Judeia (província romana)
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Judeia | |
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[[Image:|250px|center]] Localização da província Judeia (em destaque) no Império Romano. |
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Anexada em: | 63 a.C. |
Imperador romano: | César Augusto |
Capital: | Cesareia |
Fronteiras (províncias): | |
Correspondência actual: |
Iudaea foi o nome dado à unidade administrativa que se estabeleceu no território da antiga Judeia, quando a região se tornou um província romana em 40 d.C..
[editar] Antecedentes
O Reino Selêucida da Síria ao impor a helenização forçada dos judeus, provocou uma violenta reacção armada por parte dos judeus mais conservadores. Em 142 a.C., a Judeia recupera a independência sob a dinastia dos Asmoneus (veja Macabeus). Durante o século I a.C., começou a manifestar-se de forma crescente o intervencionismo de Roma a pretexto de estabilizar politicamente a região. Em 63 a.C., o General Cneu Pompeu conquista a Judeia e anexa o território ao domínio romano. Entre 63 a.C. a 6 d.C., foi um principado vassalo do Império Romano.
Em 40 a.C., Herodes, genro de Hircano II, é nomeado "rei da Judeia" por Octávio e Marcos António. Foi-lhe concedida autonomia quase ilimitada nos assuntos internos do país. A Judeia é invadida pelos partos. Herodes, o Grande, obteve ajuda das legiões romanas que expulsaram os invasores. Tornou-se rei efectivamente em 37 a.C., com a conquista da cidade de Jerusalém. Grande admirador da cultura greco-romana (ver Helenismo), o rei Herodes lançou um audacioso programa de construções, que incluía as cidades de Cesareia (Marítima) e Sebástia (Samaria) e as fortalezas em Heródio e Massada. Ele também reformou o Templo, transformando-o num dos mais magníficos edifícios da época. Após a morte do Rei Herodes, o território da Judeia é dividido em 3 príncipados entre os seus filhos: Arquelau, Herodes Ântipas e Herodes Filipe.
A partir de 6 d.C., tornou-se uma província romana sob juridisção parcial do Governador da Síria. A administração da Judeia é entrege a governadores romanos da ordem equestre, chamados de prefeitos. Mais tarde, serão também chamados de procuradores. Arqueleu é chamado a Roma e parte para o exílio.
À proporção que aumentava a opressão romana sob os judeus, crescia a insatisfação, que se manifestava por revoltas esporádicas, até que rompeu uma revolta total, em 66 d.C.. As legiões romanas, lideradas por General Tito, superiores em número e armamento, conquistaram a Judeia e arrasaram a cidade de Jerusalém e seu Templo, em 70 d.C., e posteriormente, tomaram a última fortaleza judaica - Massada, em 73 d.C..
Um último breve período de soberania Judaica na era antiga foi o que se seguiu à revolta de Simão Ben Kochbah, em 132 d.C., quando Jerusalém e a Judeia foram reconquistadas. Três anos depois, o Imperador Adriano decidiu rebaptizar a Judeia de Palestina e a Jerusalém foi dado o nome de Aelia Capitolina. Grande parte da população foi então massacrada e os sobreviventes tiveram que emigrar, no início da dispersão pelo mundo ou diáspora.
Ao adoptar o cristianismo como religião oficial do Império, Roma dispensou especial proteção ao território que apartir de então começou a ser considerado como "Terra Santa". A cidade de Jerusalém voltou a florescer e transformou-se em importante centro de peregrinação, ao qual afluíam habitantes de todas as regiões do império. Construíram-se basílicas notáveis e a cidade foi embelezada pelos imperadores bizantinos, sob cuja jurisdição ficou a Palestina após a divisão do império, no ano de 395. Em 611, registrou-se a invasão dos persas, que ao fim de 3 anos, conquistam Jerusalém e destruíram todas as igrejas da cidade. Em 628, o imperador bizantino Heraclius recuperou a Terra Santa.
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