Raimundo Correia
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Raimundo da Mota de Azevedo Correia (Maranhão, Brasil, 13 de Maio de 1859 - Paris, França, 13 de Setembro de 1911), juiz e poeta brasileiro.
[editar] Biografia
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Nasceu a bordo do navio São Luiz, ancorado em águas maranhenses. Filho de família de classe elevada, realizou o curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1882 formou-se advogado pela Faculdade do Largo São Francisco, desenvolvendo uma bem-sucedida carreira como Juiz de Direito no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Faleceu a 13 de Setembro de 1911, em Paris, onde fora tratar da saúde.
Raimundo Correia iniciou a sua carreira poética com o livro "Primeiros sonhos", revelando forte influência dos poetas românticos Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Em 1883 com o livro "Sinfonias", assume o parnasianismo e passa a integrar, ao lado de Alberto de Oliveira e Olavo Bilac, a chamada "Tríade Parnasiana".
Os temas adotados por Raimundo Correia giram em torno da perfeição formal dos objetos. Ele se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo, chegando até a ser sombria. Ao analisar a obra de Raimundo Correia percebe-se que há nela uma evolução. Ele iniciou sua carreira como Romântico, depois adotou o Parnasianismo e, em alguns poemas aproximou-se da escola Simbolista.
[editar] Notícia biográfica:
Raimundo da Mota Azevedo Correia - Nasceu a 13 de maio de 1860, a bordo do vapor São Luiz, na baia de Mogunca, nas costas do Maranhão. Bacharelou-se na Faculdade Direito de S!ao Paulo, em 1882. Promotor Público, em São João da Barra. Juiz Municipal, Em Vassouras, Estado do Rio. Pretor da 2a. Pretoria da Capital Federal. Lente da Escola de Direito de Ouro Preto. Professor e diretor do Ginásio Petropolis. Foi á Europa em busca de saúde e faleceu, em Paris, em 13 de setembro de 1911. OBRAS - Primeiros Sonhos; Sinfonias; Versos e Versões; Aleluias; Poesias. APRECIAÇÃO - "Estamos em presença do primeiro poeta parnasiano do Brasil. Nenhum outro conseguiu perfeição da forma poética de Raimundo, nem a delicadeza de sua inspiração, nem a variedade de seus temas. Fugiu á monotonia amorosa de Bilac, á insensibilidade de Alberto de Oliveira, tocando todos os assuntos, vibrando todos os sentimentos humanos, sempre delicado e profundo. Não nos sentimos embaraçados e dizer que Raimundo Correia é o primeiro poeta do Brasil". (Silveira Bueno) ANOITECER Esbraseia o Ocidente na Agonia O sol... Aves, em bandos destacados, Por céus de ouro e de púrpuras raiados, Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia... Delineiam-se, além, da serrania Os vértices de chama aureolados, E em tudo, em torno, esbatem derramados Uns tons suaves de melancolia... Um mundo de vapores no ar flutua... Como uma informe nódoa, avulta e cresce A sombra, á proporção que a luz recua... A natureza apática esmaece... Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula... Anoitece.
[editar] Bibliografia
A sua obra é composta por "Primeiros Sonhos"; "Sinfonias"; "Versos e Versões"; "Aleluias" e "Poesias"
[editar] Academia Brasileira de Letras
Raimundo Correia foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a Cadeira que tem por Patrono Bernardo Guimarães.
Precedido por: Criação da Academia Brasileira de Letras |
Cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras {{{anos}}} |
Sucedido por: Osvaldo Cruz |