Histerectomia
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A histerectomia é a retirada do útero, que pode ser total, quando se retira o corpo e colo do útero ou sub total, quando só o corpo é retirado. Na maioria das vezes é feita através de uma incisão no abdome, por onde se retira o útero (histerectomia abdominal). Em alguns casos também pode ser feita através de uma incisão na vagina, por onde se retira o útero (histerectomia vaginal). Uma outra abordagem, é a histerectomia por vídeo laparoscopia onde a cirurgia é realizada por pequenos orifícios de 5 a 10 mm no abdome e a retirada do útero é feita pela vagina. Às vezes esta cirurgia é acompanhada da retirada dos ovários e trompas (histerectomia total com anexectomia bilateral).
[editar] Quando uma histerectomia é necessária?
Este procedimento é feito para muitas outras condições além do câncer, incluindo um sangramento uterino disfuncional: endometriose; crescimentos não-malignos do útero; cérvix e anexos; problemas de relaxamento pélvico e prolapso; e dano irreparável ao útero. As condições malignas requerem uma histerectomia abdominal total e uma salpingooforectomia bilateral. Em raros casos, uma histerectomia pode ser a única opção para se salvar a vida de uma paciente.
As situações abaixo são alguns exemplos, que depedem da evolução da doença:
Câncer ou patologias pré cancerosas do útero
Câncer dos ovários
Hemorragia incontrolável no pós parto
Infecção pélvica severa
[editar] Quais são os efeitos colaterais de uma histerectomia?
O Colégio Norte Americano de Obstetras e Ginecologistas estima que 25 a 50% das pacientes submetidas a uma histerectomia terão uma ou mais complicações, embora de pequeno porte ou reversíveis. Em primeiro lugar, uma histerectomia encerra a possibilidade de uma mulher ter filhos. Outras complicações incluem: lesões ao intestino, à bexiga, ureteres (fino tubo que liga o rim à bexiga, levando a urina), sangramento vaginal, infecção, dor pélvica crônica e diminuição da resposta sexual. Como qualquer outro tipo de cirurgia, a histerectomia pode levar a riscos maiores como: 500 mulheres morrem a cada ano, devido a uma histerectomia nos EUA. O útero também produz uma substância chamada prostaciclina, que é resposável pela inibição da formação de coágulos sanguíneos. Em virtude disto, a remoção do útero pode deixar a mulher mais sujeita a ter tromboses e pode ser um fator de aumento do risco de um enfarte. Se os ovários são retirados, a mulher perde sua fonte do hormônio feminino estrogênio. As mulheres que não podem se submeter a terapia de reposição hormonal, terão uma menopausa instantânea e terão uma chance aumentada de desenvolver osteoporose e enfartes cardíacos. Mesmo entre as pacientes que não tiveram seus ovários retirados, muitas mulheres relatam sintomas como: fadiga, ganho de peso, dores articulares, alterações urinárias e depressão, após uma histerectomia.