O Direito de Nascer (1964)
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- Nota: Se procura outras adaptações, consulte O direito de nascer.
O direito de nascer é uma radionovela cubana escrita na década de 1940 por Félix Caignet. Apresentada no Brasil no rádio e na televisão, tendo recebido três versões em formato de telenovela. Esta, em adaptação de Talma de Oliveira e Teixeira Filho e dirigida por José Parisi e Lima Duarte, foi a primeira. Produzida pela extinta Rede Tupi e exibida de dezembro de 1964 a agosto de 1965.
As outras duas versões foram ao ar, respectivamente, em 1978 pela mesma TV Tupi, e em 2001, pelo SBT.
[editar] Trama
Na sociedade moralista de Havana, capital de Cuba, no início do século XX, a jovem Maria Helena engravida do noivo Alfredo e, diante da recusa do rapaz em assumir o filho, torna-se mãe solteira. A criança será alvo do ódio do avô, o poderoso Dom Rafael. Após o nascimento, temendo as represálias do velho, a criada negra Dolores foge com o bebê, que batiza como Alberto. Depois disso, desgostosa, Maria Helena se recolhe a um convento, e passa a atender por Sóror Helena da Caridade. Sempre fugindo, Dolores cria o menino e ele, já crescido, forma-se em medicina. O destino leva Alberto à família que desconhece, para desespero de Mamãe Dolores. Albertinho se apaixona, sem saber, por sua prima Isabel Cristina, e acaba salvando a vida do avô que o amaldiçoara no passado.
[editar] Elenco
- Nathália Timberg - Maria Helena de Juncal (sóror Helena da Caridade)
- Amilton Fernandes - Albertinho Limonta
- Isaura Bruno - Mamãe Dolores
- Elísio de Albuquerque - dom Rafael de Juncal
- Guy Loup - Isabel Cristina
- José Parisi - dom Jorge Luís
- Maria Luiza Castelli - Conceição
- Vininha de Moraes - Dorinha
- Rolando Boldrin - dom Ricardo
- Henrique Martins - Alfredo Martins
- Luiz Gustavo - Oswaldo
- Oswaldo Loureiro
- Meire Nogueira
- Marcos Plonka
- Vera Campos
- Genésio de Carvalho
- Aída Mar
[editar] Curiosidades
- Demonstrando a falta de organização que havia na televisão brasileira na época, O direito de nascer foi produzida pela TV Tupi de São Paulo e no Rio era exibida pela TV Rio, concorrendo com a própria Tupi carioca, um contrasenso.
- As Tupis carioca e paulista se tratavam como concorrentes, cada uma com suas próprias produções. A Tupi carioca recusou a trama por ego. Essa mesma rivalidade se deu mais tarde na formação da Rede Tupi, onde deveria se definir a cabeça-de-rede: Tupi SP ou Tupi RJ
- A novela transformou os atores em grandes astros. O último capítulo foi transmitido ao vivo do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e no dia seguinte, do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Nos dois dias o público compareceu em peso, numa das maiores ovações a artistas populares de que se tem notícia.
- O ator Henrique Martins, que em 1964 vivia Alfredo, na versão de 1978 retornaria, mas com outro personagem: Ricardo, marido de Dorinha, a irmã da Sóror Helena.
- O sucesso da personagem Isabel Cristina foi tanto, que após a novela a atriz Guy Loup trocou o nome para Isabel Cristina por algum tempo.
- Estima-se que o último capítulo, no qual Mamãe Dolores (Isaura Bruno) revela para Albertinho Limonta (Amilton Fernandes) quem são seus verdadeiros pais, teve 1,5 milhão de telespectadores.
- Não existe mais nenhum capítulo da novela. Tudo foi apagado e o que restou foram apenas imagens do encerramento no Maracanãzinho em agosto de 1965.