Smell The Magic
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um dos comentários mais recentes sobre o disco: "é como se o AC/DC estivesse dando um pau nos Germs enquanto o Mudhoney cuspisse nos dois". Quando esse povo vai parar de ficar procurando um equivalente masculino e ver a banda simplesmente pelo que ela é? Por que exatamente neste disco? Ele é simplesmente obrigatório, não só para quem é fã, mas pra todos que curtem grunge de uma forma geral. Um clássico. Não é exagero! O único problema é que ele sofre da síndrome de Sub Pop, que perde as maiores pérolas quando sai o grande "hit" da banda e daí só quem resolve se aprofundar no assunto acaba botando as mãos (ou os ouvidos) nele! OK, o disco saiu pela Sub Pop em 1991. O produtor é o Jack Endino (Green River, Screaming Trees, Nirvana, TAD, Mudhoney, Soundgarden, Seven Year Bitch, preciso dizer ainda mais ou chega? Tá, esse cara também trabalhou com os Titãs, é o "padrinho do grunge" segundo o documentário "Hype!")... e isso ainda não dá idéia do que é esse negócio. Começa pelo nome do álbum. Na época, Suzi Gardner falou para o povo que "Smell the Magic" não tinha nada a ver com Spinal Tap. Muito boa, mas melhor ainda foi dizer com o que tinha a ver... ou seja, dirigir às duas da manhã em Indiana e sentir o cheiro de uma refinaria ou alguma coisa assim enquanto toca Stevie Nicks no rádio. Além disso, a banda está no que se pode chamar de sua formação "clássica", ou seja, Jennifer Finch no baixo, Suzi Garder no baixo e guitarra, Donita Sparks na guitarra, Dee Plakas na bateria. A Dee está tão precisa e alucinada no ritmo, e o fato da Jennifer, Suzi e Donita se revezarem nos vocais torna a banda versátil, embora a partir daqui se tenha o som característico da banda bem definido: riffs pesados, energia a torto e a direito, refrões pegajosos, humor, sarcasmo. Nada de vergonha de repetir uma frase se ela soou direito. O que no primeiro disco parece ser só figura de música em Ms. 45 começa a cheirar a Riot Grrrl em Fast and Frightening ("she's got so much clit she don't need no balls"), mas a banda nunca soa feminista ao extremo de um Bikini Kill; parece apenas defender o direito de que garotas também têm direito de ter uma barriga de cerveja (justíssimo!) e sair sem pentear o cabelo (qual é o problema com isso?).
No todo, a sonoridade flutua entre a já mencionada influência de Motörhead (ou seria Girlschool?) e o punk.
Na maior parte do tempo, é impossível identificar o que é o quê, porque a fusão ficou perfeita... e se você for olhar as letras, vai ver que tem coisa que você conhece de algum outro lugar, mas ainda assim, vindo delas, soa diferente.
Em relação ao primeiro disco, ainda fica claro que surgiram mais solinhos e introduções, embora não seja uma característica da banda perder tempo com firulas nisso. "Smell the Magic" pressageia, em algumas partes, o que viria a ser os riffs dos hits de "Bricks are Heavy", que é o, hum, disco pelo qual todo mundo conhece a banda. Isso é extremamente óbvio em "American Society" e "Till the Wheels Fall Off". "Shove" tem uma das introduções mais pegajosas da história e é apontada por críticos de verdade como o grande momento do álbum, junto com "Fast and Frightening", mas o grande destaque na minha modesta opinião é "Just Like Me". Que é altamente pogável, e retoma a pergunta que fiz no primeiro parágrafo.
[editar] Faixas
01. Shove
02. Fast And Frightening
03. (Right On) Thru
04. Deathwish
05. 'Til The Wheels Fall Off
06. Broomstick
07. Packin' A Rod
08. Just Like Me
09. American Society
Lançado em 1991 pela Sub Pop
Produzido por Jack Endino