Líbano
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Lema nacional: Koullouna Lil Watan, Lil Oula wal'Allam
do libanês: Nós todos por nossa nação, nosso emblema e glória |
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Língua oficial | Árabe | ||||
Capital | Beirute | ||||
Presidente | Émile Lahoud | ||||
Primeiro-Ministro | Fuad Siniora | ||||
Área - Total - % água |
160º maior 10.452 km² 1,6% |
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População - Total (est. 2005) - Densidade |
123º mais populoso 3.826.018 358/km² |
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Independência | 22 de Novembro de 1943 | ||||
Moeda | Libra libanesa (LBP) | ||||
Fuso horário | UTC +2 Verão: +3 |
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Hino nacional | Koullouna Lilouataan Lil Oula Lil Alam |
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Código Internet | .LB | ||||
Código telefónico | 961 |
O Líbano (nome oficial: República do Líbano) é um pequeno país montanhoso situado no Médio Oriente. Faz fronteira a sul com Israel, a norte e a este com a Síria, sendo banhado a oeste pelo Mar Mediterrâneo. A sua capital, e maior cidade, é Beirute.
Índice |
[editar] História
O Líbano é um país do oeste asiático situado no extremo leste do Mar Mediterrâneo, limitiado ao norte e a leste pela Síria e ao sul por Israel, na região do Crescente Fértil, onde surgiram as primeiras grandes civilizações da humanidade. É a pátria histórica dos fenícios, negociantes semíticos da Antiguidade, cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de 2 000 anos e que criaram o primeiro alfabeto, do qual sairam todos os demais, tanto semíticos como indo-europeus. Foram os fenícios que fundaram Cartago, a maior rival de Roma na antigüidade. Outras cidades importantes eram: Tiro, Sidon, Biblos e Arvad que mantiveram sua importância durante o domínio romano. Com a conquista de Alexandre Magno em 332 a.C., a região ficou integrada na civilização helenística. Seguiu-se a dominação do Egipto ptolemaico, que por sua vez foi seguida pela dominação do Império Selêucida.
No século I a.C. o Líbano passou a fazer parte do Império Romano e, em seguida do Império Bizantino, sendo introduzido o cristianismo na região. A conquista árabe do século VII introduziu a actual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. Durante a Idade Média o território que hoje é o Líbano esteve envolvido nas cruzadas quando então foi disputado pelo Ocidente cristão e pelos árabes muçulmanos. No século XII o sul do Líbano esteve integrado no reino latino de Jerusalém. Foi depois ocupado pelos turcos do Império Otomano em 1516.
Com o fim do Império Otomano, após o fim da Primeira Guerra Mundial, o Líbano foi colocado sob o mandato francês, confirmado pela Sociedade das Nações em 1922. A República Libanesa foi criada em 1926. Durante a Segunda Guerra Mundial, país foi ocupado (1941-1945), pelas forças da França apoiadas pelos britânicos.
A independência foi conquistada em 1945, sendo o país considerado,sob o ponto de vista financeiro, a Suíça do Oriente. Por ali eram feitas grandes negociações de petróleo. Sob o ponto de vista turistico, era comparado ao Mônaco do Oriente; possuía cassinos e hotéis de luxo, porém, disputas crescentes entre cristãos e muçulmanos, exacerbadas pela presença de refugiados palestinos, minaram a estabilidade da república. A hostilidade entre os grupos cristãos e muçulmanos levou a uma guerra civil e a intervenção armada (1976) pela Síria. As atividades da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), levaram à invasão e ocupação israelense (1976), da parte sul do Líbano. Uma força de paz da ONU tentou sem sucesso estabelecer uma zona intermediária. Em 1982, Israel promoveu uma invasão militar que provocou a saída de palestinos. As forças de paz da ONU retornaram aquela região quando houve o massacre de civis muçulmanos em Sabra e Chatila, realizado pela milícia falangista cristã na Beirute Ocidental, ocupada por Israel. A Síria interveio novamente em 1987. Israel criou o Exército do Sul do Líbano e ocorreram cerca de vinte invasões aéreas israelenses durante o ano de 1988. Em 1989, foi negociado um acordo na Arábia Saudita (Acordo de Taif), nele o domínio maronita no governo deveria ser reduzido. Apesar da relutância, uma frágil paz foi estabelecida sob a proteção Síria que foi formalizada por um tratado em 1991. A tensão no sul do país continuou, com ataques guerrilheiros radicais do Hezbollah, apoiados pelo Irã, contra o Exército do Sul do Líbado, apoiado por Israel.
Em 1996, agressões israelenses provocaram e intervenção dos Estados Unidos e da França. Com a participação da Síria, do Líbano e de Israel, foi aberta uma negociação que ficou conhecida como "entendimento de abril" que reconheceu o direito de resistência contra a ocupação do exército israelense e a milícia que colabora com ele dentro do território ocupado, com as devidas salvaguardas da população civil e da infra-estrutura do país. A resistência libanesa obedeceu o "entendimento de abril" não violando seus termos. O que tem ocorrido desde então são ações de legítima defesa da resistência libanesa contra a ocupação que causaram o descontrole do exército israelense, o qual começou a perpetuar violentos e desesperados ataques contra o Líbano, como os do dia 8 de fevereiro de 2000.
