Olga Korbut
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Olga Valentinovna Korbut (Hrodna, na atual Belarus, antiga União Soviética, 16 de março de 1955) foi a ginasta que surpreendeu o mundo com sua performance nos Jogos Olímpicos de 1972 em Munique.
[editar] Biografia
Aos 17 anos, mas aparentando menos de 13, Olga Korbut transformou a ginástica num esporte para crianças nas Olimpíadas de 1972, em Munique. Rapidamente a ginástica - e, a seguir, outros esportes - foi encampada pelos pré-adolescentes.
Media um pouco mais de 1,50m e pesava cerca de 40 kg. Seu corpo raquítico, que depois se tornaria um padrão para os atletas da especialidade, tornou os exercícios de solo e de barra irreconhecíveis se comparados à ginástica praticada até então. Ganhou a medalha de ouro em trave, exercícios no solo e no concurso completo por equipes e prata nas barras assimétricas.
Em 1973 foi campeã do mundo nos jogos estudantis e segunda no campeonato europeu. Em 1974 foi campeã mundial.
Apesar da guerra fria e da desconfiança com que o Ocidente recebia as realizações soviéticas, Olga encantou a todos de tal forma que crianças do mundo inteiro imitavam seus exercícios contorcionistas que uma mulher adulta jamais conseguiria fazer. Antes de Olga, as ginastas mais bem sucedidas tinham físico de bailarinas clássicas e eram símbolos de feminilidade.
Um exemplo do impacto causado por Olga: antes dela, a Inglaterra tinha 50 mil crianças praticantes de ginástica e, no prazo de oito anos, este número subiu para três milhões. Médicos de saúde infantil disseram que os clones de Olga Korbut eram anões cuja puberdade havia sido atrasada, porque o cansaço e o stress de treinamentos e competições retardavam o crescimento.
Nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal, Olga participou desmotivada: obteve uma medalha de ouro por equipe, uma de prata na trave, mas nas outras modalidades teve atuação decepcionante, ficando em quinto lugar. Ela própria declarou mais tarde que seu corpo havia trabalhado demais e sua energia interior tinha se extinguido.
Depois de Montreal, Olga deixou de competir. Casou com um cantor russo de música pop, virou dona de casa e desencorajou o filho de fazer carreira na ginástica.
Tinha frequentes crises de depressão que começaram a melhorar na época em que se prenunciava o fim do regime comunista. Os convites para viajar ao exterior também lhe deram novo ânimo. Acabou por emigrar para os Estados Unidos onde se tornou treinadora. Nos Jogos Olímpicos de 1996 fez parte, como dirigente, da delegação de Belarus (Bielorússia).