Eurínome
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Eurínome foi a princípio o protótipo da Deusa Criadora entre os gregos, que diziam que ela governava o mar. Seu nome quer dizer algo como "aquela que governa de longe".
Eurínome tinha um templo em Arcádia de difícil acesso que era aberto apenas uma vez por ano. Se peregrinos penetrassem no santuário, iriam encontrar a imagem da Deusa como uma mulher com um rabo de cobra, presa com correntes de ouro. Nesta forma, Eurínome do Mar era considerada a mãe de todos os prazeres.
Na versão pré-helênica do mito da Criação grego, Eurínome é a Mãe Primordial dos Deuses e a Criadora do Universo, que governos o Olimpo antes da chegada do patriarcado e do reinado dos Deuses masculinos.
A lenda de Eurínome diz que do caos ela se elevou nua, e como não havia aonde repousar seus pés, ela imediatamente dividiu o mar dos céus, e dançou sobre as ondas recém-criadas. Rodopiando em um movimento entusiasta, Eurínome criou por meio de seus movimentos um vento que cresceu voluptoso, vindo do norte em direção a ela. Virando de frente para o vento, ela o segurou nas mãos, levantando-o como se fosse uma serpente, e lhe deu o nome de Ofion.
Com sua dança carismática, Eurínome encheu Ofion de desejo, e se enrolando em torno de suas pernas, o vento em forma de serpente fez amor com a Deusa. Logo após Eurínome se transformou em uma pomba e botou o ovo universal, que continha toda a Criação. A pedido dela, Ofion se enrolou sete vezes ao redor do ovo e o quebrou, e de dentro dele tudo o que existe nasceu: o Sol, a Lua, as estrelas; e a Terra e suas montanhas, rios, árvores e todas as coisas vivas.
Ela se instalou sobre a Terra, acima do monte Olimpo, para zelar por sua Criação. Mas Ofion, criação de Eurínome, começou a se gabar, dizendo que ele era o verdadeiro criador e que tinha sido o responsável por tudo o que existia. Imediatamente, Eurínome o aprisionou no submundo, no reino de Tártaro, e a Deusa seguiu seu processo de criação dando origem aos sete planetas.
Eurínome foi absorvida pelo culto às Cárites e posteriormente passou a ser considerada sua mãe. Após a acensão patriarcal, Eurínome foi rebaixada aos status de amante de Zeus, e de criadora de tudo foi considerada apenas como filha dos titãs Oceanus e Tétis.