Iracema - uma transa amazônica
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Brasil França Alemanha Ocidental 1976 ı cor ı 91min |
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Direção | Jorge Bodanzky Orlando Senna |
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Elenco | Paulo César Peréio Edna de Cássia |
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Roteiro | Jorge Bodanzky Hermano Penna |
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Género | drama | |
Idioma | português | |
IMDB |
Iracema - uma transa amazônica é um filme teuto-franco-brasileiro de 1976, do gênero drama documental, dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna. O filme só foi lançado oficialmente no Brasil em 1981.
Índice |
[editar] Sinopse
É a história do impacto nas populações da selva amazônica provocado pela rodovia Transamazônica. Iracema é uma índia que se prostitui.
[editar] Elenco principal
- Paulo César Peréio .... Sebastião (Tião)
- Edna de Cássia .... Iracema
- Lúcio dos Santos
- Elma Martins
- Fernando Neves
- Wilmar Nunes
- Sidney Piñon
- Rose Rodrigues
- Conceição Senna
[editar] Principais prêmios e indicações
- Venceu nas categorias de "Melhor Filme", "Melhor Atriz" (Edna de Cássia), "Melhor Atriz Coadjuvante" (Conceição Senna) e "Melhor Edição" (Eva Grundman e Jorge Bodanzky).
- Associação de Críticos Cinematográficos de Minas Gerais
- Em 1978, a associação o elegeu "Melhor Filme do Ano", durante uma mostra de filmes proibidos.
- Outros prêmios
- Ganhou o "Prix George Sadoul" (Paris), o "Adolf Grimme Preiss" (Alemanha), o "Encomio Taormina" (Itália) e o "12º Reencontre Film et Jeunesse" (Prêmio Especial - Festival de Cannes Melhor Filme 78 - ACCMG).
[editar] Curiosidades
- A idéia do filme, segundo Bodanzky, surgiu quando ele trabalhava para a revista Realidade, da editora Abril, nos anos 60, e teve de fazer uma reportagem sobre a rodovia Belém—Brasília, e viu "a movimentação dos caminhões e das prostitutas"[1].
- A produção foi uma encomenda para a televisão alemã e realizada em 1974, mas a censura da ditadura militar proibiu sua exibição no país por muitos anos, alegando que era uma produção estrangeira; tudo porque o filme contrariava a propaganda oficial, que dizia que a rodovia levaria o progresso à região. Bodanzky retratou grilagem de terras, desmatamento, queimadas, o prostituição e miséria[2].
- Por causa da fama de "mulherengo" do ator Paulo César Peréio, o diretor tomou cuidado adicional de não deixá-lo sozinho com a atriz em momento algum, não por falta de confiança no ator, mas provavelmente pela dificuldade que houve em contratá-la, pois era menor de idade e a família resistiu muito à idéia.
- O filme foi exibido em diversos países da Europa durante os anos em que esteve proibido no Brasil pela censura e, clandestinamente no Brasil, em 1978, numa mostra de filmes proibidos em Minas Gerais.
- O filme foi lançado em circuito comercial no Brasil no dia 30 de março de 1981, no cinema Caruso, no Rio de Janeiro, e no Cinema1, em Niterói.
- A Iracema de Bodanzky é hoje uma obra cult, considerada um clássico do cinema documental.
[editar] Referências
- ↑ Entrevista à revista Veja São Paulo em março de 2006
- ↑ Entrevista à revista Veja São Paulo em março de 2006