Padres Capadócios
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OS TRES CAPADÓCIOS: 1- Basílio de Nissa ou Basílio o Grande e são, 2- São Gregório de Nazianzo ou Nazianzeno, o teólogo (329 - 389) 3- Gregório de Nissa
1- Basílio de Nissa ou Basílio o Grande (330 - 379) Padre, Doutor da Igreja e teólogo patrístico grego do período nissênico nascido em Cesaréia, na Capadócia, atual Turquia (Ásia Menor), irmão de Gregório de Nissa, destaque na consagração do pensamento cristão e um dos personagens mais significativos da idade de ouro da Patrícia, que juntamente com o irmão Gregório e Gregório Nazianzeno, que reafirmaram no século IV a ortodoxia cristã frente às manifestações hereges são considerados os três pais da igreja em toda a história da teologia e da espiritualidade cristã, nào só no Oriente. De uma família riquissima mas profundamente cristã, era neto de Santa Macrina, filho de São Basílio, o velho e Santa Emélia e entre seus nove irmãos figuraram: São Gregório de Nissa, Santa Macrina a jovem e São Pedro de Sevaste. Fez seus estudos para a vida religiosa em Cesaréia, Costantinopla e por último em Atenas, onde, dentre seus companheiros de estudo, estavam o futuro imperador romano Juliano, o Apóstata e São Gregório Nazianzeno, o Teólogo, também este um capadócio e amigo inseparável, que escreveu sobre os dois: "conhecíamos apenas duas ruas na cidade: a que conduzia à Igreja e a que nos levava à escola". A heresia ariana naquela época estava no ápice, sendo que os ortodoxos eram perseguidos pelos hereges. Basílio terminou seus estudos e foi ordenado padre em 354, dois anos depois (356), retornou à Cesárea (capadócia). Foi ordenado diácono e sacerdote na Cesaréa em 363, ensinou retórica em Basiléia mas, em seguida, para evitar confrontos com o bispo Eusébio, viajou e estudou nos mosteiros do Egito, África, Palestina Síria e Mesopotâmia. Após este contato com os eremitas, abandonou sua carreira administrativa para se tornar ele próprio um eremita, indo viver perto da Cidade de Neocesaréia. Morou em uma estalagem na região do Ponto, perto do rio Íris, entregando-se a uma vida solitária de oração e estudo, e formando o primeiro mosteiro da Ásia Menor. Escreveu uma regra de vida monástica, a Regra de São Basílio ou Regra dos Monges do Oriente, seguida até hoje por uma comunidade monástica por ele fundada (360), os Padres Capadócios, defensores da Santíssima Trindade, a doutrina da Divindade única que existe simultaneamente em três modos de ser, ou Hipóstases Divinas, cuja maior pregação era a luta contra o arianismo, heresia que negava a divindade de Cristo. Ele explicava sua posição afirmando que "os Três possuem uma única natureza, isto é, Deus, o fundador da unidade sendo o Pai, do Qual e para o Qual as Pessoas subseqüentes são consideradas". Anfilóquio de Icônio, primo de Gregório Nazianzeno e, por intervenção do bispo metropolitano, bispo de Icônio, sugeria que os nomes Pai, Filho e Espírito Santo não denotavam essência ou ser, mas "um modo de existência ou relação". Em 365, a pedido do amigo Gregócio Nazianzeno, saiu de seu retiro, para a defesa da ortodoxia contra a heresia do Arianismo. Em 370, quando o arcebispo de Cesaréia, Eusébio morreu, deixando vaga a sede arcebispal, Basílio foi eleito para ocupá-la. Com a morte de Santo Atanásio, pouco depois, Basílio passou a ser o último defensor da ortodoxia no oriente, morrendo em 1o de Janeiro de 379, aos 49 anos. Seus escritos lhe proprocionaram o epíteto de Revelador do Paraíso e ele tornou-se Padroeiro do Monaquismo Oriental. É curioso observar que toda sua família foi marcada pela santidade. Seu irmão Gregório também se tornou santo, conhecido como São Gregório de Nissa e junto com seu amigo São Gregório o Teólogo, ficaram conhecidos como os três Padres da Capadócia. Sua avó Macrina, seus pais Basílio e Emmelia, sua irmã Macrina e seus irmãos mais novos Gregório e Pedro são todos santos.
