Privacy Policy Cookie Policy Terms and Conditions Forte Coimbra - Wikipédia

Forte Coimbra

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Forte Coimbra é um distrito localizado no município de Corumbá, no estado de Mato Grosso do Sul, á cerca de 100km da sede do município.

Localizado numa área de difícil acesso (apenas de avião ou barco) foi construído em 1775 para defender o território brasileiro contra as invasões espanholas. Foi cenário também de batalhas na época da Guerra do Paraguai. Tombado em 1975 hoje cedia a 3a Companhia de Fronteira e Forte Coimbra, subordinada a 18a Brigada de Infantaria de Fronteira do Exército.

Sua população é de aproximadamente 1000 habitantes e o acesso se dá por barco ou avião (não há estrada asfaltada até ali). Uma atração turística da região é o Buraco do Inferno, com suas estalactites e estalagmites

[editar] Origem

O forte (para mais informações ver o verbete Raul Silveira de Mello) foi fundado oficialmente em 13 de setembro de 1775, mas a decisão de fundá-lo começou muito antes. Começou com o avanço dos espanhóis para além dos limites do tratado de tordesilhas e Portugal exigiu o cumprimento do tratado. Mas as terras da atual região de Mato Grosso do Sul e Paraguai já eram bem conhecidas dos Bandeirantes paulistas e Jesuítas de Assunção. Após o Tratado de Madrid, necessitaria de demarcação de terras pela coroa portuguesa, sendo muito conveniente a construção de algum ponto para demarcações para aquela região ao sul e foi aí que floresceu a idéia de se construir um presídio mais ao sul, próximo aos espanhóis. A partir da chegada do primeiro governador da província de Mato Grosso no ano de 1751 e várias mudanças governamentais e planos consolidados de defesa e expansão, o quarto Capitão Geral da Capitania Luís de Albuquerque de Mello e Cáceres, manda fundar um forte no rio Paraguai abaixo para impedir a invasão espanhola e a atuação dos índios paiaguás e designa o Capitão Mathias Ribeiro da Costa para a região chamada de Fecho dos Morros (que fica bem abaixo da posição atual do forte, próximo à cidade atual de Porto Murtinho, 292 Km abaixo e 20 dias de canoa de Cuiabá). Capitão Mathias sai de Cuiabá no dia 22 de julho de 1775 acompanhado de 245 homens dvididos em 3 grupamentos com um total de 15 canoas e guiados por um índio idoso. Foi fundado em 13 de setembro de 1775, no estreito de São Francisco Xavier e margem direita do Rio Paraguai, o Presídio Nova Coimbra. Para garantir a posse da margem esquerda e grande parte da margem esquerda do Rio Guaporé, além de grande parte da margem direita do rio Paraguai, o Capitão Luiz de Albuquerque mandou o Capitão Matias, em 13 de outubro de 1775, assentar uma grandiosa e garantidora fortaleza, o Forte Coimbra, no local que é denominado "fecho dos Morros" quarenta léguas rio abaixo, de onde está erguido. Visando mais garantia de melhores terras no Brasil, o Capitão Luiz de Albuquerque ordenou que fosse erguido o Forte Príncipe da Beira. Durante 22 anos ali ficou um presídio apenas. No mês de agosto de 1797, passa a assumir o presídio a figura mais importante de toda essa história, o Tenente Coronel de Infantaria e engenheiro (além de geógrafo também) Ricardo Franco de Almeida Serra, um homem prestou variados serviços à coroa portuguesa e ao Brasil, fazendo mapeamentos de extensas regiões, obras de engenharia, entre outros. Quando o Forte começou á ser construído, em 3 de novembro de 1797, havia poucos recursos e falta de gente especializada, além da construção ser lenta, terminando muito tempo depois. Mas mesmo em construção, o forte foi atacado, mas se saiu vitorioso. Algumas dessas passagens foram registradas em livros. Apesar de Mathias Ribeiro ter errado o local, o que lhe custou seu posto, o local era perfeito porque:

  • 1- Tinha boa distância para um apoio militar, pois Fecho - dos - Morros era muito mais abaixo, além do risco de cruzar com índios guaicurus, que eram muito hostis;
  • 2- Rio acima a distância era maior de guarnições espanholas;
  • 3- As condições militares para impedir avanços rio acima eram melhores.

O acerto de sua localização veio pelas conseqüências do domínio pelos espanhóis de outras guarnições militares e a resistência do forte a ataques por eles. Quando substituiu Matias Ribeiro após seu erro, o próprio Luiz de Albuquerque, não determinou a correção porque, ao verificar o local, achou-o muito desfavorável. Aliás, por muito tempo esse local foi cinco vezes palco de tentativas fracassadas invasão. A lenda diz que por esse local transitou São Tomé em direção ao Peru, daí acabou sendo considerado sagrado e pacífico e desfrutado para o lazer, daí o motivo de não ter sido ocupado militarmente. Outra lenda é que Mathias teria a benção da santa e padroeira do forte, Nossa Senhora do Carmo, comemorado em 16 de julho. Essa data também é uma das mais importantes de Forte Coimbra, além de ser importantes também para a região o nome da padroeira quanto o de Ricardo Franco (que veio a falecer em 21 de janeiro de 1809, ás 14h e dentro do forte, onde permanecem seus restos mortais sobre um monumento). Nessa época havia uma tradição entre os oficiais, devido a grande devoção a Nossa Senhora do Carmo, segundo a qual, os oficiais do exército que serviam no Forte, ao atingirem o generalato, enviavam-lhe, de onde estivessem, uma estrela de ouro de suas ombreiras.

