Sutiã
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O Sutiã ou Soutien, é um tipo de roupa usados por mulheres, servem para a proteção dos seios.
Há vários modelos de sutiã, dependendo do corpo da mulher.
[editar] História
Há 90 anos a americana Mary Phelps Jacob patenteava uma das invenções mais queridas do público feminino: o sutiã. Neste quase um século de existência, ele se tornou o amigo do peito e exerceu as mais diferentes funções: aumentou o seio, diminuiu-o, escondeu-o, exibiu-o. Transformou a coadjuvante roupa de baixo em protagonista do figurino da mulher com lingeries sensuais. Antes escondido, hoje é usado até como roupa de cima. Virou um aliado na busca da beleza, do conforto e da sedução. Obedecendo a leis rígidas, códigos e normas vigentes de cada época, o sutiã faz do corpo o seu suporte, comenta Rita Andrade, coordenadora de moda da Universidade Anhembi Morumbi e consultora da mostra e do filme Mysterion - Tratado de Beleza. A exposição, que conta a evolução da lingerie, estará em várias capitais a partir de junho. Artifício ao mesmo tempo protetor e provocativo, peça básica ou ornamento, ora ele envolve o corpo como uma segunda pele, ora vai contra sua anatomia, chegando mesmo a reconstruí-lo, analisa Rita.
Tudo começou com um gesto de rebeldia. Jovem nova-iorquina, Mary Jacobs revoltou-se contra o espartilho de barbatana que não só a apertava como sobrava no vestido de noite que acabara de comprar. Com a ajuda de sua empregada, fez uma espécie de porta-seios tendo como material dois lenços, uma fita cor-de-rosa e um cordão. Depois de confeccionar cópias para as amigas, a moça resolveu comercializar sua invenção. Mais interessada no sucesso de sua criação nas festas do que nas lojas, acabou vendendo a patente por US$ 1.550 para a Warner Bros. Nos 30 anos seguintes, a empresa faturaria US$ 15 milhões com ela.
Há milênios as mulheres vinham procurando uma matéria-prima para confeccionar algo que desafiasse a lei da gravidade e sustentasse os seios. Referências revelam que em 2000 a.C., na Ilha de Creta, elas usavam tiras de pano para modelá-los. Mais tarde, as gregas passaram a enrolá-los para que não balançassem. Já as romanas adotaram uma faixa para diminuí-los. O espartilho surgiria na Renascença para encaixar a silhueta feminina no padrão estético imposto pela aristocracia. Por meio de cordões bem amarrados, ele apertava os seios a tal ponto que muitas desmaiavam. O sutiã apareceu para libertar a mulher daquela ditadura.
Temos vivido numa gangorra: ora o sutiã serve para aumentar, ora para diminuir, comenta Denise Areal, estilista da Duloren. Nos anos 20, eles compunham o estilo garçonne e achatavam o busto. Nos 30, a silhueta feminina volta a ser valorizada. Surgem os bojos de enchimento e as estruturas de metal para aumentar os seios. Nos 50, com o advento do náilon, as peças ficam mais sedutoras e conquistam as estrelas de Hollywood. Nos 60, as feministas queimam em praça pública a peça que consideravam símbolo da opressão masculina.