2- São Gregório de Nazianzo ou Nazianzeno, o teólogo (329 - 389) Padre santificado nascido em Arianzo, vila próxima a Nazianzo, Capadócia, no leste da Anatólia, atual Turquia, que junto com Atanásio, Basílio e João Crisóstomo formou o grupo dos quatro Doutores da Igreja oriental, e que em cuja pregação destacou-se especialmente pela defesa da doutrina da Santíssima Trindade, definida pelo Concílio de Nicéia (325). Era filho de S. Gregório, o Velho, e de Santa Nona, e irmão de Santa Gorgónia. Seu pai, São Gregório o Velho, chegou a ser bispo de Nazianzo depois de converter-se ao cristianismo por influência da esposa, Santa Nonna. A sua formação iniciou-se na escola de Cesaréia da Capadócia e prosseguiu em Atenas e Alexandria. Nesses anos iniciou sua amizade com São Basílio, padre e depois bispo metropolitano de Cesaréia e, de regresso à Capadócia (357), foi batizado pelo pai (360) e ingressou na comunidade monástica fundada por Basílio. Essa comunidade monástica, os Padres Capadócios, eram defensores da Santíssima Trindade, a doutrina da Divindade única que existe simultaneamente em três modos de ser, ou Hipóstases Divinas, cuja maior pregação era a luta contra o arianismo, heresia que negava a divindade de Cristo. Foi viver com o amigo uma vida de trabalho e oração no deserto do Ponto, Turquia, onde fizeram uma compilação dos escritos de Orígenes, famoso escritor cristão. Ordenado (362) dedicou os anos seguintes a apoiar São Basílio na luta contra o arianismo, heresia que negava a divindade de Cristo. Sagrado bispo de Sasima, conseguiu sua substituição po um novo bispo, retirou-se para uma vida de meditação (375) e foi viver em um mosteiro. Com a morte do imperador ariano Valente (378), e de são Basílio (379), foi chamado pelo Imperador Teodósio o Grande, para Constantinopla (379), para ajudar a reconstruir a igreja abalada por décadas de lutas contra o arianismo. Mudou-se para Constantinopla para afirmar o dogma da Santíssima Trindade. Proferiu então cinco discursos sobre a Trindade que lhe deram grande fama como teólogo. Como Patriarca de Constantinopla, presidiu ao primeiro Concílio de Constantinopla em 381, que definiu solenemente a Divindade dogmática do Espírito Santo, desautorizando assim a doutrina ariana. Perseguido pelos arianos, Gregório, para evitar disputas, renunciou ao cargo e retornou à sua vida de monge em sua vila natal de Nazianzo, onde morreu. Dedicou seus últimos anos à meditação e à redação de seus escritos doutrinais. Na história do catolicismo também ficou conhecido como um dos três padres capadócios, juntamente com os irmãos são Basílio o Grande e são Gregório de Nissa, que reafirmaram no século IV a ortodoxia cristã frente às manifestações hereges. Portanto não confundir com são Gregório de Nissa. Na Igreja romana é comemorado no dia dois de janeiro, mesmo dia de São Basílio.
3- Gregório de Nissa - Teólogo e filósofo cristão nascido em Cesaréia, da Capadócia, na Anatólia, Ásia Menor, hoje Kayseri, Turquia, irmão de Basílio de Nissa, destaque na consagração do pensamento cristão e um dos personagens mais significativos da idade de ouro da Patrística e um dos precursores do trabalho de Santo Agostinho. Estudou em Cesaréia, Alexandria e Atenas e começou a vida como professor de retórica até que se voltou para os estudos religiosos e para a devoção cristã (360). Foi consagrado bispo de Nissa, pequena localidade da Capadócia (371) por seu irmão Basílio, bispo metropolitano de Cesaréia. Deposto (376) por Valenciano, imperador arianista, doutrina que negava a divindade de Cristo, mas reconquistou o cargo (378), após a morte do imperador. Nos anos seguintes desempenhou intensa atividade eclesiástica, visitou várias igrejas da Anatólia e participou do Concílio de Constantinopla (381), onde com seus textos anti-heréticos formulou a doutrina da Santíssima Trindade, utilizando argumentos inspirados na teoria das idéias de Platão. Sua obra teológica de maior destaque foi O grande discurso catequético. Também merece destaque o seu Criação do homem. A base de seu pensamento era: A Sagrada Escritura é a norma e a lei de toda doutrina. Na história do catolicismo ficou conhecido como um dos três padres capadócios, juntamente com o irmão São Basílio e São Gregório Nazianzeno, que reafirmaram no século IV a ortodoxia cristã frente às manifestações hereges. É festejado na Igreja Católica Romana em 9 de março.
