Kairouan
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Fundada em 670, Kairouan (a "cidade fortificada" em árabe; também se verifica a grafia aportuguesada Cairuão), a 160 km a sul de Tunis, também conhecida como "a cidade das 50 mesquitas", floresceu durante a dinastia Aghlábida no século IX. O seu rico património arquitectónico inclui a Grande Mesquita, com belas portas talhadas em madeira e arabescos de estuque e as 400 colunas de mármore e pórfiro da sala de orações, com inscrições fenícias, romanas e árabes e a Mesquita das Três Portas, entre outras. Apesar da transferência da capital política para Tunis no século XII, Kairouan permaneceu a capital espiritual do Maghrebe e continua serena nos seus 13 séculos de cultura islâmica. A cidade foi inscrita pela UNESCO em 1988 na lista dos locais que são Património da Humanidade.
A medina, com as suas muralhas imponentes e portas monumentais, alberga lindas mesquitas, um antigo poço e centenas de lojas onde as famosas carpetes de Kairouan, de lã pura são tecidas e vendidas, para além do artesanato em cobre, latão e cabedal e dos trajes traditionais, a “jebba” e o “burnous”, ricamente ornados ou elegantemente naturais.
O desenho típico das carpetes de Kairouan chama-se “Alloucha” e é feito com as cores naturais da lã, com uma bordadura de riscas paralelas em padões geométricos e um lozango central com um padrão floral. As carpetes são graduadas pela espssura do dio usado e pelo número de nós por metro quadrado, sendo o “normal” de 10 a 40 mil nós, “fino” de 65 a 90 mil e “extra fino” de 160 a 500 mil. As carpetes de seda podem ter mais de 500 mil nós por metro quadrado.
Em Kairouan também se produz uma carpete tecida, sem nós, a “margoum”, com os típicos desenhos geométricos da cultura berbere, mais leves e numa multitude de cores.