Manuel Marulanda Vélez
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Manuel Marulanda Vélez, codinome de Pedro Antonio Marín, também conhecido como Tirofijo (Tiro Certeiro), pela precisão dos disparos, o legendário chefe das Farc, cuja história é a própria história da guerrilha-revolucionária na Colômbia, nasceu em 12 de maio de 1930 en Génova( Colômbia). É Comandante e Chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo(FARC-EP). É o fundador das FARC.
Embora comunista, ele começou na guerrilha ao lado de militantes de um dos dois partidos tradicionais, o Liberal, sublevados com o assassinato em 1948 de Jorge Gaitón, um populista que se levantou contra os caciques do partido. O "bogotazo", explosão de violência em Bogotá diante de espantados dignitários que participavam de reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos), acabou resultando na formação de "repúblicas camponesas independente" e dos primeiros grupos guerrilheiros-revolucionários colombianos.
"Tirofijo" vem daí, final dos anos 40, mais de meio século de fuzil nas mãos. Entre 1948 e 1953, época conhecida como "La Violência", tombaram 300 mil.
Mais tarde se soube, por meio de documentos e relatos orais, da "forte influência" dos comunistas nessas formações, das quais saíram as Farc de "Tirofijo". No final dos anos 60, com a descida das montanhas do venezuelanos, o Partido Comunista da Colômbia era o único "partidão" do continente metido em luta armada. Os russos hesitavam em incluí-lo entre os fiéis a Moscou. Houve, então, um primeiro racha. A "Voz Operária", do PC, caiu em cima dos que insistiam em soluções militares e declarou a inexistência de "levantes revolucionários" no país. Mesmo assim, as Farc continuaram vigentes, sem abrir mãos, até hoje, de seu caráter revolucionário marxista-lenista.
"Tirofijo" seria o guardião desse ortodoxismo. Mesmo diante da debandada de companheiros e dos entendimentos com Betancur, a ala militar das FARC tratou de não desmobilizar as 27 frentes da guerrilha.
Em "Cuadernos de Campaña" ("Cadernos de Campanha"), escrito por ele em 1973, o velho combatente se mostra [é o segundo item] com uma mentalidade sobretudo militar. Há mais de 50 anos com fuzil nas mãos, ele não saberia fazer outra coisa, do mesmo jeito que seus companheiros do Estado-Maior