Proletariado
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Proletariado é o conjunto de trabalhadores que necessitam vender a sua força-de-trabalho a um empresário capitalista.
O proletariado é a classe trabalhadora urbana basicamente formada de operários, operadores repetitivos de máquinas, surgidas na Revolução Industrial. O proletariado na teoria marxista, também na de Ricardo e na de outros pensadores econômicos como Proudhon de base anarquista, é a classe social que vende sua força de trabalho à classe capitalista, detentora dos meios de produção. Esta classe, ao contrário da classe detentora do capital, pode oferecer ao mercado apenas sua força de trabalho, ou seja, "dar à prole" , "oferecer seus próprios filhos". A palavra tem origem romana e referia-se à classe social inferior caracterizada pela quantidade enorme de filhos (prole), daí o nome proletariado que foi e é usado atualmente, já que é visível nas famílias da classe explorada e oprimida inumeros filhos.
Segundo Karl Marx, o proletariado e a classe proprietária (burguesia) são as classes fundamentais da sociedade capitalista, tendo interesses contraditórios não passíveis de conciliação. A solução do impasse, segundo Marx, apenas poderia ser obtida através da união do proletariado e destruição da socidade capitalista, através da expropriação dos meios de produção pelo caminho indireto revolucionário comunismo, já que as versões marxistas e de influência procuram no Estado a base para seu poder político, retardando a emancipação dos oprimidos e explorados. A expropriação neste sentido é a mudança de muitos donos para um apenas, o Estado totalitário ou ditadura do proletariado.
Atualmente, nos países capitalistas avançados, o proletariado tem padrão de vida muito superior em relação às suas condições do início da Revolução Industrial, quando jornadas de mais de doze horas e a intensa utilização de mão-de-obra infantil eram a regra. Apesar de que as condições de trabalho nesses países vem regredindo nos últimos anos com a introdução de reformas neoliberais, o trabalho infantil e jornadas cada vez maiores são práticas comuns na flexibilização do trabalho, tal com o uso de mão-de-obra escrava. Os trabalhadores imigrantes, em especial, têm sido submetidos a condições de trabalho degradantes na Europa. E temos a migração das fábricas para países sem leis trabalhista que garantam os direitos dos trabalhadores.