Pegadas da Serra de Aire
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O Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire, mais conhecido apenas por Pegadas da Serra de Aire foi criado em 1996, pelo Decreto Regulamentar 12/96 de 22 de Outubro. Como o nome indica, situa-se na Serra de Aire, perto de Fátima nos municípios de Ourém e Torres Novas e é parte integrante do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, ocupando uma área de cerca de 20 hectares.
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[editar] História
No local onde hoje se encontram as pegadas dos dinossáurios funcionava uma pedreira, a Pedreira do Galinha; em 4 de Julho de 1994, João Carvalho, da Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia, descobriu as pegadas que viriam a transformar a pedreira no monumento actual. O Museu Nacional de História Natural cria um grupo de trabalho que realiza dois relatórios que servem para demonstrar às entidades oficiais e científicas, a importância paleontológica do achado e consequente criação do monumento.
O monumento é aberto ao público em 1 de Março de 1997 e no mesmo ano é aberto o primeiro circuito autoguiado. Em 2002 é criado o Jardim Jurássico que tem o objectivo de reproduzir o meio ambiente da época dos dinossáurios e o Aramossáurio. além do referido, o parque possui ainda uma área de animação, um Centro de Animação Ambiental, um parque de merendas, um grande painél ilustrativo da evolução da vida na Terra ao longo do tempo geológico e diversos painéis informativos ao longo dos cerca de 1000 metros do seu percurso.
Os 20 trilhos existentes são os maiores e os mais antigos trilhos de saurópodes de que há conhecimento (175 milhões de anos) mas também, dos mais nítidos, sendo compostos por mais de 1000 pegadas.
[editar] Formação
Há 175 milhões de anos, no Jurássico Médio, onde hoje se encontra a Serra de Aire era uma zona plana e costeira com partes inundadas por lençóis de água. Nessa altura, ainda a Europa se encontrava ligada à América do Norte, formando o supercontinente conhecido por Pangea e entre a Iberia e o actual Canadá, existia um mar de pouca profundidade e de águas límpidas e mornas que facilitavam a formação de recifes de coral. O clima era quente e húmido e por isso, a vegetação era abundante.
No fundo dessas lagoas, era depositada uma lama de calcário, onde ficavam marcadas com facilidade as pegadas dos animais que por ali andavam; entre eles, encontravam-se os saurópodes, animais herbívoros, e de grande porte, podendo chegar aos 30 metros de comprimento e 70 toneladas de peso, para quem, esta paisagem de floresta abundante, era o lar perfeito, sendo desta espécie, a maioria das pegadas encontradas.
As pegadas impressas na lama seca eram então cobertas por sedimentos calcários que mais tarde se viriam a transformar em rocha, cuja extracção permitiu pôr a descoberto os trilhos dos dinossáurios. O estudo dessas pegadas é importantíssimo para o conhecimento dos hábitos e forma de viver dos dinossáurios, como se movimentavam, a que velocidade e se o faziam sózinhos ou em grupos ou manadas