Norte de África
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Norte da África compreende a região do continente africano ao norte do Saara. Inclui o Magrebe e o Egipto e, segundo algumas definições, o Sudão. O intercâmbio entre o Norte de África e a África subsariana limitou-se, durante muito tempo, quase exclusivamente ao comércio entre as costas ocidental e oriental do continente e a viagens ao longo do Nilo, devido à dificuldade em atravessar o deserto. Assim foi até a expansão árabe islâmica. Em termos de aspecto físico, os norte-africanos são aproximadamente 80% caucasianos com origem no Atlas, sendo considerados africanos de raça branca. A miscigenação com africanos de raça negra teve origem nas migrações para norte provocadas pela escravatura. Com raízes no Médio Oriente, a população do Norte de África tem a sua cultura também marcada por esta região. As línguas dominantes são o árabe e as línguas berberes. A religião é, predominantemente, muçulmana, embora os povos do sul do Egito, Sudão e Etiópia sejam cristãos, principalmente da Igreja Copta. Alguns países norte africanos, em particular o Egipto e a Líbia são frequentemente incluídos nas definições de Médio Oriente, devido ao contacto continuado com esta região. Por seu lado, a Península do Sinai, pertencente ao Egipto, está na Ásia, sendo, inquestionavelmente, parte do Médio Oriente.
[editar] História
Originalmente, grande parte da África do Norte era habitada por africanos de raça negra, como se pode demonstrar pela arte rupestre disseminada pelo Saara; o que não parece ter acontecido no Magrebe e Baixo Egipto, habitados por africanos de raça branca, que se expressariam através de línguas camito-semíticas. Em consequência da desertificação do Saara, grande parte da população negra migrou para o sul, através da costa oriental e ocidental. Depois da Idade Média, a área esteve sob controle do otomano, exceptuando Marrocos. Depois do século XIX, o Norte de África foi colonizado pelo Império colonial francês, pelo Império britânico, Espanha e Itália.