Polichinelo
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Polichinelo é um antigo personagem-tipo e burlesco do teatro, cujas raízes remontam à Roma Antiga e que teve maior desenvolvimento com a commedia dell'arte. É a versão napolitana do Arlequim.
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[editar] Histórico
O nome em português vem do francês polichinelle, por sua vez oriundo do napolitano Pulecenella, que seria uma corruptela de Paolo Cinelli - famoso comediante de Nápolis do século XVI - numas versões[1] - ou de Puccio d'Aniello, que seria o nome de um fazendeiro de Acerra, tornado famoso por ter sido presumidamente retratado por Carracci, com a face queimada pelo sol e longo nariz, e que teria dado vida ao personagem teatral[2].
[editar] Características
O Polichinelo era caracterizado por um longo nariz, corcunda, barriga proeminente, vestido com roupas coloridas e usando um barrete sobre a cabeça. Sua voz é esganiçada, anasalada e tremida.
A personalidade, entretanto, costumava variar, de acordo com o país: em França, tem um caráter de anti-herói, fanfarrão; na Alemanha assume o papel de bobo; na Inglaterra é esperto e malandro.
Para os italianos representaria, ainda, a forma como os estrangeiros vêem os naturais do país, em especial na característica do personagem em que enfrenta seus problemas com um sorriso, consciente do jogo dos poderosos que revela publicamente[3].
[editar] Encenação
Nas farsas da Comédia, assumia papel de pobre serviçal, mas ambicioso. Enamorado da filha de seu patrão, a Colombina, famosa por sua beleza, era sempre obstado pelo pai desta, quando lhe conseguia falar. Era o adversário de Briguela, belo e forte - qualidades que o Polichinelo não possuía.
[editar] Denominações
Na Itália, Alemanha, Inglaterra e maioria dos países é chamado de Pulcinella; na Espanha recebeu o nome de Don Cristóbal Polichinela.