Iter
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ITER, que significa "o caminho" em latim, é um projeto de cooperação internacional envolvendo a China, União Europeia e Suíça (representada pela Euratom), Índia, Japão, Coréia do Sul, Rússia e Estados Unidos da América, sob os patrocínios da IAEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
O ITER consiste em uma usina de fusão nuclear, que usa o plasma do hidrogênio operando a 100 milhões °C para produzir 500 MW de energia, através do processo de fusão nuclear.
O projeto já está em execução, sendo construído em Cadarache (França) e deverá ter sua primeira operação no ano de 2016.Há mais de três anos o avanço do projeto Iter estava parado porque os seis países e organizações que o promovem não conseguiam chegar a um acordo sobre o lugar de sua construção.
União Européia, China e Rússia apoiavam a construção do reator na França, enquanto Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão apostavam na cidade japonesa de Rokkasho Mura, ao norte do arquipélago.
Rosatom, a agência russa para a energia atômica, explicou que o país onde será construído o reator deve assumir 50% das despesas de construção e exploração, enquanto os demais participantes aportam, cada um, 10% do custo do projeto, avaliado em US$ 13 bilhões.
As partes envolvidas também concordaram em iniciar a redação de um projeto de acordo internacional sobre a execução do projeto que será assinado "no prazo mais curto possível", disse à imprensa Alexandr Rumiántsev, diretor da Rosatom.
"O acordo multinacional será assinado no final do ano e o reator termonuclear estará pronto em 2014", declarou Raymond Orbach, secretário de Energia dos Estados Unidos, que preside a delegação de seu país nas conversações.
Criado sob o amparo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o projeto Iter é o programa de cooperação científica internacional mais importante após a Estação Espacial Internacional (ISS).
Yevgeni Velijov, diretor do Instituto russo de Pesquisas Nucleares Kurchatov, explicou que o reator que será construído em Cadarache terá uma potência de 500 megawatts e representa uma variante aperfeiçoada do Tokomak, criado por cientistas soviéticos nos anos 70.
"O reator termonuclear utiliza a energia produzida da síntese de núcleos de isótopos de hidrogênio em reações que transcorrem no meio de plasma a temperaturas superiores a 150 milhões de graus centígrados", explicou Velijov.
Dessa maneira, em condições de laboratório e controladas pelo homem, são reproduzidas as reações de fusão que acontecem no Sol e em outras estrelas, que aparecem como uma das tecnologias do futuro para gerar energia elétrica renovável, limpa e barata.
Diante dos atuais reatores nucleares baseados na fissão, os reatores termonuleares são absolutamente seguros, pois em caso de uma avaria, como a que ocorreu em Chernobil, a reação termonuclear é suspensa em milésimos de segundo.
Ao contrário das atuais centrais nucleares, os reatores termonuleares não produzem resíduos radiativos nocivos e só liberam hélio, um gás inerte e inofensivo.
Segundo os especialistas russos, se comprovada a viabilidade do reator de Cadarache, serão necessários pelo menos 30 anos até que apareçam as primeiras centrais elétricas termonuleares para abastecer as necessidades energéticas da população.
A energia termonuclear é uma das alternativas mais confiáveis da humanidade para evitar a crise energética quando acabem no planeta as reservas de combustíveis convencionais, como o petróleo, o gás e o carvão