[editar] Invasão

Com a invasão em Corumbá das tropas do ditador Francisco Solano Lopes, o progresso foi temporariamente bloqueado. Apesar disso, o seu ideal era conquistar a América do Sul, sonho esse que tinha desde jovem e estudante em Paris, onde Napoleão havia tornado um monarca poderoso do velho continente. Um oficial do exército foi mandado pelo ditador á Corumbá no final de 1863. Era um estrategista de alto gabarito que se disfarçou de fazendeiro e tinha grande interesse em conhecer os campos do sul e a sua fazenda de gado. O comerciante Santiago Solari, recomendado, tinha lhe oferecido um homem e um guia para levar-lhes até os campos de Amambaí, comprovando nesse período a fragilidade das tropas brasileiras que faziam a guarda nas fronteiras do Sul. A colônia de Dourados, no extremo sul de Mato Grosso, é invadida em 1864 pelo próprio espião Isidoro Resquim (este, conhecendo o valor da tropa brasileira, afirmou: "Si todos los brasileiros son valientes así, minha no és un simples passeo militar"). Mas havia uma numerosa guarnição de soldados sob o comando do herói Antônio João. Para essa região de Forte Coimbra e Corumbá, foram enviados 3.200 homens em 4 batalhões, 12 peças de fogo e 30 foguetes de 24mm, de fabricação francesa. Atracou em Corumbá, em 28 de dezembro de 1864, a tropa inimiga que desembarcou somente em 3 de Janeiro de 1865 e em 8 de janeiro de 1865 regressa a Corumbá o navio Iporã, de bandeira paraguaia que trouxe a notícia da tomada e abordagem do navio Amanbaí (brasileiro), que estava no comando do coronel Carlos Augusto de Oliveira, além de seu Estado Maior e a tropa do 2º Batalhão (obs: dia antes da ocupação paraguaia havia abandonado a vila, tentando chegar em Cuiabá). Apesar de todo esse alvoroço, a ocupação da vila foi muito pacífica. Vicente Barros, então comandante da tropa inimiga, além de cunhado do ditador Solano Lopes, classificou essa abordagem em Corumbá como um simples passeio militar. Nessa ocupação as mulheres foram levadas para o navio do Comandante, as casas saqueadas e os objetos de valor divididos entre os soldados. Para os brasileiros o castigo era maior porque eram levados para Assunção para fazer trabalhos forçados. Já as mulheres, crianças e inválidos ficaram na vila também para fazer trabalhos forçados. Em Cuiabá, o Presidente da Província teve que organizar o Primeiro Corpo Expedicionário sob o comando do Tenente Coronel Antonio Maria Coelho e um efetivo de 400 homens (que era composta de um Comandante, Fiscal, Adjuvante-Secretário, Quartel-mestre, Médico, Capelão e 24 Oficiais combatentes). A 1ª Cia. era comandada pelo Capitão de Infantaria Joaquim Luiz de Cunha e Cruz e a 4ª Cia. Era comandada pelo Tenente de voluntários Antonio Augusto Corrêa da Costa (que era composta de homens do Exército, da Guarda Nacional e Voluntários). As 1ª, 5ª e 6ª Companhias partiram de Cuiabá em 15 de maio de 1867 em canoas que eram rebocadas por vapores que depois voltavam que voltavam para trazer as outras Cias (estas desembarcaram nas proximidades do rabicho e depois de alguns dias de viagem a remo e seguindo a viagem em marche – que ia até as proximidades da fazenda Piraputanga travando e vencendo luta com inimigo onde tinha um posto, seguindo viagem para a lida de Corumbá, na direção Sul/Norte. Seguiram-se vários combates de muita importância. Porém o mais notável antes da batalha final, foi o que se verificou em um matagal (local onde hoje está a Praça Uruguai, no atual Mercado Municipal, em frente à Casa do Artesão, antiga Cadeia Pública). Esperava o inimigo que fosse atacados pelo norte da cidade, com a coluna atacante que deveria descer o rio Paraguai, a favor da corrente. Segundo se tem notícia, o grosso da tropa inimiga estava aquartelado no Largo do Carmo (em frente onde hoje está a Matriz de Nossa Senhora da Candelária), local onde foi travado o combate decisivo, quando fortaleceu o Capitão Cunha e Cruz. No dia 13 de Junho de 1867 (dia consagrado a Santo Antônio e sob o comando do tenente coronel Antônio Maria Coelho), bravos homens brasileiros derrotaram o inimigo e tomaram novamente posse das terras, que até aquele momento, estava sob o domínio paraguaio.


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