Januária Maria de Bragança
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Dona Januária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança, Condessa d' Áquila, Princesa Imperial do Brasil e Infanta de Portugal (por seis meses) (Rio de Janeiro, 11 de março de 1822 — Nice, 13 de maio de 1901), era filha do imperador Dom Pedro I e da imperatriz Leopoldina.
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[editar] Infância
Nascida no Rio de Janeiro, no Palácio de São Cristóvão, em 11 de março de 1822, D. Januária nasceu com a sua mãe, a Imperatriz D. Leopoldina, em pé, pendurada ao pescoço do marido, o Imperador D. Pedro I. A Princesa foi batizada aos 18 de março de 1822 na Capela Imperial e foi cognominada “Princesa da Independência”.
A Princesa D. Januária cresceu ao lado dos irmãos D.Pedro II, D. Paula Mariana e D. Francisca. Seu nome foi escolhido por seu pai como forma de homenagear a província do Rio de Janeiro. D. Januária, nasceu apenas um mês depois do falecimento do Príncipe D. João Carlos.
Perdeu a mãe com quatro anos de idade e viu o pai partir para Portugal com a madrasta e a irmã mais velha aos nove. Cresceu sob um esquema de educação extremamente rigorosa.
Em 1833, morria a Princesa D. Paula Mariana, antes de completar 10 anos de idade. A princesa D. Januária, por meio de uma carta, relatava o acontecimento ao pai:
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- "Amado papai. Apesar das nossas constantes súplicas aos céus, a nossa querida irmã Paula Mariana partiu. Não encontramos consolo. Nossa irmã tão amada não está mais conosco. Além disso, Pedrinho adoeceu seriamente. Chegamos a pensar que ele pegara a mesma febre de Paula Mariana, mas, graças aos céus, ele melhorou e já está sentado em sua sala de estudos. Para expressar nossa gratidão, nós, mana Chica e eu, sua filha Januária, ficaremos sem comer açúcar até o aniversário de Pedro, dia 2 de dezembro. Amado papai, estamos desesperados e em grande desalento. O senhor nos faz muita falta e também sentimos muita saudade de nossa irmã Maria da Glória e de todos que estão com o senhor em Lisboa. Com a promessa de lhe sermos sempre filhos obedientes e amorosos, Januária, Francisca e Pedro."
[editar] Princesa Imperial
Com a abdicação de D. Pedro I para a Europa e a reconquista da coroa portuguesa para sua primogênita, D. Maria da Glória, a sucessão do trono brasileiro precisava ser modificada. Foi expedida uma lei nomeando D. Januária a Princesa Imperial do Brasil pela Assembléia dos Deputados. O Regente, padre Diogo Antônio Feijó, disse apenas que aceitava o documento em nome da Princesa Imperial.
No dia 4 de agosto de 1836, D. Januária adentrou o salão do paço do Senado "trazendo um rico vestido de blonde sobre o qual se divisava a insígnia da Grã Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro" e, na presença dos deputados com a mão sobre o missal, declarou solenemente com voz comovida:
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- "Juro manter a Religião Católica, Apostólica, Romana; observar a Constituição Política da Nação Brasileira e ser obediente às leis e ao Imperador".
Desta forma, a princesa D. Januária se tornou a Princesa Imperial do Brasil, até o nascimento do Príncipe Afonso, filho de seu irmão D. Pedro II.
[editar] Campanha para Regente
Em 1836, o Governo Regencial entrou em crise e, nessa época D. Januária entrou em cena, pois era a filha mais velha de D. Pedro I. Alguns deputados liberais moderados passaram a defender que a Regência fosse entregue à Princesa D.Januária, irmã de D. Pedro II e Princesa Imperial do Brasil, então com quinze anos, para que ela pudesse assumir a Regência, mas a idéia não foi adiante, logo as rédeas do governo foram retomadas.
[editar] Casamento
Na época que se procurava uma esposa para o Imperador D. Pedro II, seu irmão, procurava-se um marido para a Princesa D. Januária, já com 20 anos. Seu casamento foi negociado, assim como o de D. Pedro II, com o Reino das Duas Sicílias: os dois irmãos casaram-se com dois irmãos.
A cerimônia se realizou no Rio de Janeiro em 28 de abril de 1844: casou-se com Luís Carlos Maria de Bourbon e Duas Sicílias, Conde d'Aquila, príncipe do Reino das Duas Sicílias, filho do rei D. Francisco I e irmão da princesa D. Teresa Cristina Maria de Bourbon, que se casaria com D. Pedro II. Tiveram quatro filhos.
[editar] Descendência
Do Conde d’Áquila, Luís Carlos de Bourbon, príncipe do Reino das Duas Sicílias, teve:
- Luís (18 de julho de 1845 – 27 de novembro de 1909) - casado morganaticamente com Maria Amélia Bellow-Hamel.
- Maria Isabel (22 de julho de 1846 – 14 de fevereiro de 1859).
- Filipe (12 de agosto de 1847 – 9 de julho de 1922) - casado morganaticamente com Flora Böonen.
- Mário (24 de janeiro de 1851 – 26 de janeiro de 1851).
[editar] Falecimento
D. Januária, Condessa d'Áquila, faleceu em Nice, França, no dia 13 de maio de 1901, sendo a última filha de D. Pedro I e da Imperatriz Leopoldina a falecer.
Precedido por: Pedro II do Brasil |
Princesa Imperial do Brasil 1836 — 1845 |
Sucedido por: D. Afonso Pedro |
BIOGRAFIAS |
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Família Imperial Brasileira |
Precursores: | D.João VI de Portugal | D.Carlota Joaquina |
1ª geração: | D.Pedro I | D.Leopoldina de Áustria | D.Amélia de Leuchtemberg |
2ª geração: | Pedro II | D.Teresa de Duas Sicílias | D.Januária Maria | D.Paula Mariana | D.Francisca Carolina | Maria II de Portugal | D.Maria Amélia |
3ª geração: | D.Isabel Leopoldina | Conde Gastão d'Eu | D.Afonso Pedro | D.Leopoldina Teresa | D.Pedro Afonso |
4ª geração: | D.Luísa | D.Pedro de Alcântara | D.Luís Maria Filipe | D.Antônio Gastão |
5ª geração em diante: | Ramo de Vassouras | Ramo de Petrópolis |