Funk carioca
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- Nota: Esta página é sobre o estilo de música originário do Rio de Janeiro. Se procura outros significados da mesma expressão, consulte Funk.
O funk carioca é uma manifestação cultural com origem nos morros e favelas do Rio de Janeiro que mistura sons ritmados com dança livre. Os sons ritmados são produzidos eletronicamente por um aparalho denominado sampler e locutados por pessoas que criam de improviso frases com dizeres de linguagem vulgar, muitas vezes utilizando expressões consideradas como obscenas pela população, além de códigos eróticos. Os ouvintes comumente criam danças livres com movimentos extravagantes e libertos de pudor, em que encenam de forma regular práticas sexuais.
Além do Rio de Janeiro, esses sons são comumente criados também em populações de baixa escolaridade por todo Brasil. Nos anos de 2004 e 2005 ocorreu o ápice do que já está sendo chamado de fenômeno da moda destes sons ritmados.
É descendente de uma variação mais pesada de hip hop originada na Flórida, nos EUA, denominada Miami Bass,tendo Stevie B seu maior representante, mas que logo ganhou contornos próprios e brasileiros quando o DJ Marlboro produziu o primeiro disco de funk carioca do país, Funk Brasil, Volume 1. A base tornou-se produzida por uma bateria eletrônica simples e, mais tarde, por samples de percussão abrasileirado. Os vocais não tinham compromisso com técnica e melodia, tornando-se crus e falando sobre diferentes tipos de temas: da exaltação da violência a canções de amor. O gênero, que surgiu nos bailes black do Rio de Janeiro (daí seu nome se confundir com o do gênero americano), sofre de preconceito social que se disfarça de bom gosto estético, e é comum ouvir comentários pejorativos a respeito da música - que, quase sempre, têm sua origem no fato de ela ser produzida e consumida pela população negra e pobre do Brasil [ ].
A despeito deste preconceito, é música de vasta popularidade no país e já flertou com diversos outros gêneros musicais, como hip hop, MPB e rock. A apresentadora infantil Xuxa foi uma das principais divulgadores do gênero, pois o DJ Marlboro era o DJ residente de seu programa na TV Globo durante os anos 90, o Xuxa Park.
Essa música sobrevive em discos que são produzidos pelos próprios artistas e produtores das festas, os "bailes funk", uma das principais formas de diversão da periferia carioca. Os bailes também são vítimas de preconceito e, apesar de ter vínculos não-oficiais com o crime organizado, eles lembram os mesmos tipos de bailes populares que deram origem ao reggae, à discoteca, ao jazz e ao rock.
[editar] Ligações externas
- The funk phenomenon - Matéria da revista americana XLR8R
- O funk e a juventude pobre carioca - Artigo da Revista Teoria e Debate
- Lavagem cerebral em uma democracia Artigo do Site Duplipensar.net sobre a contaminação pseudo-funk
- Tá Tudo Dominado (It's All Dominated) documentary from Roberto Maxwell about baile funk
- Free Style-o estilo que influenciou o Funk Carioca