João Garcia Leal
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João Garcia Leal (Santa Cruz de Goiases, 1759 – São Bento Abade, 1802) foi um fazendeiro mineiro cujo cruel assassinato deu início à vingança de Januário Garcia Leal, seu irmão.
Filho de Pedro Garcia Leal e Josefa Cordeiro Borba, casou-se em 24 de junho de 1783, em Lavras, com Maria Joaquina do Espírito Santo, filha de Nicolau Martins Saldanha e Inácia Maria de Barros.
Vivendo na região do atual município de São Bento Abade, onde tomava conta de terras do sogro, Nicolau Martins Saldanha, nas proximidades do Rio Verde, envolveu-se em uma disputa com a família de um certo Francisco da Silva, o qual, mal intencionado, insistia em invadir com suas cercas as terras de João Garcia Leal, roubando área da propriedade deste. Após João Garcia Leal ter-lhe corrigido por esse motivo, Chico Silva ordenou que seus sete filhos o matassem em uma emboscada. Assim o fizeram, mas com grande crueldade. Ataram João Garcia Leal a uma figueira e retiraram toda a pele de seu corpo enquanto ele ainda se encontrava vivo.
Devido a esse crime, Januário Garcia Leal, irmão de João, abandonou tudo para levar a cabo um plano de vingança contra os assassinos do irmão, colecionando a orelha de cada um que matava. Assim, recebeu a alcunha de Sete Orelhas.
Quanto aos filhos de João Garcia Leal, uma vez nomeado um deles, o Capitão José Garcia Leal, delegado do Governo para a exploração dos sertões, abandonaram Minas Gerais na década de 1830, transferindo-se para o leste do atual estado de Mato Grosso do Sul. Tal local era ainda somente habitado por tribos indígenas. Lá, foram pioneiros desbravadores e, com seus descendentes, fundadores de várias cidades, entre elas Paranaíba e Três Lagoas. Foram eles:
- Eufrásia Garcia Leal, nascida em 1784;
- José Garcia Leal, nascido em 1785;
- José Pedro Garcia Leal, nascido em 1786;
- Joaquim Garcia Leal, nascido em 1790;
- Januário Garcia Leal Sobrinho, nascido em 1792;
- João Pedro Garcia Leal, nascido posteriormente a 1792.