Roberto Requião
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Roberto Requião de Mello e Silva (Curitiba, 5 de março de 1941) é um político brasileiro.
Membro de uma importante família política paranaense, é filho do médico e ex-prefeito de Curitiba, Wallace Thadeu de Mello e Silva e de Lucy Requião. É casado com Maristela Quarenghi de Mello e Silva, com quem tem dois filhos, Maurício e Roberta.
É advogado formado pela Universidade Federal do Paraná e jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Cursou Urbanismo na Fundação Getúlio Vargas.
Índice |
[editar] Trajetória política
Em sua trajetória política sempre foi militante do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sucessor do antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que era o partido de oposição à ditadura militar.
- 1981 - Elegeu-se deputado estadual no Paraná.
- 1985 - Elegeu-se prefeito da capital paranaense, derrotando Jaime Lerner. Primeiro prefeito eleito após a ditadura militar.
- 1989 - Aceitou o convite do então governador Álvaro Dias para assumir a pasta de Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná.
- 1991 - Foi eleito sucessor de Álvaro Dias no governo do estado.
- 1994 - Elegeu-se senador pelo Paraná, com mais de dois milhões de votos.
- 1998 - Foi derrotado por Jaime Lerner, que conseguiu a reeleição para o governo do estado.
- 2002 - Foi eleito governador do estado, derrotando Álvaro Dias no segundo turno.
- 2006 - Foi reeleito governador, derrotando Osmar Dias no segundo turno.
[editar] Prefeitura de Curitiba (1986-1988)
- Instituição da "ouvidoria geral" e das sub-prefeituras.
- Construção da "Via Vêneto", importante elo de ligação entre o bairro de Santa Felicidade e o resto da cidade.
- Implantação do "Mercadão Popular", que comercializava produtos da cesta básica para a população de baixa renda.
- Criação da "Associação dos Meninos e Meninas de Rua de Curitiba" (Assoma).
- Construção de um bom número de postos de saúde e creches.
[editar] Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Paraná (1989-1990)
- Criação do "Projeto de Saneamento Ambiental no Paraná" (Prosam).
- Execução do programa "Paraná Urbano", que realizou um grande número de obras, atingindo todos os municípios do estado.
[editar] Governo do Paraná (1991-1994)
- Obras
- Construção da Ferroeste, ferrovia que ligou a cidade de Cascavel ao Porto de Paranaguá, feita em parceria com o Exército Brasileiro (batalhão de engenharia).
- Conclusão da Usina Hidrelétrica de Segredo, que conquistou a auto-suficiência energética para o estado.
- Duplicação da rodovia Curitiba-Garuva (trecho paranaense da BR-376, que leva à Santa Catarina), conhecida, na época, pelo alto número de acidentes fatais. A obra foi realizada com recursos do estado.
- Início da construção da Ponte Ayrton Senna, entre Guaíra (Paraná) e Mundo Novo (Mato Grosso do Sul), que é a maior ponte fluvial do Brasil.
- Início das obras da Usina de Salto Caxias.
- Programas sociais
- "Casa da Família": Construção de sessenta mil pequenas casas de alvenaria, pagas com prestações inferiores a 20% do salário mínimo.
- "Escola Oficina": Formação educacional direcionada a menores de rua.
- Programas de geração de emprego e desenvolvimento econômico
- Isenção de tributos estaduais para micros e pequenas empresas.
- "Bom Emprego": Abertura de crédito destinado a pequenas e médias empresas, vinculado à contratação de mão-de-obra.
- Programas agro-pecuários e ambientais
- "Panela Cheia": Financiamento de plantações agrícolas com prestações calculadas em função do preço de mercado do milho, na data do pagamento.
- "Paraná Rural": Desenvolvimento de técnicas para recuperação do solo, posteriormente eleitas como modelo, pelo Banco Mundial.
- Programa de melhoria genética das criações de bovinos (gado leiteiro) e ovinos.
- Criação de cinco parques ambientais, que duplicaram a área de preservação no Paraná.
[editar] Senador (1995-2002)
A partir 1º de fevereiro de 1995, Roberto Requião assumiu uma das três cadeiras paranaenses no Senado. Requião foi oposição ao governo FHC, defendendo que o Estado não vinha sendo tratado como Nação, mas sim como Mercado. Teve destaque especial na CPI dos Precatórios.
