-americano e na morte de norte-americanos em serviço na Somália em 1993. (ver Batalha de Mogadishu).
Ramzi Yousef, que estava envolvido no atentado de 1993 ao World Trade Center (apesar de provavelmente não ser um membro da al-Qaeda naquela época) e Khalid Sheik Mohammed planejaram a Operação Bojinka, que visava destruir aeronaves em vôo no meio do oceano pacífico usando explosivos. Um incêndio em um apartamento em Manila, Filipinas revelou o plano antes que ele pudesse ser implementado. Youssef foi preso, mas Mohammed escapou à captura até 2003.
A al-Qaeda é frequentemente citada como suspeita de haver cometido dois atentados na Arábia Saudita em 1995 e 1996: as bombas colocadas em acampamentos norte-americanos em Riyadh em Novembro de 1995, que mataram duas pessoas da Índia e cinco norte-americanos, e outro em junho de 1996 atentado às Torres Khobar, que mataram pessoal militar americano em Dhahran, Arábia Saudita. Entretanto, estes atentados são também frequentemente atribuídos ao Hizbullah.
Acredita-se que a Al-Qaeda conduziu o Atentado à Embaixadas Norte Americanas de 1998 em agosto de 1998 em Nairobi, Kenia, e em Dar es Salaam, Tanzânia, matando mais de duzentas pessoas e ferindo mais de cinco mil outras.
Entre dezembro de 1999 até 2000, a al-Qaeda fez os Planos de Atentados do Milênio 2000 contra os Estados Unidos e turistas israelenses que visitavam a Jordânia para as comemorações do milênio; entretanto, as autoridades jordanianas impediram os atentados planejados e levaram 28 suspeitos à julgamento. Parte desta trama incluiu bombas planejadas ao Aeroporto Internacional de Los Angeles em Los Angeles, Califórnia. Estes planos fracassaram quando o homem-bomba Ahmed Ressam foi pego na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá com explosivos no porta-mala de seu carro. A al-Qaeda também planejou atacar os USS Sullivans (DDG-68) em 31 de janeiro de 2000, mas os esforços não foram bem sucedidos devido ao peso excessivo que colocado no pequeno barco que iria bombardear o navio.
Apesar do revés com o USS Sullivans, a al-Qaeda teve sucesso em explodir uma esquadra americana em outubro de 2000 com o bombardeiro USS Cole. A polícia alemã frustrou o esquema de destruir a catedral de Notre-Dame de Strasbourg em Strasbourg, França, em dezembro de 2000. (ver A trama para explodir a Catedral de Strasbourg).
O ato mais destrutivo atribuído à al-Qaeda foi uma série de atentados aos Estados Unidos, os ataques de 11 de Setembro de 2001.
Vários atentados e tentativas de atentados desde 11 de setembro de 2001 foram atribuídos à al-Qaeda. O primeiro foi o esquema para atacar a Embaixada de Paris, que foi descoberto. O segundo diz respeito a uma tentativa de atentado de um homem com um calçado bomba, Richard Reid, que se auto proclamou um seguidor de Osama bin Laden e quase destruiu o vôo 63 da American Airlines.
Outros atentados atribuídos à al-Qaeda e seus afiliados incluem:
- O esquema para atacar as embaixadas de Singapura;
- O seqüestro e assassinato do repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal e várias explosões no Paquistão;
- O atentado à sinagoga de El Ghriba em Djerba, Tunísia, que matou 21 pessoas;
- Ataques frustrados às esquadras ocidentais no Estreito de Gibraltar;
- O atentado ao tanque Limburg;
- Um carro bomba Keniano em Mombasa, Kenia e a tentativa de abater um avião israelense em novembro de 2002;
- As explosões compostas em Riyadh em maio de 2003 e outros atentados da Insurgência da Arábia Saudita;
- As explosões de Istambul em Istambul, Turquia, em 2003.
A al-Qaeda tem ligações fortes com várias outras organizações militantes, incluindo o grupo extremista {{Indonésia|indonésio]] Jemaah Islamiyah. Este grupo foi o responsável pelo atentado de Bali em outubro de 2002 e aos atentados de 2005 em Bali.
Apesar de não haver atentados identificados da al-Qaeda dentro do território dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, vários atentados da al-Qaeda no Oriente Médio, Extremo Oriente, África e Europa causaram casualidades e tumultos extensivos. Na conclusão de vários atentados a trens urbanos de Madrid em 11 de março de 2004, um jornal de Londres relatou ter recebido um e-mail de um grupo afiliado à al-Qaeda, assumindo a responsabilidade e um vídeo assumindo a responsabilidade também foi achado. O senso de oportunidade dos atentados com as eleições espanholas, e também a falta de provas da real identidade dos criminosos levou à dúvidas a respeito da teoria da al-Qaeda por traz destes atentados.
Também se acredita que a al-Qaeda esteja envolvida nas explosões de 7 de julho de 2005 em Londres, uma série de atentados no trânsito urbano em Londres que mataram 56 pessoas (ver Mohammad Sidique Khan). Um grupo previamente desconhecido denominado "A Organização Secreta da al-Qaeda na Europa" fez uma declaração se responsabilizando. Entretanto, a autenticidade desta declaração e a ligação do grupo com a al-Qaeda não foi identificada de maneira independente. Os suspeitos criminosos não estão definitivamente ligados à al-Qaeda, apesar do conteúdo de um vídeo feito por um dos homens bomba Mohammad Sidique Khan antes de sua morte e em seguida enviado à Al Jazeera que dão fortes credenciais à conexão com a al-Qaeda. Um grupo aparentemente desconecto conseguiu refazer este atentado mais tarde naquele mês, mas suas bombas falharam em detonar.
