Purim
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Purim (פּוּרִים, em hebraico padrão Purim, em hebraico tiberiano Pûrîm: plural de פּוּר pûr, do acadiano pūru) é um feriado judaico que comemora a salvação dos judeus persas do plano do malvado Hamã para exterminá-los, tal como está escrito no Livro de Ester. De acordo com esse livro, a festa foi instituída como festa nacional pelos protagonistas do livro, Mordecai e Ester. O purim é celebrado anualmente no 14º dia do mês hebraico de Adar. (Num pequeno número de cidades que eram muradas na antiguidade, comemora-se no 15º dia.) Purim comemora a vitória da sobrevivência judaica sob domínio persa. Os acontecimentos descritos no Livro de Ester (Megilá) ocorreram por volta de 450 anos antes da Era Comum.
O nome "Purim" vem da palavra hebraica "pur", que significa "sorteio". Este era o método usado por Haman, o Primeiro-Ministro do Rei Achashverosh da Pérsia, para escolher a data na qual ele pretendia massacrar os judeus do pais.
Mas os planos de Haman foram frustrados pela coragem da Rainha Ester e seu primo, Mordechai. Arriscando sua própria vida, Ester fez um apelo ao Rei para que salvasse seu povo, e a ordem de Haman foi revogada. Assim, aqueles dias fatais transformaram-se, conforme a linguagem da Megilá que lemos em Purim, "de tristeza em alegria", e o 14.° dia do mês de Adar é comemorado festivamente.
A história de Purim ressalta uma triste verdade, muito relevante em nossos dias. O povo judeu, ou qualquer outra minoria, torna-se sempre vulnerável quando fanáticos sobem ao poder. O extremismo - seja religioso, social ou político - só leva ao terror e à violência. desenfreada.
Esta comemoração provavelmente deriva do festival babilônico chamado Zakmuk e alguns estudiosos cogitam inclusive que os nomes de Esther e Mordecai derivam dos deuses Ishtar e Marduk, no qual um falso rei (um criminoso condenado à morte) era, após alguns dias de "realeza" (durante os quais tinha absoluta liberdade, podendo até mesmo utilizar-se do harém real), era privado de sua "dignidade emprestada", despido, escarnecido e, por fim, sacrificado. Havia festivais como estes em Roma (Saturnalia) e na Pérsia, bem como celebrações semelhantes em homenagem aos vários deuses que viviam ciclos de morte e renascimento (Tammuz, Mitra, Attis, Melkart, Adonis, Dioniso, Osiris etc.), todos eles inspirados nos ciclos da natureza, que continuamente "morre" no inverno para "ressuscitar" na primavera. (vide Arthur Drey, "The Christ Myth")