[editar] Política
O Líbano é uma república regida pela constituição de 23 de Maio de 1926, que foi alvo de várias emendas, a mais importante das quais ocorreu em 1989. Esta constituição consagra a divisão do poder em três ramos, o executivo, legislativo e judicial. Segundo a lei, os cargos de presidente da república, primeiro-ministro e porta-voz do parlamento devem ser ocupados respectivamente por um cristão maronita, por um muçulmano sunita e por um muçulmano xiita.
O poder executivo recai sobre o presidente eleito pela Assembleia Nacional para um mandato de seis anos. O presidente nomeia o primeiro-ministro, que escolhe os membros do seu governo junto com o presidente e o parlamento. O actual presidente do Líbano é Emile Lahoud (desde Novembro de 1998) e o primeiro-ministro é Fuad Siniora (desde 30 de Junho de 2005).
O poder legislativo é exercido pela Assembleia Nacional (em árabe: Majlis Alnuwab; em francês: Assemblee Nationale) composta por 128 membros eleitos por sufrágio universal para um mandato de quatro anos. As últimas eleições para a Assembleia tiveram lugar em Maio e em Junho de 2005.
O voto é obrigatório para todos os homens a partir dos vinte e um anos de idade, sendo permitido votar às mulheres com mais de vinte e um anos.
[editar] Divisão administrativa
O Líbano divide-se em seis províncias (árabe: muhafazat; singular muhafazah). Entre elas encontra-se Beirute, a menor de todas em extensão (19,8 km2 e que tem como capital a própria cidade de Beirute), mas que é a mais populosa, industrializada e rica de todo o país, além de ser centro financeiro e turístico de todo o Oriente Médio.
As seis províncias e as respectivas capitais são:
- Beirute: Beirute
- Monte Líbano: Baabda
- Líbano Setentrional (ou Líbano Norte): Trípoli
- Bekaa: Zahleé
- Nabatieh: Nabatieh
- Líbano Meridional (ou Líbano Sul): Sídon
[editar] Geografia
Possuindo um formato semelhante ao de um trapézio isóscele, o Líbano alonga-se pelo lado leste do Mar Mediterrâneo, com seu comprimento quase três vezes o lado maior ao sul, que faz fronteira com sucessivas áreas em litígio desde 1947 e a oeste com a Síria. Quando se estica no sentido sul norte, a largura de seu território torna-se mais fina.
O clima do Líbano é do tipo mediterrâneo moderado, com verões quentes e secos e invernos frios e chuvosos. A pluviosidade é maior nas áreas montanhosas e no Vale do Bekaa do que na costa. Nas montanhas do Monte-Líbano cai neve que permanece nos cumes até ao começo do Verão.
O rio Litani é o único grande rio do Sudoeste Asiático que não cruza uma fronteira internacional.
Alguns dos fenômenos que atualmente atingem o meio-ambiente são erosão do solo, desertificação, poluição do ar devido ao tráfego de automóveis em Beirute e devido à queima de resíduos industriais, poluição de águas costeiras. Alguns dos acordos internacionais que Líbano assinou incluem o da biodiversidade, da mudança climática, desertificação, resíduos tóxicos, lei do mar, proteção da camada de ozônio, poluição marítima, etc.
[editar] Economia
A economia do Líbano, tal como a sua qualidade de vida, ja chegou das mais prósperas de todo o Oriente Médio, porém os conflitos internos e externos abalaram a economia libanesa sobremaneira.
Com o término do ultimo conflito interno e a recuperação da estabilidade política, o país mobilizou-se na reconstrução. Para realizá-la, o Líbano recebeu de imediato cerca de US$ 15 bilhões de países como França e Alemanha e, atualmente, também dos Estados Unidos da América. Com a infra estrutura reconstruída, a economia voltou a crescer com uma das mais altas taxas do mundo, tornando-se um pólo de crescimento na região. A capital, Beirute (apelidada de "a Paris do Oriente") voltou a ganhar destaque no cenário regional, sediando vários eventos.
O país voltou a ser chamado de "Suíça do Oriente" devido às atividades financeiras ali realizadas. A reconstrução de monumentos e infra-estrutura tem atraído o turismo que cresce a cada ano.
Atualmente, o Líbano possui um dos mais elevados padrões de vida do Médio Oriente (há poucos anos atrás - quando a guerra civil ainda fazia parte do quotidiano do país, o país tinha a pior qualidade de vida da região).
O PIB do Líbano tem mantido uma alta taxa de crescimento anual que, desde o final da guerra, tem se mantido entre 5,5% à 7% anuais.
Produto Interno Bruto (2003): US$ 19 bilhões.
