Nilton Santos
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Nilton dos Reis Santos (Ilha do Governador, 16 de maio de 1925) é um ex-futebolista brasileiro. Integrou o plantel da seleção brasileira de futebol nas campeonatos mundiais de 1950, 1954, 1958 e 1962, tendo sido bicampeão nos dois últimos.
Foi chamado de "A Enciclopédia" por causa dos conhecimentos sobre o futebol. Nílton foi um jogador chave na defesa durante os campeonatos mundiais em que participou (ele também fazia parte do elenco da Seleção em 1950, mas não chegou a jogar) e ficou famoso por marcar um gol magnífico no torneio de 1958 quando o Brasil jogou com a Áustria. Trazendo a bola do campo de defesa de driblando o time adversário inteiro (e deixando doido o técnico Vicente Feola), finalizou com um ótimo chute.
Foi um dos precursores em arriscar subidas para o ataque utilizando a lateral do campo. Já era craque jogando futebol na praia. Quando cumpria serviço militar foi descoberto por um oficial da Aeronáutica. Levado para jogar no Botafogo em 1948, somente deixou General Severiano em 1964 quando abandonou os gramados. Sua estreia com a camisa do clube da estrela solitária aconteceu contra o América Mineiro. No campeonato carioca de 1948, disputou seu primeiro jogo oficial contra o São Cristóvão em General Severiano. O Botafogo perdeu de 4 a 0. Foi a primeira e única derrota do clube naquele campeonato. O Botafogo foi o campeão carioca de 1948.
Nilton Santos foi campeão carioca nos anos de 1948, 1957, 1961 e 1962. Conquistou o Rio São Paulo de 1962 e 1964. Inteligente e de técnica refinada, é o recordista de jogos com a camisa do Botafogo, único clube que defendeu. Nilton Santos participou de 718 partidas e assinalou 11 gols entre 1948 e 1964. Foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira no campeonato sul-americano de 1949 realizado no Brasil. Estreou contra a Colômbia e foi campeão sul-americano naquele ano. Foi também vice campeão do mundo em 1950, campeão pan-americano de 1952 no Santiago do Chile e bi campeão mundial em 1958 na Suécia e 1962 no Chile. Pela seleção brasileira Nilton Santos jogou 75 partidas oficiais e 10 não oficiais. Se despediu contra a Checoslováquia, na final da Copa de 1962. Marcou dois gol com a camisa da seleção brasileira.
Nilton Santos escreveu o livro “Minha Bola, Minha Vida”. Livro que conta sua história através dos campos do mundo. Ele também foi homenageado no Cantinho da Saudade em dezembro de 1999, no Museu dos Esportes Edvaldo Alves de Santa Rosa – Dida, que fica localizado no Estádio Rei Pelé em Maceió.
Um poema e uma crônica do mestre Armando Nogueira sobre o grande Nílton Santos:
"Tu, em campo, parecia tantos, E, no entanto, que encanto! Eras um só; Nílton Santos."
"Era um amistoso na cidade do México: Botafogo x River Plate. Garrincha estava estraçalhando o beque Vairo. Nestor Rossi, o maestro da seleção argentina, chamou o lateral do River e aconselhou:
_ Quer melhorar teu futebol? Então faz o seguinte: "aquele ali é o Nilton Santos, beque esquerdo como você. Vai lá perto, disfarça e passa a mão na perna dele. só isso. Passa a mão que naqueles pés está o futebol de todos os beques do mundo".
Pés que jamais deram um bico na bola; reflexos que jamais foram traídos pelos efeitos de uma bola; atleta de equilíbrio assombroso, que jamais caiu no campo, a não ser derrubado.
Nílton Santos, craque extraordinário que encarnou a prefiguração de toda a evolução tática do futebol moderno. Craque que viveu no campo duas faces de uma equipe, porque sendo zagueiro sempre teve alma e audácia de atacante. Nasceu com o talento de fazer gols e acabou glorificado pela arte de evitá-los."
Nílton Santos faz parte do FIFA 100.