Suspeita-se que a Al-Qaeda esteja envolvida com os atentados de Sharm el-Sheikh em 2005 no Egito. Em 23 de julho de 2005, uma série de carros bombas mataram cerca de 90 pessoas e feriram mais de 150. O atentado foi a ação terrorista mais violenta na história do Egito.
Suspeita-se também que a al-Qaeda seja responsável pelos três atentados simultâneos em 9 de novembro de 2005 em Amman, Jordânia que ocorreram em hotéis norte-americanos. As explosões mataram pelo menos 57 e feriram 120 pessoas. A maioria dos feridos e mortos estavam em uma festa de casamento no Hotel Radisson.
[editar] Atividades na Internet
No início de sua retirada do Afeganistão, a al-Qaeda e seus sucessores devem ter migrado em fila para escapar da detenção em uma atmosfera de vigilância internacional crescente. Como resultado, o uso da Internet pela organização ficou mais sofisticado, abrangendo financiamento, recrutamento, contatos, mobilização, publicidade, tanto quanto disseminação da informação, união e compartilhamento. Mais que qualquer outra organização terrorista, a al-Qaeda elegeu a Web para estes propósitos. Por exemplo, Abu Musab al-Zarqawi do movimento da al-Qaeda no Iraque regularmente solta vídeos curtos glorificando as atividades dos homens bomba suicidas do jihadist. A crescente variedade de conteúdos multimídia inclui clipes de treinamento terrorista, fotografias de vítimas que logo serão assassinadas, testemunhos de homens bomba suicidas e vídeos épicos com altos valores de produção que romanceiam a participação no jihad através de retratos estilizados de mesquitas e emocionantes partituras musicais. Uma página da internet associada à al-Qaeda, por exemplo, mostrava um vídeo de um homem chamado Nick Berg sendo decapitado no Iraque. Outros vídeos e fotos de decapitação, incluindo aqueles do seqüestro de Paul Johnson, Kim Sun-il, e Daniel Pearl, foram colocados primeiro em páginas jihadist.
Com o surgimento dos terroristas “com raízes locais e inspirados globalmente”, especialistas em contra-terrorismo estão sempre estudando como a al-Qaeda está usando a Internet – através de websites, salas de discussão, fóruns de discussão, mensagens instantâneas, e tudo mais – para inspirar uma rede mundial de apoio. Os homens bomba de 7 de julho de 2005, alguns dos quais estavam bem integrados em suas comunidades locais, são um exemplo de terroristas “globalmente inspirados” e eles usaram noticiadamente a Internet para planejar e coordenar, mas o papel preciso da Internet no processo de radicalização não é completamente compreendido. Um grupo chamado a Organização Secreta da al-Qaeda na Europa reivindicou a responsabilidade destes atentados Londrinos em uma página militante islamista – outro uso popular da Internet por terroristas buscando publicidade.
A oportunidade de publicidade oferecida pela Internet tem sido particularmente explorada pela al-Qaeda. Em dezembro de 2004, por exemplo, bin Laden lançou uma mensagem de áudio diretamente em uma página, ao invés de mandar uma cópia para a al Jazeera como ele havia feito no passado. Alguns analistas especularam que ele fez isto para ter certeza que o vídeo estaria disponível sem edição, sem medo que sua crítica da Arábia Saudita — que era muito mais veemente que o usual em seu discurso, pois durou mais de uma hora — pudesse ser editada pelos editores da al Jazeera preocupados em ofender os emotiva família real Saudita.
No passado, a Alneda.com e a Jehad.net eram talvez os sites mais significantes da al-Qaeda websites. Alneda foi inicialmente desmontada por americanos, mas os operadores resistiram mudando o site para vários servidores e mudando estrategicamente seu conteúdo. Os EUA estão atualmente tentando extraditar um especialista em IT, Babar Ahmad, do Reino Unido, que é o criador de vários websites de língua inglesa da al-Qaeda tais como Azzam.com [8][9]. Várias organizações muçulmanas inglesas, tais como a Associação Muçulmana da Bretanha, se opoem à extradiçao de Ahmad's.
Finalmente, em uma apresentação para analistas de terrorismo dos EUA em meados de 2005, Dennis Pluchinsky chamou o movimento jihadist de “Web-direcionado,” e o ex diretor da CIA, John E. McLaughlin também disse que ele é agora primariamente direcionado pela “ideologia e pela Internet.”
[editar] Atividades financeiras
As atividades financeiras da Al-Qaeda tem sido a maior preocupação do governo dos EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001, que levaram por exemplo à descoberta da evasão de taxas do ex ditador Chileno Augusto Pinochet, pela qual sua esposa Lucía Hiriart de Pinochet, foi presa em janeiro de 2006. Também, foi descoberto pelo repórter investigativo Denis Robert que fundos de Osama Bin Laden no Banco Internacional do Bahrain transitaram através de contas ilegais e não publicadas de "casa limpa" Clearstream, que foram qualificadas como um "banco dos bancos".
[editar] Notas sobre os nomes
O nome al-Qaeda também pode ser transliterado como Al-Qaeda, al-Qa'ida, el-Qaida, ou al Qaeda. Em árabe é soletrado القاعدة. Sua pronúncia Arábica no (Alfabeto Internacional de Fonética /ɛlˈqɑːʕidʌ/) pode se aproximar de IPA /ɛl 'kɑ:-idʌ/, o que para falantes de inglês americano pode ser soletrada "el-kAW-ee-deh," com o enfático "AW" e "ee" separado claramente. Entretanto, nativos da língua inglesa a pronunciam mais frequentemente de uma maneira influenciada pelo seu soletrar - IPA /ɑɫ 'kaɪdɑ/ para inglês americano, /ɑ:ɫ 'kaɪdɑ:/ e inglês britânico. Ouça da pronúncia dos EUA (RealPlayer).