Umbral
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Umbral, para o espiritismo brasileiro e certos sistemas de crenças influenciados por ele, como a Umbanda, é um estado ou lugar transitório por onde passam a maioria dos homens após a morte, no qual experimentam sofrimentos "físicos" e morais, como a sensação da necrose do corpo e a vergonha de se ver incapaz de ocultar suas fraquezas e desejos mais íntimos dos olhares curiosos e/ou inquisidores de outros espíritos. As referências ao umbral, que surgem em romances mediúnicos brasileiros em meados do século XX, são bastante diversificadas entre si, ora dando a entender que se limitaria a um estado de confusão mental por que passa o espírito após a morte, ora descrevendo-o como um "lugar espiritual" situado próximo à crosta terrestre e habitado por espíritos obsessores.
De toda forma, é um termo bastante recorrente em obras mediúnicas, e que já foi incorporado aos jargões espírita e umbandista no Brasil. No livro Nosso Lar, uma das primeiras obras a mencioná-lo, psicografada por Chico Xavier e atribuída ao espírito de André Luiz, o umbral é definido como uma "região destinada a esgotamento de resíduos mentais (...)". Assim sendo, entende-se como um período posterior ao desencarne (processo em que a alma abandona o corpo após a morte deste) que possibilita à alma entender o seu atual estado espiritual. O tempo de permanência no Umbral, e a ocorrência de processos dolorosos de culpa e flagelação, vai depender do estágio evolutivo da alma e do reconhecimento humilde das faltas cometidas (quando for o caso).