Pilone
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um pilone é um elemento característico da arquitectura do Antigo Egipto que consiste numa porta monumental flanqueada por duas torres trapezoidais.
No interior das torres de um pilone poderiam existir quartos. Na parte da frente dos pilones existiam reentrâncias que permitiam inserir mastros de madeira onde se colocam bandeiras, a anunciar a existência de um espaço divino. Nas paredes das torras representavam-se cenas, sendo a mais habitual a do faraó a castigar os inimigos do Egipto.
A partir da época do Império Novo os templos egípcios seguem uma estrutura clássica. Um caminho decorado com esfinges, o dromos, partia do rio Nilo; antes de se atingir o pilone várias estátuas colossais do rei ou de deuses, bem como obeliscos, antecediam a porta monumental. Atravessando o pilone encontrava-se um pátio, que era a parte pública de um templo egípcio. Ao contrário dos locais de culto das religiões actuais, um templo egípcio só era acessível ao faraó e aos sacerdotes. O pátio era a única zona a que o povo poderia aceder e mesmo assim apenas em datas especiais.
Simbolicamente a forma do pilone evocava a imagem de dois montes entre os quais nascia o sol todos os dias, bem como as duas margens de terra entre as quais corria o rio Nilo. A nível mitológico, as duas torres eram identificadas com as deusas Ísis e Néftis, que ajudavam o sol no seu nascimento.
Os templos mais importantes do Antigo Egipto poderiam ter mais do que um pilone, como é o caso do templo de Karnak, onde se construiram um total de dez pilones.