Pedro do Sebaste Bispo, nasceu aproximadamente em 340, e morreu em 391. Pertenceu a uma rica família do Basil e Emmelia da Caesarea na Cappadocia, localidade da qual também se teve ao Santa Macrina a Jovem, e os doutores cappadocianos, Basilio da Caesarea e Gregorio da Nisa. Foi o mais jovem de uma numerosa família, e Macrina sua irmã maior, quem exerceu uma grande influencia na capacitação religiosa do santo; ela atuou como uma institutriz na via da perfeição cristã, por meio de uma vida espiritual e ascética. Renunciando ao estudo das ciências profanas, dedicou-se à meditação sobre as Sagradas Escrituras e ao cultivo da vida religiosa. Logo depois da elevação de seu irmão à Sede Episcopal da Caesarea, Pedro recebeu a ordenação sacerdotal, mas subsecuentemente renunciou às atividades comuns e se dedicou a levar uma vida solitária e ascética. Ajudou a sua irmã nos aspectos devocionales de sua vida, e também ajudou com sua mãe nas condições monásticas, à morte de seu pai (Gregorio da Nisa, “Veta S. Macrinae”). Aproximadamente no ano 380-381 foi elevado à Sede do Sebaste em Armênia e sem desdobrar atividade literária, tomou posição ao mesmo tempo de seus irmãos Basilio e Gregorio em sua luta contra a heresia ariana (Theodoret, “H.E.”, IV, xxvii). Em sua vida e administração episcopal, demonstrou as mesmas esplêndidas características do Basilio. Estando relacionado de estreita maneira com seus irmãos, seguiu os escritos destes com grande interesse. Levado por seu conselho, Gregorio da Nisa escreveu seu grande trabalho “Contra Eunomius”, em defesa do livro do Basilio no que se respondia a um trabalho do Eunomius. Foi também produto de seu desejo, que Gregorio escreveu o “Tratado sobre o Trabalho dos Seis Dias”, a fim de defender um trabalho similar do Basilio contra falsas interpretações, chegando a completar os argumentos. Outro trabalho do Gregorio, “Sobre a Dotação do Homem”, também foi escrito como produto de uma sugestão do Pedro, e enviado a este com um prefácio apropriado como presente de Páscoa em 397. Não temos informação detalhada no concernente a sua atividade como bispo, exceto que esteve presente no Concílio Ecumênico de Constantinopla em 381. Logo depois de sua morte em 391 foi venerado como um santo. Sua festividade se observa entre o 8 e nove de janeiro.
Macrina, a avelha Nosso conhecimento da vida da Macrina a Maior provém principalmente do testemunho dos grandes Pais Capadocios da Igreja, especialmente de seus netos : Basilio (Ep. 204:7; 223:3), Gregorio da Nisa ("Veta Macrinae Junioris"), e o panegírico do St. Gregorio Nacianzeno, em São Basilio (Gregory Naz., Oratio 43). Ela era a mãe do Basilio o Major, pai do Basilio, do Gregorio, e de outros filhos cujos nomes nos são familiares, incluindo a Macrina a Jovem. Seu lar estava na Neocaesarea no Ponto. Durante sua infância conheceu São. Gregorio Taumaturgo, primeiro bispo de sua cidade natal. Como este venerável doutor, que tinha ganho Neocaesarea quase totalmente para o cristianismo, morreu entre o ano 270 e 275, supõe-se que Santa. Macrina deveu ter nascido antes do ano 270. Durante a perseguição do Diocleciano, ela fugiu de sua cidade natal com seu marido, cujo nome ignoramos, e teve que padecer muitas privações. Ela foi portanto um confessor da fé durante a violenta tormenta que estalou sobre a Igreja. Quanto à formação intelectual e religiosa de São Basilio e de seus irmãos e irmãs maiores, ela exerceu uma grande influencia, semeando em suas mentes as sementes da piedade e esse ardente desejo pela perfeição cristã que mais tarde alcançou um auge tão importante. Como São Basilio nasceu provavelmente por volta do ano 331, Santa. Macrina deveu morrer logo, na quarta década do quarto século. Seu santo se celebra em 14 de janeiro.