[editar] Governo do Paraná (2003-2006)
- Eleição
Na sucessão de Jaime Lerner, em 2002, houve um dos maiores embates políticos da história do Paraná. Antes aliados, agora adversários políticos, Roberto Requião e Álvaro Dias disputaram as eleições para o governo do Estado. Álvaro Dias foi o primeiro colocado no primeiro turno com 1,62 milhão de votos (31,40%) contra 1,35 milhão de Requião (26,18%). No segundo turno, Requião venceu com 2,68 milhões de votos (55,15%) contra 2,18 milhões de Álvaro.
- Obras
- Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), no início do governo, em 2003, 40% de toda a malha rodoviária do Paraná estava em condições ruins ou péssimas. No final de 2005 esse índice foi reduzido para 14%. A meta do governo é terminar o ano de 2006 com somente 5%.
- Pavimentação da rodovia entre Rio Branco do Sul e Cerro Azul, no Vale do Ribeira.
- Melhoria de acesso e inclusão de acostamentos na PR-412, entre Praia de Leste e Balneário Marisol.
- No litoral, recuperação completa do trecho entre Garuva e Guaratuba.
- Início da duplicação da BR-467 entre Cascavel e Toledo e da Avenida Carlos João Strass, em Londrina (PR-545).
- Conclusão do Contorno Norte de Curitiba.
- Início das obras da Escola Antônio dos Três Reis, em Apucarana, que será a escola mais moderna do estado do Paraná.
- Software livre
Em sua campanha ao governo de 2002 o candidato se mostrou simpatizante ao uso do software livre e sua adoção virou uma grande bandeira do governo, sendo que nesses últimos quatro anos o governo do estado economizou aproximadamente 127 milhões de reais em licenças e contratos de softwares. O valor poderia ser maior se empresas como a Copel e a Sanepar tivessem adotado o software livre.
- Outras iniciativas
- Segurança Pública: Mapeamento georeferenciado da ocorrência de crimes.
- Educação: Paraná Digital, projeto de inclusão digital.
- Saúde pública e Receita estadual: Softwares livres de gestão.
- Críticas de nepotismo
O governador é acusado pela oposição de nepotismo, por ter diversos familiares ocupando cargos públicos ou assemelhados.
- Maristela Requião, sua esposa, é presidente do Museu Oscar Niemeyer (organização social civil de interesse público, sem fins lucrativos e sem relação direta com o governo).
- Eduardo Requião, irmão do governador, é superintendente do Porto de Paranaguá.
- Maurício Requião, outro irmão, é secretário estadual da educação.
- Heitor Wallace de Mello e Silva, primo do governador, é diretor de investimentos e de administração da Sanepar.
- João Arruda Júnior, sobrinho, é assessor da Cohapar.
- Paikam Salomon de Mello e Silva, sobrinho, é editor da Paraná Educativa.
- Polêmicas sobre transgênicos
O governo do estado proibiu o embarque de transgênicos no Porto de Paranaguá. Opositores da medida alegam que a restrição favoreceu a movimentação dos portos nos estados vizinhos de Santa Catarina e São Paulo.
[editar] Reeleição ao Governo do Paraná em 2006
No primeiro turno concorreu com Osmar Dias (PDT), Flávio Arns (PT), Rubens Bueno (PPS) e outros candidatos, tendo recebido 42,8% dos votos, contra 42,6% de Osmar Dias e 9,4% de Flávio Arns.
Foi reeleito no segundo turno por uma apertadíssima diferença de 10.479 votos, equivalentes a 0,2% dos votos válidos (recebeu 2.668.611 votos, contra 2.658.132 de Osmar Dias). É o primeiro governador do Paraná a conquistar três mandatos por eleição direta.
[editar] Ligações externas
- Página pessoal no sítio do Senado Federal
- Entrevista à revista "Caros Amigos" em junho de 2005 (no sítio da campanha eleitoral de 2006)
Precedido por: Maurício Fruet |
Prefeito de Curitiba 1986 — 1988 |
Sucedido por: Jaime Lerner |
Precedido por: Álvaro Dias |
Governador do Paraná 1991 — 1994 |
Sucedido por: Mário Pereira |
Precedido por: Jaime Lerner |
Governador do Paraná 2003 — atualidade |
Sucedido por: — |