Roberto III de Artois
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Roberto III de Artois foi o filho primogênito de Filipe d´Artois (1269-1298 fatalmente ferido perto de Furnes). Era assim neto de Roberto II (1250-1302 Courtrai) o Bom, ou o Nobre, conde de Artois, armado cavaleiro por seu tio Luís IX em 1267, desde 1250 conde de Artois, que teve grande influência na corte de Filipe III o Ousado: serviu seu tio Carlos I de Anjou, rei da Sicilia, e morto este, como Carlos II estava preso pelos aragoneses, foi nomeado regente do Reino de Nápoles em 1285. Em 1289 voltou para a França e o rei Filipe o Belo fez dele um de seus principais chefes militares. Foi o responsável do desastre de Courrai e pereceu durante a batalha. Tinha tido três esposas, em 1262 casara com Amicia de Courtenay (1250-1275), senhora ou dame de Conches, Mehun, Selles, Châteaurenard et Charny, filha de Pedro de Courtenay e de Joana-Pernelle de Joigny, em 1277 casara com Agnès de Bourbon (1237-1288) herdeira de Bourbon, filha de Archambaut IX de Dampierre senhor de Bourbon e em 1298 com Margarida de Hainaut, filha de João de Avesnes, Conde de Hainaut e da Holanda.
Conde d'Artois, senhor de Conches, etc, Filipe d´Artois casou em 1281 com Branca da Bretanha (1270-1327), dame de Brie-Comte-Robert, filha de João II, Duque da Bretanha, e de Beatriz da Inglaterra.
Roberto III nasceu em 1287 e morreu em 16 de agosto de 1343 em Londres, onde se refugiara. Senhor de Conches, Conde do Artois desde 1302. Dele o condado foi retirado. Foi ainda conde de Beaumont-le-Roger e conde de Richmond.
Como o direito de representação inexistia no Artois, sua tia Mahaut ou Matilde de Artois, sogra do Rei, tomou posse do condado e venceu por dois arrêts ou decretos do Parlamento, em 1309 e 1318. Roberto provocou uma revolta no Artois, seguro da vitória quando da subida ao trono francês de seu cunhado Filipe VI, mas foi de novo privado de seus direitos e teve que fugir para Bruxelas, em 1331 e para a Inglaterra, onde teve forte influência sobre Eduardo III contra o rei Valois Filipe VI, que considerava tê-lo despojado injustamente.
Enviado a Flandres pelo rei da Inglaterra, fracassou diante de Saint-Omer em 1340. Ferido em Vannes, morreu dias depois, estando sepultado na catedral de São Paulo, em Londres.
È personagem da série de livros «Os Reis Malditos», sucesso literário de Maurice Druon.
[editar] Casamento e posteridade
Em 1318 casou com Joana de Valois (1304-9.7.1363) filha de Carlos de Valois ou Carlos I França, Conde de Valois Duque d'Anjou e de Catarina de Courtenay, senhora ou dame de Courtenay, imperatriz titular de Constantinople. Tiveram sete filhos.
- 1 - Luís (1320-1326).
- 2 - Jaime (1325-1347).
- 3 - Roberto (1326-depois de
- 4 - Carlos de Artois (1328-1385) Conde de Longueville, conde de Pézenas; casado em 1360 com Joana de Beaucay, filha de Hugues de Baucay.
- 5 - Catarina d’Artois (1319-1368). Casada com João II de Ponthieu, Conde de Aumale.
- 6 - Joana d’Artois (1323-morta cedo).
- 7 - João de Artois (1321-1387) chamado Sem Terra, conde d´Eu, senhor de Saint-Valéry; casou em 1352 com Isabel de Melun (1328-1389), filha de João II, Visconde de Melun e de Isabel de Anthoin, com descendência.