Imperial Ordem da Rosa
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A Imperial Ordem da Rosa é uma ordem honorífica brasileira.
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[editar] Histórico
Foi criada, em 1829, pelo imperador D. Pedro I (1822-1831) para perpetuar a memória de seu matrimônio com D. Amélia de Leuchtemberg e Eischstaedt.
Seu desenho foi idealizado por Jean Baptiste Debret que, segundo historiadores, ter-se-ia inspirado nos motivos de rosas que ornavam o vestido de D. Amélia ao desembarcar no Rio de Janeiro, ou ao se casar, ou num retrato enviado da Europa.
A Ordem servia para premiar militares e civis, nacionais e estrangeiros, que se distinguissem por sua fidelidade à pessoa do Imperador e por serviços prestados ao Estado, e comportava um número de graus superior às outras ordens brasileiras e portuguesas, então existentes.
De 1829 a 1831, D. Pedro I (1822-1831) concedeu apenas 189 insígnias. Seu filho e sucessor, D. Pedro II (1840-1889), em seu extenso período (o Segundo Reinado), chegou a agraciar 14.284 cidadãos.
Um dos primeiros agraciados recebeu a comenda em virtude de serviços prestados quando de um acidente com a Família Real: conta a pequena história da corte que, em 7 de dezembro de 1829, recém-casado, D. Pedro I regressava com a família do Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. Como de sua predileção, conduzia pessoalmente a carruagem quando, na rua do Lavradio, se quebrou o varal da atrelagem e os cavalos se assustaram, rompendo as rédeas e fazendo tombar o veículo, arrastado perigosamente. O Imperador fraturou a sétima costela do terço posterior e a sexta do terço anterior, recebeu contusões na fronte e luxação no quarto direito, vindo a perder os sentidos. Mal os havia recobrado quando o recolheram à casa mais próxima, do [Marquês de Cantagalo, João Maria da Gama Freitas Berquó. Segundo o Boletim sobre o Desastre de Sua Majestade Imperial e Fidelíssima publicado no Jornal do Commercio, D. Amélia de Leuchtenberg foi a que menos cuidado exigiu: "não teve dano sensível senão o abalo e o susto que tal desastre lhe devia ocasionar". A filha primogênita, futura Maria II de Portugal, "recebeu grande contusão na face direita, compreendendo parte da cabeça do mesmo lado". Augusto de Beauharnais, príncipe de Eichstadt, Duque de Leuchtenberg e de Santa Cruz, irmão da imperatriz, "teve uma luxação no cúbito do lado direito com fratura do mesmo". A Baronesa Slorefeder, aia da Imperatriz, "deu uma queda muito perigosa sobre a cabeça". Diversos criados de libré, ao subjugarem os animais, ficaram machucados. Convergiram para a casa de Cantagalo os médicos da Imperial Câmara e outros, os doutores Azeredo, Bontempo, o Barão de Inhomirim, Vicente Navarro de Andrade, João Fernandes Tavares, Manuel Bernardes, Manuel da Silveira Rodrigues de Sá, Barão da Saúde. Ao partir, quase restabelecido, D. Pedro I condecorou Cantagalo a 1 de janeiro de 1830 com as insígnias de dignitário da Ordem e D. Amélia lhe ofereceu seu retrato, circundado por brilhantes, e pintado por Simplício Rodrigues de Sá.
[editar] Características
[editar] Insígnia
- Anverso: Estrela branca de seis pontas maçanetadas, unidas por guirlanda de rosas. Ao centro, medalhão redondo com as letras P e A entrelaçadas, em relevo, circundado por orla azul-ferrete com a legenda "AMOR E FIDELIDADE".
- Reverso: igual ao anverso, com alteração na inscrição para a data 2-8-1829, e na legenda para "PEDRO E AMÉLIA".
[editar] Fita e banda
De cor rosa-claro, com duas orlas brancas.
[editar] Graus
- Grã-cruz
- Dignitário
- Comendador
- Oficial
- Cavaleiro