Participação no PIB: Turismo e comércio: 60%, Agricultura: 20%, Indústria: 20%
Principais produtos agropecuários: cítricos, uva, tomate, maçã, hortaliças, batata, azeitona, tabaco; criação de ovelhas e cabras
Indústrias principais: atividades financeiras, turismo, processamento de alimentos, joalheria, cimento, têxteis, produtos minerais e químicos, refino de petróleo, metalurgia
[editar] Demografia
A população do Líbano é composta por diversos grupos étnicos e religiosos: muçulmanos (xiitas e sunitas), cristãos (maronitas, ortodoxos gregos, melquitas greco-católicos, cristãos armênios, cristãos assírios, coptas) e outras, incluindo as seitas alauíta e druza. No total o estado reconhece a existência de dezoito comunidades religiosas. 59,7% dos libaneses são muçulmanos e 39% cristãos (divididos por entre os grupos enunciados).
Segundo dados de Julho de 2006 a população do Líbano é de 3 874 050 habitantes. No tocante à estrutura etária 66% da população tem entre 15 e 64 anos, com uma esperança de vida situada nos 70 anos para os homens e nos 75 anos para as mulheres. A população distribui-se principalmente pelas cidades do litoral (32% em Beirute e na sua periferia) e 20% na província do Líbano Norte.
[editar] Cultura
O Líbano possuí uma riquíssima cultura herdada desde remotas épocas, de influências que vão da Fenícia ao Império Romano e ao mundo árabe.
A cultura árabe como um todo - na qual a cultura libanesa está inserida - se destaca das demais por sua música, religião, danças entre outros aspectos. No Líbano é muito comum a dabke, dança em que várias pessoas dançam ao mesmo tempo de mãos dadas e andando em círculos através dos passos que conduz.
O árabe é a língua oficial do país, sendo falado na sua forma de dialecto libanês. Este dialecto é intelegível para os arabofónos do Médio Oriente, caracterizando-se pela presença de várias palavras estrangeiras oriundas do francês, inglês, turco e italiano.
O francês e o inglês são as segundas línguas do país, sendo entendidas por cerca de 50% da população. A língua arménia é utilizada pela minoria arménia do país.
O Líbano conta com vinte universidades, entre as quais se encontram a Universidade Libanesa, a Universidade Americana (desde 1886) e Universidade Saint Joseph (desde 1875).
[editar] Líbano nos Esportes
O Líbano não possui muito destaque nos esportes, apenas conquistou quatro medalhas em todas os Jogos Olímpicos de que participou, duas medalhas de prata e duas medalhas de bronze, o esporte de melhor desempenho olímpico do país é a Luta Greco-Romana que conquistou três das quatro medalhas da nação
O país se prepara para receber os Jogos Francófonos de 2009, que serão realizados em Beirute
[editar] Transportes
[editar] Aeroportos
O Líbano possui poucos aeroportos, são alguns poucos militares, algumas bases aéreas em algumas cidades, e o principal do país, o único internacional da nação, o Aeroporto Internacional de Beirute, rebatizado após o atentado que matou o ex-primeiro ministro do país e passou a se chamar Aeroporto Internacional Rafiki Hariri, moderno o aeroporto atende à grandes empresas aéreas do mundo, e é parada de escala para grande números de vôos que vão de países do Ocidente para países do Extremo Oriente e Oriente Médio.
[editar] Portos
O Líbano possui vários portos por seu litoral, porém três merecem maior destaque. Sidon, no sul do Líbano: seu porto é também chamado de porto petrolífero, já que atende os países produtores de petróleo no comércio e na evacuação de produtos desses países para a União Européia e Estados Unidos. Trípoli, no norte do Líbano: importante porto do norte do país, atende mercadorias em geral porém não possui a mesma magnitude que o porto da capital Beirute, a capital e maior cidade do Líbano: além de Beirute ser a porta de entrada do Líbano por via aérea, é também por mar, já que possui o maior e o mais bem equipado porto de todo o país, é também considrado o porto mais movimentado do Mediterrâneo Oriental. Abastece todo o país e evacua toda sua produção, além de ser também o pnoto de acolhimento de vários turistas
[editar] Estradas
As estradas libanesas em geral estão em bom estado e poucas são as estradas não pavimentadas, com os pesados bombardeios de Israel ao Líbano, todo seu sistema rodoviário ficou comprometido
[editar] Ferrovias
O Líbano não conta com muitas ferrovias, contudo o sufuciente para abastecer suas necessidades
[editar] Hidrovias
Devido seu território margear uma extensão montanhosa o Líbano possui pequenos cursos de água que não chegam a desaguar no mediterrâneo e suas nascentes são nas montanhas que fazem fronteira com a Síria e nenhum deles é navegável. Embora inviabilize a existências de hidrovias hidricamente o país é bem servido.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- www.libanoshow.com - Maior site da comunidade árabe em toda américa latina (Português)
- www.LebWeb.com - Guia do Líbano (Inglês)
- www.BloggingBeirut.com: Photography Reference for Lebanon Over 250 high resolution photographs, labeled and available for non-commercial use under the Creative Commons License. Updated weekly.