Salvador Correia de Sá
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- Nota: Se procura o reconquistador de Luanda, consulte Salvador Correia de Sá e Benevides.
Salvador Correia de Sá, O Velho, (c. 1540/1547 — 1631) foi um nobre e militar português, que ocupou por duas vezes o cargo de governador-geral do Rio de Janeiro. Pertencia à família Sá, de Coimbra, vindo a destacar-se no Brasil onde se tornou rico e poderoso proprietário de terras e engenhos no Rio de Janeiro.
Era filho de Gonçalo Correia ou Correia da Costa (1510-?), cavaleiro fidalgo, senhor da Quinta da Penaboa, freguesia de Cavalões, julgado de Vermoin, e de Filipa de Sá, filha de Martim de Sá. Foi, ainda adolescente, para o Brasil com o governador Mem de Sá que o chamava sobrinho, em 1557. Foi irmão de Estácio de Sá, fundador da cidade do Rio de Janeiro, e primo de Mem de Sá (os primeiros governadores da colónia fluminense), e primo afastado do poeta Francisco Sá de Miranda.
Após sua chegada ao Brasil, possivelmente em 1563, destacou-se na luta pela expulsão dos Franceses e no desempenho do governo do Rio de Janeiro, desenvolvendo a política de povoamento, com distribuição de sesmarias e no fomento dos engenhos de açúcar, no estímulo do comércio com Buenos Aires e costa africana e na promoção de entradas pelo sertão em busca de metais preciosos.
A partir de 1603 influenciou a elaboração do regimento das minas do Brasil, vindo a ser encarregado pelo monarca da administração das minas de São Vicente. Mais tarde desanimado pelo reduzido sucesso da exploração do ouro de aluvião e pela falta de apoio metropolitano regressou ao Reino onde veio a morrer.
Em 1567 na Tijuca teve um importante engenho de açúcar, célula do grande morgado dos Assecas no século XVII. Governou o Rio de Janeiro de 1578 a 1598. Com seu primeiro governo, teve início o que poderíamos chamar de dinastia carioca dos Correia de Sá. Com grande e enorme prestígio no Rio de Janeiro, por quase um século três gerações da famnília governariam o Rio de Janeiro repetidas vezes. A Ilha do Governador possui esse nome por ter sido um engenho de açúcar de Salvador.
[editar] Csamentos e descendência
Casou três vezes. Só do terceiro matrimônio, com Vitória da Costa (1545-?), de Azamor, teve descendentes. Antes dela casara com Inês de Souza (1550-?) e no Rio de Janeiro com Luísa Tibão. Filhos:
- 1- Martim Correia de Sá (circa 1570-?) governador do Rio de Janeiro em 1611, que casará com D. Maria de Mendoza y Benevides, sendo pais do futuro governador do Rio Salvador Correia de Sá e Benevides, assim chamado em memória do avô;
- 2 - Manuel Correia de Sá;
- 3 - Duarte Correia de Sá;
- 4 - Vasco Anes Correia de Sá;
- 5 - Gonçalo Correia de Sá.
Precedido por: Mem de Sá |
Governador do Rio de Janeiro (primeira vez) 1569 - 1572 |
Sucedido por: Cristóvão de Barros |
Precedido por: António Salema |
Governador do Rio de Janeiro (segunda vez) 1577 - 1599 |
Sucedido por: Francisco de Mendonça |