Macrina a Jovem Nascida sobre o ano 330, morreu em 379 . Era a filha de Basilio, o velho e da Emmelia a maior, neta do Santa. Macrina a Maior, e irmã dos Pais da Capadocia, São. Basilio e São Gregorio da Nisa. Este último nos deixou uma biografia de sua irmã em forma de laudatório ("Veta Macrinae Junioris "na PÁGINA XLVI, 960 sq.). Ela recebeu uma excelente formação intelectual, embora mais apoiada no estudo da Bíblia que no da literatura profana. Quando tênia doze anos, seu pai já tinha consertado seu matrimônio com um jovem advogado de excelente família. Pouco depois, entretanto, seu prometido morreu repentinamente, e Macrina decidiu dedicar-se a uma vida de perpétua virgindade e a busca da perfeição cristã. Exerceu uma grande influencia sobre a formação religiosa de seus irmãos mais jovens, especialmente São Pedro, logo bispo do Sebaste. Através dela São. Gregorio recebeu um grande estímulo intelectual. Quando morreu seu pai, Basilio a levou, ao igual à mãe, a uma casa familiar situada junto ao rio Íris, no Ponto. Aqui, junto com seus serventes e outros companheiros, llevaram uma vida de retiro, consagrando-se a Deus, em estrito ascetismo e profunda meditação sobre as verdades cristãs, e oração eram as principais preocupações desta comunidade. Não somente os irmãos do Santa. Macrina mas também São Gregorio Nazianceno e Eustaquio do Sebaste estavam associados a este círculo piedoso e foram estimulados para continuar seus avanços para a perfeição cristã. depois da morte de sua mãe Emmelia, Macrina se converteu na cabeça desta comunidade, onde o fruto da vida cristã maturou tão gloriosamente. A sua volta de um sínodo de Antioquia, por volta do final do ano 379, Gregorio da Nisa visitou sua venerada irmã, e a encontrou profundamente doente. Em discurso piedoso irmano e irmã da vida do mais à frente e de seu encontro no céu. Pouco depois Macrina passou à outra vida. Então Gregorio escreveu "Diálogo sobre a alma e a Ressurreição" (os anastaseos do kai dos psyches do peri), apoiada na última conversação mantida com sua moribunda irmã. Em dito escrito, Macrina aparece como professora, e trata temas como a alma, a morte, a ressurreição, e a restauração de todas as coisas. Desde aí o título da obra, VOCÊ Makrinia (P.G. XLVI, 12 sq.). Seu santo se celebra em 19 de julho. Santa Macrina, virgen, y hermana de San Basilio el Magno y de San Gregorio Niseno, y San Pedro de Sebaste, en Capadocia. Mayor que sus hermanos, en la educación de los cuales ayudó a su madre Santa Eumelia, muerto su padre San Basilio, fundó dos monasterios, unos de hombres, que gobernaron sus hermanos, y otro de mujeres al que dio ella la regla, y en el que vivió, y en suma pobreza, confortada por San Pedro de Sebaste, murió el año 379.
Eusébio de Cesaréia ou Eusébio Panfílio (263 - 340) Bispo e teólogo neoplatonista grego exegeta e polemista e patrístico do período nicênico nascido em Alexandria, Egito, batizado e ordenado em Cesaréia, na Palestina, considerado um dos fundadores da historiografia cristã. Estudou na importante escola de teologia ali criada por Pânfilo, decapitado pelos romanos (310), em cuja homenagem adotou seu outro sobrenome. Nomeado bispo de Cesaréia (313), destacou-se por procurar conciliar a heresia arianista e a teologia. Embora não aprovasse inteiramente suas idéias acolheu Ário, expulso pelo bispo Alexandre, de Alexandria, sob acusação de heresia (318), pela sua negativa na divindade de Cristo. Embora não aprovasse as idéias de seu colega de Alexandria, que defendia o sabelianismo, doutrina que negava a Santíssima Trindade, procurou reaproximar os dois. Porém no sínodo de Antioquia (325), foi excomungado por arianismo, junto com seus aliados Teódoto de Laodicéia e Narciso de Nerônidas. No fim do mesmo ano, defendeu-se no Concílio de Nicéia, convocado por Constantino, e teve a punição suspensa por intervenção do imperador. Sua obra mais importante historicamente foi História eclesiástica (312-324), em defesa de Orígenes (185-253) e relatando as perseguições romanas. Autor de uma biografia de Constantino, também escreveu textos doutrinários e comentários da Bíblia, especialmente sobre os Evangelhos e, em Preparação evangélica, comparou Platão (427-347 a. C.) com Moisés (viveu por volta de 1220 a. C.)